sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Viva Nostalgia!



Forasteiros em Nova York

O executivo George Kellerman (Jack Lemmon) está prestes a ser promovido na empresa. Ele é um pacato cidadão que mora no interior do estado de Ohio com a esposa Gwen (Sandy Dennis) e os filhos. A entrevista para o promoção no emprego será em poucas horas, e para tanto pega o avião rumo a Nova York juntamente com a mulher. No caminho, dezenas de confusões inusitadas irão atrapalhar a rotina daquele tranqüilo casal.

Uma divertida comédia de erros sobre as dificuldades em se viver na cidade grande, baseada em uma peça de Neil Simon e que recebeu duas indicações ao Globo de Ouro (Lemmon e Sandy).
Quem conduz a história (e sofre o diabo em Nova York) é o casal de americanos tranqüilos George e Gwen. O primeiro, o executivo, concorre a uma vaga de chefe na empresa, que tem uma entrevista marcada para o outro dia na cidade mais notória dos EUA; a segunda, a esposa de bons modos, resolve acompanhar o marido. Na viagem, desde a entrada no avião, ambos passarão por um calvário tenebroso, com apuros diversos, um atrás do outro: são assaltados por bandidos armados, perseguidos pela polícia, ficam presos em uma passeata comunista, o homem perde o dente da frente e logo depois fica surdo, a esposa fica manca ao torcer o pé, um forte temporal repentino deixa os dois em pingos e por aí vai... Na verdade, o filme é uma piada só, com sucessão de fatos trágicos para os personagens e cômicos para o público (eu não queria estar na pele de nenhum dos coitados), Eles são projetados para dentro de universo cruel, no caso os malefícios da cidade grande, aqui mostrada como um perigo alarmante. E também, simbolicamente, retrata o preconceito aos moradores do interior (o azarado casal nunca se dá bem, já que Nova York conspira contra eles, transformando-os aos poucos em marginais).
O famoso diretor Arthur Hiller, hoje com 88 anos, dirigiu mais de 60 filmes, muitos deles conhecidos, como “Love Story”, “Tobruk” e “Cegos, surdos e loucos”, e acertou em cheio com “Forasteiros em Nova York”. Principalmente por dois motivos: fotografou NY como ninguém (tirando a sátira e a visão pessimista da dor de cabeça em se viver em uma metrópole, o filme serve como um passeio pelos principais pontos da cidade, como o Central Park), e segundo pela escolha do par central, os ótimos Jack Lemmon e Sandy Dennis. Eles dão um show gritando, nervosos, e perdendo as estribeiras – esquecida hoje, Sandy ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante por “Quem tem medo de Virginia Wool?” e faleceu prematuramente em 1992, aos 54 anos, de câncer; e Lemmon, vencedor de dois prêmios da Academia, por “Mister Roberts” e “Sonhos do passado”, além de seis outras nomeações, foi um dos melhores atores de sua geração (e um de meus preferidos). Por isso, um entretenimento altamente recomendado para toda a família.
Foi refilmado em 1999 com o título “Perdidos em Nova York”, com a dupla Steve Martin e Goldie Hawn, em estilo de maior pastelão, com resultado desprezível. Por Felipe Brida

Forasteiros em Nova York (The out of towners). EUA, 1970, 97 min. Comédia. Dirigido por Arthur Hiller. Distribuição: Paramount Pictures

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Resenha




Coisas de meninos e meninas



Nell (Samaire Armstrong) é a garota careta do colégio, que não suporta Woody (Kevin Zegers), o ídolo máximo das meninas. Certo dia, em uma visita escolar no museu da cidade, os dois iniciam um bate-boca nervoso, defronte a estranha estátua de um deus asteca, que lança uma maldição. Tomados pela força sobrenatural, Nell e Woody trocam de corpo: a garota adota o comportamento do rapaz e vice-versa. Como eles conseguirão se socializar a partir de agora?

