Valente
A apresentadora de rádio Erica Bain (Jodie Foster) e seu namorado, David (Naveen Andrews), são espancados por marginais, próximo a um túnel em Nova York. David não sobrevive, enquanto que Erica é hospitalizada e corre risco de morte. Ela se recupera e volta para casa. Traumatizada, resolve fazer justiça com as próprias mãos, indo atrás dos bandidos que a atacaram.
Lembram de “Desejo de Matar”, aquele sucesso do cinema policial lançado em 1974 e estrelado por Charles Bronson, cujo personagem, atormentado com o assassinato da esposa e o estupro da filha, saía atirando contra todos aqueles que cruzavam seu caminho? Pois bem, esta é a versão feminina do clássico. Aqui se utiliza também o apelido de “vigilante” para designar a justiceira impiedosa. Fracasso arrasador nos Estados Unidos, a fita é descartável e desperdiça o bom elenco. Uma furada ter reunido dois grandes nomes – Jodie Foster e Terrence Howard (que interpreta o detetive da história) – em um projeto com temática discutível e ineficiente. O que pensar da seguinte idéia defendida no filme: Andar armado com revólver por aí e fazer justiça com as próprias mãos, vingando-se da corja de criminosos e mandando balas para todos os lados? Ah, se essa moda pega aqui no Brasil...
Não tive ânimo. Assisti ao filme com cara de sono. Tudo é improvável demais. Para começar, a amizade (e o possível romance) entre a apresentadora de rádio e o policial não combina. Segundo, em qualquer canto que a personagem principal tomava rumo, ela era perseguida por gente estranha. E a matança surgia. Nem a conclusão se salva – um final pavoroso que denuncia a manipulação de provas pela polícia.
Ainda que o elenco se esforce (Jodie foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz este ano melhor pelo filme), não tem como negar a tremenda fria em que se meteu o competente diretor irlandês Neil Jordan, responsável por projetos criativos e elogiados, como “Entrevista com o Vampiro”, “Nó na Garganta”, “Mona Lisa” e “Traídos pelo Desejo”. Um dos piores filmes do ano, com um título em português infeliz. O título original não está longe do nosso. Por Felipe Brida
Título original: The Brave One
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Jodie Foster, Terrence Howard, Nicky Katt, Naveen Andrews, Mary Steenburgen, Ene Oloja, Zöe Kravitz, Luís da Silva Jr.
Direção: Neil Jordan
Gênero: Policial
Duração: 123 min.
A apresentadora de rádio Erica Bain (Jodie Foster) e seu namorado, David (Naveen Andrews), são espancados por marginais, próximo a um túnel em Nova York. David não sobrevive, enquanto que Erica é hospitalizada e corre risco de morte. Ela se recupera e volta para casa. Traumatizada, resolve fazer justiça com as próprias mãos, indo atrás dos bandidos que a atacaram.
Lembram de “Desejo de Matar”, aquele sucesso do cinema policial lançado em 1974 e estrelado por Charles Bronson, cujo personagem, atormentado com o assassinato da esposa e o estupro da filha, saía atirando contra todos aqueles que cruzavam seu caminho? Pois bem, esta é a versão feminina do clássico. Aqui se utiliza também o apelido de “vigilante” para designar a justiceira impiedosa. Fracasso arrasador nos Estados Unidos, a fita é descartável e desperdiça o bom elenco. Uma furada ter reunido dois grandes nomes – Jodie Foster e Terrence Howard (que interpreta o detetive da história) – em um projeto com temática discutível e ineficiente. O que pensar da seguinte idéia defendida no filme: Andar armado com revólver por aí e fazer justiça com as próprias mãos, vingando-se da corja de criminosos e mandando balas para todos os lados? Ah, se essa moda pega aqui no Brasil...
Não tive ânimo. Assisti ao filme com cara de sono. Tudo é improvável demais. Para começar, a amizade (e o possível romance) entre a apresentadora de rádio e o policial não combina. Segundo, em qualquer canto que a personagem principal tomava rumo, ela era perseguida por gente estranha. E a matança surgia. Nem a conclusão se salva – um final pavoroso que denuncia a manipulação de provas pela polícia.
Ainda que o elenco se esforce (Jodie foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz este ano melhor pelo filme), não tem como negar a tremenda fria em que se meteu o competente diretor irlandês Neil Jordan, responsável por projetos criativos e elogiados, como “Entrevista com o Vampiro”, “Nó na Garganta”, “Mona Lisa” e “Traídos pelo Desejo”. Um dos piores filmes do ano, com um título em português infeliz. O título original não está longe do nosso. Por Felipe Brida
Título original: The Brave One
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Jodie Foster, Terrence Howard, Nicky Katt, Naveen Andrews, Mary Steenburgen, Ene Oloja, Zöe Kravitz, Luís da Silva Jr.
Direção: Neil Jordan
Gênero: Policial
Duração: 123 min.
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