domingo, 30 de maio de 2010

Cine Lançamento

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Contos do Dia das Bruxas

Quatro histórias de horror se entrelaçam durante a noite de Halloween em um bairro norte-americano. Psicopata, vampiros, mortos-vivos, assombrações e lobisomens são alguns dos personagens que compõem os assustadores contos.

Prepare-se para assistir ao melhor terror dos últimos anos. Produzido no Canadá pelo diretor de “X-men”, Bryan Singer, “Contos do Dia das Bruxas” é um grande achado, original na forma e no roteiro, com uma montagem curiosa e sempre surpreendente. As histórias são curtas e cada uma delas tem um significado em torno do Halloween. São elas: um psicopata inicia uma série de assassinatos na noite do Dia das Bruxas, com direito a doces envenenados; uma jovem é perseguida por um vampiro sedento por sangue e sexo; um grupo de garotos e garotas sai em busca de um ônibus abandonado onde várias crianças deficientes foram mortas (a história mais macabra e arrepiante do filme); e por fim um misterioso menino encapuzado passa a atormentar um velho ermitão.
Adaptado de um curta-metragem em animação do talentoso diretor, cujo título é “Season’s greetings” (que consta como extra no DVD), o filme tem clima, provoca arrepios, é assustador e criativo.
Traz no elenco poucos rostos conhecidos, como a vencedora do Oscar Anna Paquin, em papel menor, como uma jovem vestida de Chapeuzinho Vermelho aterrorizada por um vampiro, e Brian Cox, disfarçado com cabelos compridos e nariz postiço, na pele do velho rabugento no último conto.
Preste atenção, pois as histórias não são contadas separadamente – elas não seguem uma cronologia, porém se comunicam o tempo inteiro.
Como extras no DVD, vem ainda um documentário que explica as origens e as figuras típicas do Halloween. Serve para nós, brasileiros, conhecermos e entendermos melhor o que é exposto na fita, já que aqui não temos o costume de comemorar o Dia das Bruxas.
Rodado em 2006, houve atraso na exibição lá fora, e só agora chega em DVD no Brasil. Alternando horror e humor negro nervoso, este é um bom exemplo de filme menor que repercutiu em festivais independentes e obteve aura de cult. Corra conferir. Por Felipe Brida

Título original: Trick’r treat
País/Ano: Canadá/EUA, 2008
Elenco: Dylan Baker, Leslie Bibb, Rochelle Aytes, Anna Paquin, Brian Cox, Samm Todd
Direção: Michael Dougherty
Gênero: Terror
Duração: 82 min
Distribuição: Warner Premiere

sábado, 29 de maio de 2010

Morre o ator Dennis Hopper aos 74 anos

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O ator Dennis Hopper morreu na manhã de hoje (sábado) aos 74 anos, em sua casa em Venice Beach, Los Angeles. Ele lutava contra um câncer e estava afastado do cinema desde o ano passado quando a doença o deixou muito debilitado. Era um dos grandes nomes do cinema norte-americano, inclusive indicado ao Oscar - melhor ator coadjuvante pelo drama "Momentos decisivos" (1986).
Nascido em 17 de maio de 1936 em Dodge City, Kansas, Hopper atuou em mais 150 filmes, além de participação especial em mais de 30 seriados. Costumava interpretar papéis de vilões, como assassinos e personagens perturbados, como em "Veludo azul" (1986 - indicado ao Globo de Ouro como melhor ator), "Velocidade máxima" (1994) e "Waterworld - O segredo das águas" (1995).
Dirigiu e atuou em "Sem destino" (1969), seu primeiro trabalho como cineasta. Por este trabalho recebeu indicação ao Oscar de melhor roteiro. Como diretor rodou "Anos de rebeldia", "As cores da violência" e "The hot spot", além de outros trabalhos. O ator deixa quatro filhos. Por Felipe Brida