Produzido por Elton John e seu parceiro civil David Furnish, “Coisas de meninos e meninas” é um agradável filme para jovens sobre as diferenças do sexo oposto. Funciona pelo roteiro engraçadinho, além do casal, que dá conta do recado - o ator Kevin Zegers, revelado no excelente “Transamérica”, e a atriz de origem japonesa Samaire Armstrong interpretam dois jovens que se odeiam, até que uma maldição os aproxima. Com almas trocadas, um terá de se habituar à rotina do outro. Obviamente que os dois têm pais com comportamentos distintos, ritmos de vida nada semelhantes etc, tudo para criar barreiras no caminho dos dois.
Outras do gênero fizeram sucesso em décadas passadas, como “Tal pai, tal filho” (1987) e “Vice-versa” (1988), e mais recentemente a comédia brasileira “Se eu fosse você” (2006). Apesar de não trazer nenhuma novidade, a fita é curta e sem ofensas, servindo como um modesto entretenimento.
Na trilha sonora músicas de Elton John, Deep Purple, The Black Eyed Peas e Eminem. Procure conhecer. Por Felipe Brida

Coisas de meninos e meninas (It's a boy girl thing). EUA/ Inglaterra/ Canada, 2006, 96 min. Comédia. Dirigido por Nick Hurran. Distribuição: Europa Filmes

domingo, 26 de agosto de 2012

Resenha



Abutres

O advogado Sosa (Ricardo Darín) é especializado em indenizar vítimas de acidentes de trânsito. Como um abutre, sai à procura de pessoas acidentadas ou de familiares de mortos em acidente nos hospitais, delegacias e pelas ruas onde ocorrem tragédias diárias. O que seus clientes não imaginam é que a agência de Sosa está envolvida em corrupção e lavagem de dinheiro, além de outros crimes. Quando decide largar a profissão suja para viver ao lado da mulher por quem se apaixona, a paramédica, Luján (Martina Gusman), ele verá que o passado persegue seus passos, ficando preso ao mundo dos negócios ilícitos.

Em DVD no Brasil pela Paris Filmes, um bom exemplar do cinema argentino cuja safra é das melhores. Nosso país vizinho, com êxito da crítica e do público, produz filmes de praticamente todos os gêneros, desde o terror até a comédia. Sempre com resultados bons – e alguns brilhantes. Como é o caso dessa fita poderosa, perturbadora, de gênero difícil de classificar (um drama com tom policial e um pouco de suspense). E com o astro de lá, Ricardo Darín, perfeito em quase todos os trabalhos que atua – a exemplo, “O filho da noiva, “O segredo de seus olhos” (ganhador do Oscar 2011 de melhor filme estrangeiro), “Um conto chinês”, “Nove rainhas” e “Kamtchaka”.
É um feito único na Argentina, uma fita de denúncia que nos deixa atônito pela realidade amarga da trama. E que serve de exemplo para os futuros diretores e roteiristas.
A polícia argentina, conforme letreiros no filme, registra mais de oito mil mortos em acidentes de trânsito por ano no país. Diante desse panorama, surgem os “abutres” (os “urubus”), advogados de porta de cadeia que invadem os locais dos acidentes, hospitais, delegacias para abrir processos de indenização. Sosa é um desses tipinhos, malandro de lábia boa, sempre em busca da próxima vítima. A agência para onde presta serviços é corrupta, lucrando milhões nos casos levantados e ganhos com a dor dos outros. Devido à consciência pesada, quer sair dessa vida de sujeira, mas como, com o salário alto... E assim sofre um dilema atordoante (mesmo escondendo da nova namorada, uma das poucas pessoas que o faria largar o trabalho escuso).
Preparem-se para uma fita de impacto, chocante, que evita concessões baratas. Na Argentina, a reação do público com o filme gerou uma série de denúncias das famílias das vítimas, fazendo com que o país mudasse rigorosamente as leis. Hoje apenas o governo pode atender casos dessa categoria de indenização, e não mais os advogados particulares. Ou seja, um exemplo curioso (e pouco usual) dos bastidores do poder da mídia e a reação da massa. E com o sucesso também vieram prêmios em festivais argentinos.
Obrigatório aos cinéfilos esse excelente retrato do submundo, escrito e dirigido por Pablo Trapero, que tem pelo menos dois trabalhos premiados, “Família Rodante” (2004) e “Leonera” (2008).Por Felipe Brida

