Elsa & Fred – Um Amor de Paixão
Dissimulada, Elsa (China Zorrilla) é uma idosa que vive sozinha em um apartamento em Madri. Quando conhece o novo vizinho, Fred (Manuel Alexandre), octogenário recém-viúvo e hipocondríaco, passa a seduzi-lo. Uma nova amizade nasce entre os dois e, quem sabe, o amor.
Refinada comédia dramática, irresistível e bastante sensível. Assisti ao filme há quase dois meses, deliciei-me e não podia deixar de escrever sobre ele neste espaço.
A fita é conduzida por uma dupla formidável – Zorrilla e Alexandre, que consegue transmitir boas vibrações e nos sensibilizar. O casal de velhinhos (ambos, na vida real, com mais de oitenta anos) equilibra-se e completa-se: de um lado está Elsa, agitada e cheia de manias; do outro, Fred, paciente e deprimido.
É engraçado acompanhar as situações politicamente incorretas manipuladas pela personagem de Zorrila. Aliás, ela faz o papel de uma mulher perspicaz que inventa desculpas mirabolantes que chegam a convencer os amigos e quem estiver por perto. Tudo em tom sutil e simpático.
O diretor Marcos Carnevale declara abertamente uma homenagem a um dos maiores filmes do cineasta italiano Federico Fellini, “A Doce Vida”. Logo no início, a câmera focaliza uma foto esplendorosa de Anita Ekberg interpretando Sylvia, na Fontana di Trevi, no clássico de Fellini. E durante o enredo, a personagem Elsa retoma o nome da atriz e do filme “A Doce Vida” várias vezes. Se você já assistiu ao clássico italiano, “Elsa e Fred” fica ainda melhor, pois as referências em torno da obra-prima de Fellini são contínuas. O próprio título faz alusão à "Ginger & Fred", um filme menor de Fellini que traz, no elenco, Marcello Mastroianni e Giuletta Masina.
O tema central da fita aborda amizade na terceira idade. E quem disse que não existe paixão na velhice? Indicado para toda a família, o filme foi rodado na Espanha e na Argentina. E para incrementar, uma trilha sonora tocante. Tem até o sucesso espanhol do início dos anos 80 “Hoy Puede ser un Gran Dia”, cantado por Joan Manuel Serrat.
Fazendo esta resenha, deu uma vontade danada de assistir à comédia novamente.
O formato em Standard do DVD lançado no Brasil prejudica as cenas; em certas seqüências, o enquadramento acaba “cortando a cabeça” dos personagens, além de descentralizar o rosto dos mesmos durante os diálogos. (Por Felipe Brida)
Título original: Elsa y Fred
País/Ano: Argentina/Espanha, 2005
Elenco: Manuel Alexandre, China Zorrilla, Blanca Portillo, José Ángel Egido, Omar Muñoz, Roberto Carnaghi.
Direção: Marcos Carnevale
Gênero: Comédia/Drama
Duração: 108 min.
Dissimulada, Elsa (China Zorrilla) é uma idosa que vive sozinha em um apartamento em Madri. Quando conhece o novo vizinho, Fred (Manuel Alexandre), octogenário recém-viúvo e hipocondríaco, passa a seduzi-lo. Uma nova amizade nasce entre os dois e, quem sabe, o amor.
Refinada comédia dramática, irresistível e bastante sensível. Assisti ao filme há quase dois meses, deliciei-me e não podia deixar de escrever sobre ele neste espaço.
A fita é conduzida por uma dupla formidável – Zorrilla e Alexandre, que consegue transmitir boas vibrações e nos sensibilizar. O casal de velhinhos (ambos, na vida real, com mais de oitenta anos) equilibra-se e completa-se: de um lado está Elsa, agitada e cheia de manias; do outro, Fred, paciente e deprimido.
É engraçado acompanhar as situações politicamente incorretas manipuladas pela personagem de Zorrila. Aliás, ela faz o papel de uma mulher perspicaz que inventa desculpas mirabolantes que chegam a convencer os amigos e quem estiver por perto. Tudo em tom sutil e simpático.
O diretor Marcos Carnevale declara abertamente uma homenagem a um dos maiores filmes do cineasta italiano Federico Fellini, “A Doce Vida”. Logo no início, a câmera focaliza uma foto esplendorosa de Anita Ekberg interpretando Sylvia, na Fontana di Trevi, no clássico de Fellini. E durante o enredo, a personagem Elsa retoma o nome da atriz e do filme “A Doce Vida” várias vezes. Se você já assistiu ao clássico italiano, “Elsa e Fred” fica ainda melhor, pois as referências em torno da obra-prima de Fellini são contínuas. O próprio título faz alusão à "Ginger & Fred", um filme menor de Fellini que traz, no elenco, Marcello Mastroianni e Giuletta Masina.
O tema central da fita aborda amizade na terceira idade. E quem disse que não existe paixão na velhice? Indicado para toda a família, o filme foi rodado na Espanha e na Argentina. E para incrementar, uma trilha sonora tocante. Tem até o sucesso espanhol do início dos anos 80 “Hoy Puede ser un Gran Dia”, cantado por Joan Manuel Serrat.
Fazendo esta resenha, deu uma vontade danada de assistir à comédia novamente.
O formato em Standard do DVD lançado no Brasil prejudica as cenas; em certas seqüências, o enquadramento acaba “cortando a cabeça” dos personagens, além de descentralizar o rosto dos mesmos durante os diálogos. (Por Felipe Brida)
Título original: Elsa y Fred
País/Ano: Argentina/Espanha, 2005
Elenco: Manuel Alexandre, China Zorrilla, Blanca Portillo, José Ángel Egido, Omar Muñoz, Roberto Carnaghi.
Direção: Marcos Carnevale
Gênero: Comédia/Drama
Duração: 108 min.
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