quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Nota do blogueiro


Lançamentos na Looke

Agora na Looke você pode encontrar também clássicos dos anos 80 como "De volta para o futuro", "ET - O extraterrestre" e "Clube dos Cinco", "Top Gun - Ases Indomáveis", "O Iluminado" e "A história se fim".
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terça-feira, 13 de setembro de 2016

Cine Lançamento


Um romance proibido

Dois jovens com ideais diferentes lutam para se estabilizar em Nova York. Sam (Martin Starr) é um ex-soldado de guerra, que retorna para casa, e Amira (Dina Shihabi), uma iraquiana que espera pela cidadania americana. Sozinhos na cidade grande, eles iniciam um romance proibido.

Outra boa fita independente lançada pela Flashstar em agosto, produzida em 2014 e até então sem sinal para chegar ao Brasil. Um drama romântico modesto, com história pouco casual nos gêneros drama/romance. Em “Um romance proibido” duas pessoas buscam sonhos na cidade de Nova York: Sam, ex-soldado marcado pela tragédia da guerra, e a imigrante Amira, prestes a ser deportada, na esperança de adquirir a cidadania para firmar território e identidade na Grande Maçã. Os dois começam uma amizade que leva a um relacionamento visto, na sociedade, como proibido, e da união entre os jovens brota a sensação de um futuro digno e humano. Como serão para eles os dias a partir de agora?
Nova York não aparece como a metrópole iluminada, de badalação e beleza, mas de um lugar esvaecido, duro, pelo ponto de vista dos meandros dos subúrbios (onde moram os personagens centrais, bem interpretados por Martin Starr e pela delicada Dina Shihabi), reforçando a ideia das dificuldades diárias que Sam e Amira carregam nas costas.
Não é uma fita comercial de fortes emoções ou de apelo romântico exagerado como estamos cansados de ver no mercado. Ela vai além, foge dos clichês, produzindo efeitos de reflexão acerca da imigração, da crise financeira, dos efeitos traumáticos das guerras e das diferenças culturais, no caso entre Estados Unidos e Iraque, países que estiveram em conflito militar em duas tristes ocasiões – Guerra do Golfo (1990-1991) e Guerra do Iraque (2003-2011). Recomendo descobrir esse bom filme independente. Já em DVD.


Um romance proibido (Amira & Sam). EUA, 2014, 87 min. Drama/Romance. Dirigido por Sean Mullin. Distribuição: Flashstar

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Cine Lançamento


Jackie & Ryan: Amor sem medidas

Mãe solteira, a cantora country Jackie (Katherine Heigl) luta pela guarda da filha pequena. Pelas ruas de Ogden, em Utah, conhece o cantor folk Ryan (Ben Barnes), que propõe ajuda a Jackie na questão da guarda. Nesse longo caminho pela frente Jackie e Ryan iniciarão um relacionamento sincero, em que irão compartilhar sonhos, desejos e perspectivas de um futuro melhor.

Cada vez mais bonita e boa atriz, Katherine Heigl protagoniza, ao lado do carismático Ben Barnes (de “Stardust: O mistério da estrela” e “As crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian”), esse drama romântico leve, agradável de assistir, para todos os públicos, sobre duas pessoas solitárias, unidas em comum pelo mundo da música folk, tentando viver de sua arte nas ruas americanas da pequena cidade de Ogden, cravada nas montanhas geladas de Utah. Jackie sonha por dias melhores, enquanto enfrenta um problemão na justiça, pois disputa a guarda da filha; o porto seguro dela está em Ryan, um jovem artista de rua, cantor e compositor independente, com quem divide sentimentos amorosos. Cada qual com suas angústias e necessidades, Jackie e Ryan trilham um caminho para conquistar seus propósitos de vida.
Katherine, num papel dramático levado com seriedade, é a alma feminina da história, na melhor interpretação de sua carreira, ofuscando Barnes, deixado em segundo plano. Com química equilibrada, os dois, em cena, se completam nos momentos de ternura, de companheirismo e até no trabalho (nas composições musicais).
É uma fita romântica independente adequada, sem melodrama, bem fotografada (as paisagens reais de Utah no inverno dá vivacidade o clima da história), de curta duração, que vale uma conferida. Ah, e a figura do novo casal traz nitidez a reflexões cotidianas: a da mãe solteira que cuida da filha sozinha, e a do cantor de rua libertando-se com sua expressiva arte autoral.
Há ainda participação rápida de duas atrizes afastadas das telas, Sheryl Lee e Clea DuVall. Recebeu indicação ao prêmio de melhor filme no Venice Horizons, no Festival de Veneza em 2014, e agora o filme pode ser visto em DVD pela Flashstar.


Jackie & Ryan: Amor sem medidas (Jackie & Ryan). EUA, 2014, 90 min. Drama/Romance. Dirigido por Ami Canaan Mann. Distribuição: Flashstar

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Cine Lançamento


Joe

Em uma pequena cidade do Texas, Joe (Nicolas Cage) retorna à sociedade após sair da prisão na tentativa de deixar o passado sombrio para um recomeço. De dia trabalha em uma madeireira, e à noite tem o escape na bebida. Certo dia, conhece um jovem de 15 anos chamado Gary (Tye Sheridan), abusado pelo pai, que está desesperadamente à procura de emprego para sustentar a família. Solitário no mundo, Joe resgata o garoto, enquanto Gary o ajudará no trabalho.

De 2005 para cá, Nicolas Cage coleciona papéis horrorosos em fitas ruins de doer a alma, destacado pela crítica como um perfeito canastrão. Já ganhou Oscar e Globo de Ouro, produz dezenas de filmes, é de família importante no cinema (sobrinho de Francis Ford Coppola), mas ano a ano cai no erro de aceitar trabalhos duvidosos. Acompanho a carreira do ator, e falo com garantia: nos últimos 10 anos o vemos no elenco de 20 filmes como protagonista, destes, 17 desprezíveis, até indicados ao Framboesa de Ouro. Diante desse colapso artístico, a boa notícia é que “Joe” super foge à regra. Cage brinda o público com sua melhor atuação, compacto, sério, de um sujeito em degradação psicológica e social. Tiro certo, mas momentâneo, pois em seguida entrou na enrascada de novos trabalhos sem dignidade (vide a filmografia dele de 2013 a 2016).
Neste drama sólido, visivelmente autoral, personagens difíceis, áridos, com temperamento violento, vivem histórias amargas em um mundo de desilusão, sondados pela inércia do abandono. Joe sai da prisão, mora sozinho, trabalha duro na madeireira, enche a cara à noite, até que encontra uma luz no fim do túnel na figura de Gary, um jovem perdido em conflitos familiares, abusado pelo pai beberrão. De gerações diferentes, os dois encontram, um no outro, esperança e apoio para a desalentada vida que segue.
Indicado ao Leão de Ouro em Veneza em 2013, o bom filme, baseado no livro de Larry Brown, não tem tema fácil para digerir e serve para uma reflexão atual: o fim do sonho americano.
Destaque especial para a direção firme de David Gordon Green (cada vez melhor), a atuação de Nicolas Cage e Tye Sheridan, e a fotografia de Tim Orr. Lançado nas salas dos Estados Unidos em 2013, demorou à beça para chegar no Brasil - veio em DVD há um mês pela Flashstar.

Joe (Idem). EUA, 2013, 117 min. Drama. Dirigido por David Gordon Green. Distribuição: Flashstar