Abutres (Carancho). Argentina/ Chile/ França/ Coréia do Sul, 2010, 107 min. Drama/ Policial. Dirigido por Pablo Trapero. Distribuição: Paris Filmes

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Cine Lançamento



Compramos um zoológico

Viúvo e pai de dois filhos adolescentes, Benjamin Mee (Matt Damon) acaba de adquirir uma nova casa no interior. Na verdade, a nova residência fica localizada dentro de um zoológico que faliu há pouco tempo. Sua missão será de reformar aquele local para reabri-lo no verão e assim ganhar dinheiro com o empreendimento. Para alcançar os objetivos, Mee contará com a ajuda dos filhos, dos antigos funcionários do zoológico e da tratadora de animais Kelly Foster (Scarlett Johansson), por quem se apaixona.

Inspirado em fatos reais extraídos do livro autobiográfico de Benjamin Mee, “Compramos um zoológico” é o primeiro filme de Cameron Crowe desde 2005, afastado do cinema após o fracasso de “Tudo acontece em Elizabethtown”. Crowe, para quem não se lembra, dirigiu pelo menos três trabalhos independentes, premiados até com o Oscar: “Jerry Maguire”, “Quase famosos” e “Vanilla sky”. Agora, tentou a sorte grande numa comédia dramática de família. O resultado: uma fita bem leve, previsível, com mensagem positiva sobre superação e amor pelos animais. Nota-se claramente a ausência da marca autoral do diretor. Parece que foi feito por qualquer um... Mas não imputo problemas nisso, sabe por quê? Matt Damon e Scarlett Johansson brilham na tela como o par central (dois atores fotogênicos, vale lembrar), a terna história dá um sopro de vida no público, sem contar as qualidades técnicas da produção. Altamente recomendável.
Convivemos com os dilemas desses personagens no dia a dia. Damon interpreta Benjamin Mee (esse autor do livro no qual o filme foi baseado), um viúvo que enfrenta problemas com um dos filhos, rebelde ao extremo, e que ao se mudar para a casa onde também está o zoológico, terá pela frente de cuidar de 200 animais, além dos funcionários desmotivados. Sem dinheiro, bate de frente com a fiscalização que quer fechar o empreendimento, ao mesmo tempo em que se apaixona pela treinadora de animais (Scarlett). O convívio com os bichos (que aparecem pouco no filme, acreditem!) aliado ao novo amor transformará por completo aquele sujeito, que aprende a reeducar o olhar pela vida.
Com clima de filme de fim de ano, “Compramos um zoológico” é uma agradável surpresa, entretenimento garantido para todas as idades. Por Felipe Brida

Compramos um zoológico (We bought a zoo). EUA, 2011, 124 min. Drama. Dirigido por Cameron Crowe. Distribuição: 20th. Century Fox

sábado, 18 de agosto de 2012

Cine Lançamento



À beira do abismo

Procurado pela Justiça, o ex-policial Nick Cassidy (Sam Worthington) aluga um quarto de hotel em Manhattan e da janela vai até o parapeito do altíssimo prédio. Ele está atormentado e pretende pular lá de cima. Da rua, populares se aglomeram, o que faz a policia iniciar um cerco para capturar o suicida. É quando Cassidy faz a única exigência: trazer até ele a policial psicóloga Lydia Mercer (Elizabeth Banks), especialista em negociações, para que assim possa revelar segredos sobre a própria identidade e também denunciar figurões do alto escalão de Nova York.