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cine Lançamento

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Abraços partidos

O cineasta Mateo Blanco (Lluís Homar) fica cego após um acidente de carro. Quatorze anos se passam, e Mateo agora se dedica a escrever romances e roteiros, sob o pseudônimo de Harry Caine. Quando conhece o filho de uma antiga diretora de cinema, ele se coloca na obrigação de revelar a esse jovem cineasta momentos marcantes de sua vida pessoal, inclusive sobre o acidente que mudou para sempre a sua rotina. Enfrentando uma depressão profunda, Caine expõe um saudoso olhar sobre o relacionamento conturbado que teve com Lena (Penélope Cruz), amante de um magnata. O intuito disso tudo é auxiliar o jovem cineasta a escrever um roteiro.

Reconhecido pelo seu cinema peculiar, com certo grau de erotismo (e homoerotismo), colorido e todo permeado por tramas paralelas envolvendo personagens fora do comum, que beiram o nonsense, o diretor espanhol Pedro Almodóvar lança aqui seu primeiro retrato sobre a alma masculina, como ele mesmo define. Isto porque sempre trilhou histórias sobre o universo feminino, aonde coloca na mesma balança o charme e a indelicadeza da mulher, seja ela freira, neurótica ou prostituta, os tipos mais comuns vistos em seus filmes.
Em “Abraços partidos”, a figura do homem cinquentenário é o centro das ações. Um sujeito cego com uma miscelânea de caráter: frustrado, amargo, louco por sexo. Ainda por cima carrega o peso do mundo nas costas e vive deprimido por causa de um acidente no passado, fato que não adquire forças para exorcizar. Porém, como é característica de Almodóvar, seus personagens, por mais pessimistas que sejam, têm sentimento – e assim Mateo Blanco/Harry Caine se auto-descobre ao revelar questões íntimas a um desconhecido.
Indicado ao Globo de Ouro de filme estrangeiro, não é o melhor Almodóvar (pra mim, “Tudo sobre minha mãe” é a obra-prima do cineasta, seguido de “Volver” e “Fale com ela”) e foi um pouco rejeitado pela crítica lá fora. Certamente tem um ar de maestria, com diálogos ferozes e sacadas brilhantes, dentre elas a da mulher contratada para ler os lábios de Penélope para saber o que esta diz ao amante, escondida. Atente-se ao final! Confira. Por Felipe Brida

Título original: Los abrazos rotos
País/Ano: Espanha, 2009
Elenco: Lluís Homar, Penélope Cruz, Blanca Portillo, José Luis Gómez, Rubén Ochandiano, Chus Lampreave
Direção: Pedro Almodóvar
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Distribuição: Universal Pictures

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Cine Lançamento

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Premonição 4

Acompanhado de um grupo de amigos na arquibancada de um estádio, o jovem Nick (Bobby Campo) pressente um trágico acidente em uma pista de corrida de carros, que causa a morte de dezenas de pessoas. Porém, o fatídico acontecimento se torna realidade, e Nick e seus colegas conseguem escapar da morte. Dias depois, um a um começa a morrer das formas mais estranhas e brutais possíveis.

Nesse quarto filme da cinessérie de sucesso de público, o teor violento das mortes aumenta, dando margem ainda maior ao estilo “gore” (sanguinário) num roteiro previsível e altamente repetitivo. Assim como o acidente de carro do início do filme, a fita derrapa – o roteiro é banal, recheado de mortes absurdas e cruéis, com um elenco paupérrimo formado por um grupo nada promissor de jovens atores. Algumas mortes até são possíveis, como o rapaz dragado pelo motor da piscina (houve caso semelhante a este registrado no Brasil pouco tempo atrás), mas a maioria não dá pra ser levada a sério.
Para o alívio dos fãs a fita traz efeitos visuais assustadores, e uma técnica bem curiosa de inversão de negativo no último acidente, quase nos créditos finais.
É o mais fraco da série, violento, menos sufocante, menos original. Assina a direção David R. Ellis, o mesmo da segunda parte de “Premonição”. Não se arrisque. Por Felipe Brida

