Instinto Secreto
Executivo bem-sucedido e pai de família exemplar, Earl Brooks (Kevin Costner) esconde um terrível segredo: é um serial killer frio e calculista. Os crimes cometidos por Brooks colocam a polícia em estado de alerta, porém ninguém conhece a identidade do assassino. Dominado por seu alter-ego, Marshall (William Hurt), o executivo sente compulsão em matar a todo o momento. Para desvendar o caso, a polícia designa a competente detetive Tracy Altwood (Demi Moore), que ficará no encalço do serial killer.
Um fraco suspense psicológico prejudicado por um elenco fora de forma. A dupla Kevin Costner (sempre com cara de tédio) e Demi Moore não convence, e William Hurt, que interpreta o “outro eu” de Brooks, uma espécie de consciência do mal, passa o tempo mascando chicletes e soltando gargalhadas sofríveis. Aliás, o conflito demasiado entre o alter-ego de Brooks e o próprio executivo cansa e provoca irritação.
Aqui, a idéia de dualidade “bem x mal” centrada na figura de um homem íntegro que se transfigura em matador em poucos segundos assemelha-se a outro filme, mais interessante e com resultados aceitáveis, “Confissões de uma Mente Perigosa” (2002), dirigido por George Clooney. E, no fundo, ambos não passam de visões modernas e disfarçadas da grande obra literária “O Médico e o Monstro”, do escocês Robert Louis Stevenson, tantas vezes levada às telonas.
No enredo de “Instinto Secreto”, absurdos generalizados, como a do fotógrafo que, ao invés de entregar Brooks à polícia, já que havia tirado fotos que incriminasse o executivo, resolve participar dos assassinatos junto com ele. Outra besteira é Brooks colocar perucas e barba, como camuflagem, para cometer os crimes e não ser reconhecido, sendo que em assassinatos anteriores ia de “cara limpa”. Difícil engolir a figura do executivo culto e engravatado como um perigoso serial killer que amedronta a cidade. Tudo bem que devem existir por aí personalidades deste naipe, mas aqui definitivamente as situações não ajudam, tampouco a caracterização do personagem principal. Reparem na cena do acidente sofrido pela detetive Atwood (Demi Moore), algo que era para deixar qualquer um, no mínimo, paraplégico! Dói em mim só de lembrar.
O diretor Bruce A. Evans só havia dirigido um filme, o fraco “Kuffs – Um Tira por Acaso”, em 1992, e, depois, virou roteirista (“A Ilha da Garganta Cortada”, “Starman – O Homem das Estrelas” etc). E saiu-se péssimo com este projeto, que carrega apenas a sinopse chamativa. Disponível em DVD. Por Felipe Brida.
Título original: Mr. Brooks
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Kevin Costner, Demi Moore, William Hurt, Dane Cook, Marg Helgenberger, Ruben Santiago-Hudson, Danielle Panabaker.
Direção: Bruce A. Evans
Gênero: Suspense
Duração: 120 min.
Executivo bem-sucedido e pai de família exemplar, Earl Brooks (Kevin Costner) esconde um terrível segredo: é um serial killer frio e calculista. Os crimes cometidos por Brooks colocam a polícia em estado de alerta, porém ninguém conhece a identidade do assassino. Dominado por seu alter-ego, Marshall (William Hurt), o executivo sente compulsão em matar a todo o momento. Para desvendar o caso, a polícia designa a competente detetive Tracy Altwood (Demi Moore), que ficará no encalço do serial killer.
Um fraco suspense psicológico prejudicado por um elenco fora de forma. A dupla Kevin Costner (sempre com cara de tédio) e Demi Moore não convence, e William Hurt, que interpreta o “outro eu” de Brooks, uma espécie de consciência do mal, passa o tempo mascando chicletes e soltando gargalhadas sofríveis. Aliás, o conflito demasiado entre o alter-ego de Brooks e o próprio executivo cansa e provoca irritação.
Aqui, a idéia de dualidade “bem x mal” centrada na figura de um homem íntegro que se transfigura em matador em poucos segundos assemelha-se a outro filme, mais interessante e com resultados aceitáveis, “Confissões de uma Mente Perigosa” (2002), dirigido por George Clooney. E, no fundo, ambos não passam de visões modernas e disfarçadas da grande obra literária “O Médico e o Monstro”, do escocês Robert Louis Stevenson, tantas vezes levada às telonas.
No enredo de “Instinto Secreto”, absurdos generalizados, como a do fotógrafo que, ao invés de entregar Brooks à polícia, já que havia tirado fotos que incriminasse o executivo, resolve participar dos assassinatos junto com ele. Outra besteira é Brooks colocar perucas e barba, como camuflagem, para cometer os crimes e não ser reconhecido, sendo que em assassinatos anteriores ia de “cara limpa”. Difícil engolir a figura do executivo culto e engravatado como um perigoso serial killer que amedronta a cidade. Tudo bem que devem existir por aí personalidades deste naipe, mas aqui definitivamente as situações não ajudam, tampouco a caracterização do personagem principal. Reparem na cena do acidente sofrido pela detetive Atwood (Demi Moore), algo que era para deixar qualquer um, no mínimo, paraplégico! Dói em mim só de lembrar.
O diretor Bruce A. Evans só havia dirigido um filme, o fraco “Kuffs – Um Tira por Acaso”, em 1992, e, depois, virou roteirista (“A Ilha da Garganta Cortada”, “Starman – O Homem das Estrelas” etc). E saiu-se péssimo com este projeto, que carrega apenas a sinopse chamativa. Disponível em DVD. Por Felipe Brida.
Título original: Mr. Brooks
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Kevin Costner, Demi Moore, William Hurt, Dane Cook, Marg Helgenberger, Ruben Santiago-Hudson, Danielle Panabaker.
Direção: Bruce A. Evans
Gênero: Suspense
Duração: 120 min.
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