Fracasso de bilheteria nos EUA, mal passou nos cinemas do exterior essa intrigante fita de ação classe A destinada a fãs do gênero, que perdoam enxurrada de clichês e não reclamam da trama absurda. Fique prevenido então antes de assistir.
É um daqueles filmes com trama complexa, presa a meandros que vão sendo construídos passo a passo e explicados bem aos poucos. A história envolve um ex-policial foragido (Worthington, mais do mesmo como sempre) que jura de pés juntos ser inocente de um crime. Para tanto, ameaça se jogar de um prédio. A polícia negocia com ele, por meio de uma policial psicóloga, até que o suicida diz ter sido vítima de um esquema envolvendo o roubo de um precioso diamante. E daí em diante começam as surpresas, com direito a reviravoltas heróicas do personagem central. Para quem não ficar incomodado, o resultado está acima da média, pois a história prende a atenção até o desfecho.
Dois bons atores, de gerações opostas, dão peso ao filme: Jamie Bell, como o irmão do rapaz suicida e que tem uma missão ardilosa pela frente, e Ed Harris, o inescrupuloso vilão.
Filmado nas ruas de Nova York por um diretor estreante (Asger Leth), “À beira do abismo”, perdoando-se os furos e absurdos, não deixa de ser um bom thriller para o público adulto. Por Felipe Brida

À beira do abismo (Man on a ledge). EUA, 2012, 102 min. Ação. Dirigido por Asger Leth. Distribuição: Paris Filmes

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Viva Nostalgia!



A montanha dos sete abutres

Decadente jornalista da cidade grande, Chuck Tatum (Kirk Douglas) viaja para Albuquerque, no interior do Novo México, para cobrir um evento inusitado – a tradicional caçada de cascavéis. Ele está entediado e à beira de um colapso. Quando chega ao local dominado por fenos e muita poeira, descobre um furo de reportagem: o desmoronamento de uma mina, que deixou uma vítima presa nos escombros. Cheio de ambição, Tatum transforma o soterramento em um espetáculo da mídia, com repercussão nacional.

Clássico de Billy Wilder sobre ética jornalística e a imprensa sensacionalista, com teor bem atual. Como de praxe, Wilder trabalhou como um artesão nesse projeto de inteira pessoalidade. Na vida real, antes de ser diretor de cinema era jornalista atuante em Viena e Berlim, na década de 20, quando saiu do país natal, a Polônia. As impressões sobre a profissão jornalística estão nítidas, bem como o posicionamento cínico e ácido ao redor da imprensa, que está aquém da função de informar.
Aqui a rotina sem brilho de um veterano repórter prestes a ser demitido de um grande jornal vira uma jornada decisiva rumo ao estrelato. Kirk Douglas está no melhor momento da carreira na pele de Chuck Tatum, esse cidadão em busca de uma guinada na vida profissional. Sem escrúpulos, sem ética e sem ressentimentos, cria um circo assustador em torno de um desabamento que descobre ter ocorrido há poucos minutos. Debaixo dos escombros, uma vítima à espera de socorro (papel de Richard Benedict, como Leo Minosa, espécie de arqueólogo que procura indícios indígenas na região). Para ter o que quer (a notícia em primeira mão, símbolo da superioridade, e o consecutivo reconhecimento, que nada mais é que o poder), o repórter assume o lado cruel e individualista do ser humano deixando de lado quaisquer valores morais. Ele tem acesso exclusivo ao caso, invade a área desmoronada, colocando a vida do outro em risco. Tatum passa a mandar no lugar, não respeita autoridades e prolonga o resgate do ferido, tudo para que o fato em si fique exposto mais tempo na mídia.
Wilder propõe um estudo de personalidade. A ganância, a ambição, o jeito de sair da fossa, custe o que custar. A ideia não fica longe do nosso dia a dia. O bombardeio de tragédias no noticiário ultrapassa qualquer senso de regras, no que chamamos de “espetacularização da notícia”.
Com o cinismo usual, Wilder explora a conduta do ser humano e seus traços mais diabólicos. Por isso o título original é “Ace in the hole”, expressão idiomática relacionada ao pôquer, que significa que o jogador tem “uma carta na manga” para vencer no final. E a fabulosa tradução, “A montanha dos sete abutres” (nome dado à montanha onde a vítima fica soterrada), não reduz essa perspectiva da banalização para com o outro: o repórter do filme, assim como a mídia sensacionalista, é um abutre, “comedor de gente”.
Indicado ao Oscar de melhor roteiro em 1952 e vencedor do prêmio especial de direção no Festival de Veneza, onde também concorreu ao Leão de Ouro, o drama não dá margem aos personagens secundários, sempre em plano inferior ao do terrível protagonista – no elenco desses coadjuvantes estão Jan Sterling, Robert Arthur e Porter Hall.
Influenciou Costa-Gavras, que dirigiu um de seus filmes politizados de alto nível sobre a mídia e o sensacionalismo, “O quarto poder” (1998), com John Travolta e Dustin Hoffman. Ambas as obras se completam.
Não perca a oportunidade de assistir (ou rever) “A montanha dos sete abutres”, genial trabalho de Billy Wilder, lançado em DVD pela primeira vez pela Paramount. Um primor. Por Felipe Brida