Título original: The final destination
País/Ano: EUA, 2009
Elenco: Bobby Campo, Nick Zano, Haley Webb, Shantel VanSanten
Direção: David R. Ellis
Gênero: Terror
Duração: 82 min
Distribuição: PlayArte

terça-feira, 4 de maio de 2010

Morre a atriz inglesa Lynn Redgrave, aos 67 anos

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Duas vezes indicada ao Oscar, a atriz inglesa Lynn Redgrave morreu no último domingo (dia 2), aos 67 anos. Ela estava com câncer de mama, diagnosticado em 2003, e desde essa época fazia tratamento quimioterápico.
Nascida em 8 de março de 1943 em Londres, Lynn vem de uma família ligada ao cinema. Era irmã da premiada atriz Vanessa Redgrave e também do ator Corin Redgrave, falecido no último dia 6 de abril. Era tia das atrizes Joely e Natasha Richardson, ambas filhas de Vanessa - Natasha morreu em março do ano passado em um trágico acidente de ski.
Naturalizada cidadã norte-americana, viva em Manhattan, Nova York, Estados Unidos, onde faleceu.
Atuou em mais de 50 produções para TV e filmes para cinema, cuja carreira completou 46 anos. Recebeu duas indicações ao Oscar: melhor atriz por "Georgy, a feiticeira" (1966) e atriz coadjuvante por "Deuses e monstros" (1998).
Dentre os filmes que participou estão: "As aventuras de Tom Jones" (1963 - sua estréia), "Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo, mas tinha medo de perguntar" (1972), "Shine - Brilhante" (1996), "Sobrou pra você" (2000), "Spider - Desafie sua mente" (2002), "Peter Pan" (2003), "Kinsey - Vamos falar de sexo" (2004) e "A condessa branca" (2005).
Também foi indicada três vezes ao prêmio Tony por participações em espetáculos teatrais, dentre elas "The constant wife" em 2005.
A atriz era casada e deixa três filhos. Por Felipe Brida

domingo, 2 de maio de 2010

Cine Lançamento

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Garota fantástica

Bliss Cavendar (Ellen Page) é uma jovem de 17 anos que vive com os pais em uma pequena cidade do interior do Texas. Rebelde, piradinha e fã de rock alternativo, a garota, por intermédio de um grupo de amigas, inscreve-se em uma competição de “roller derby” (patinação). Empolgada com o esporte, acaba fazendo novas amizades, enfrentando paralelamente sérios problemas familiares.

Nessa fita independente com certo ar de cult, a atriz Drew Barrymore faz sua estréia como diretora, além de aparecer como coadjuvante, no papel de uma das amigas malucas da personagem principal. É um filme bonitinho, engraçadinho, mas para meninas, que obviamente se identificarão com as angústias e os anseios da rebelde Bliss Cavendar, interpretada por Ellen Page, sempre ótima (foi indicada ao Oscar de atriz por “Juno”, em 2008). Logo logo leva uma estatueta para casa.
A jovem enfrenta um turbilhão de incertezas em meio à caótica fase da juventude. Os diálogos, cheio de gírias, ajudam a traçar esse pequeno retrato do mundo feminino juvenil. Há muito de seriedade nesse projeto delicado de Drew, que vale ser conferido.
Para frisar, o “roller derby”, aonde patinadoras se enfrentam em uma pista oval, é um esporte comum nos Estados Unidos, surgido na década de 20 e que nunca teve enfoque maior no cinema. Por Felipe Brida

Título original: Whip it
País/Ano: EUA, 2009
Elenco: Ellen Page, Marcia Gay Harden, Daniel Stern, Juliette Lewis, Drew Barrymore, Eve, Zoe Bell
Direção: Drew Barrymore
Gênero: Comédia dramática
Duração: 111 min
Distribuição: Califórnia Filmes