A montanha dos sete abutres (Ace in the hole). EUA, 1951, 111 min. Drama. Dirigido por Billy Wilder. Distribuição: Paramount Pictures

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Cine Lançamento



O enigma de outro mundo

Em uma base de pesquisas na Antártida, grupo de cientistas descobre um fóssil enterrado, que supostamente deve estar ali há milhares de anos. Iniciam então as escavações para retirar o imenso bloco de gelo com a estranha criatura. Na mesma área, encontram uma grande nave alienígena debaixo da terra congelada. Durante os estudos, o ser de outro espaço adquire vida e passa a se alimentar dos cientistas um a um transformando-os depois em monstros grotescos.

Dos produtores de “Madrugada dos mortos” (2004), chega diretamente em home vídeo no Brasil esse filme assustador que mistura terror e ficção científica no melhor estilo que Hollywood criou sessenta anos atrás.
Por falar em épocas passadas, vale destacar que “O enigma” foi vendido como remake da cultuada fita homônima de John Carpenter (de 1982), que por sua vez já era refilmagem de uma obra B americana chamada “O monstro do Ártico” (1951). Nesse competente trabalho, optaram por um brilhante trunfo no desfecho, ampliando os horizontes dos cinéfilos de carteirinha. Fiquem atentos nos créditos finais, onde reside a incrível revelação. O segredo, que não vou contar, claro, por si só, e em poucos minutos, constata a criatividade do novato diretor, um jovem de origem nórdica chamado Matthijs van Heijningen Jr., que soube aproveitar os elementos do filme anterior, de 1982. Sacada de mestre!
Para os fãs do gênero como eu, o resultado é bem satisfatório. Não que seja uma obra imperdível ou necessária, porém está acima da média. E isto é de bom tamanho numa safra ruim. O mistério da história prende a atenção até os últimos minutos, as criaturas (nojentas) são recriadas por efeitos visuais convincentes (em computação gráfica), a ambientação no gelo eterno da Antártida provoca clima de tensão, há sustos e mais sustos, reviravoltas etc. Dá certo e funciona como fita de terror. Não tenha medo de errar.
Rodado na verdadeira Colúmbia Britânica durante o inverno canadense, “O enigma” naufragou na bilheteria, arrecadando cerca de U$ 27 milhões contra os U$ 38 mi gastos. Uma pena o público não ter conferido esse projeto interessante. Agora, em DVD, quem sabe...Por Felipe Brida

O enigma de outro mundo (The thing). EUA/ Canadá, 2011, 103 min. Horror/ Ficção científica. Dirigido por Matthijs van Heijningen Jr. Distribuição: Universal