terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Morre o ator Renato Consorte

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Descendente de italianos, o ator paulistano Renato Consorte morreu na tarde de ontem, segunda-feira (dia 26), aos 84 anos. Ele sofria de câncer de próstata e faleceu no Hospital Osvaldo Cruz, em São Paulo.
Consorte teve extensa passagem pela TV e pelo cinema. Iniciou a carreira nos anos 50 como ponta em filmes da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz, dentre eles "Caiçara" (1950), "Tico-tico no fubá" (1952), "Sinhá moça" (1953) e "Floradas na serra" (1954). Ainda participou dos filmes "Rio 40 graus" (1955), "A baronesa transviada" (1957), "Garota enxuta" (1959), "O bandido da luz vermelha" (1968), "Gente que transa" (1974), "Eles não usam black-tie" (1981), "Sábado" (1995), "O casamento de Romeu e Julieta" (2005) e "O homem que desafiou o diabo" (2007), seu último trabalho.
Na TV fez novelas como "Dinheiro vivo" (1979), "Tieta" (1989), "A história de Ana Raio e Zé Trovão" (1990) e "Bang Bang" (2005). O corpo do ator foi enterrado na tarde de hoje no Cemitério de Congonhas, zona sul de São Paulo. Por Felipe Brida

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Especiais sobre cinema


Coleção Aplauso completa cinco anos e prepara novas biografias para 2009 (*)

Felipe Brida

Editada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, a Coleção Aplauso comemora cinco anos de sucesso de crítica e de público. Já são mais de 160 livros lançados, a maioria deles biografias de atores, atrizes, cineastas e dramaturgos brasileiros. Em 2008 os leitores tiveram o prazer de acompanhar, em textos e fotos, a carreira de renomadas feras do cinema e da TV, dentre eles Lolita Rodrigues, Walmor Chagas, Joana Fomm, Geórgia Gomide, Orlando Senna, Louise Cardoso e Ivan Cardoso. E para 2009 os leitores poderão esperar ainda mais.
A Coleção Aplauso nasceu com o objetivo de resgatar e preservar a memória cultural do país. Concebida pelo diretor-presidente do Imprensa Oficial, Hubert Alquéres, e coordenada pelo crítico de cinema Rubens Ewald Filho, a coleção é composta, além das biografias, por séries especiais, como roteiros cinematográficos não-adaptados e peças de teatro. Outro atrativo dos livros é o preço, que varia de R$ 11 a R$ 25.
Em entrevista à REVISTA É NOTÍCIA, o jornalista e crítico de cinema Rubens Ewald Filho explica mais sobre a proposta da Aplauso.


NM – Rubens, como surgiu a proposta para dar vida à Coleção Aplauso?
Ewald – A Coleção Aplauso tem como objetivo registrar a memória da TV e do cinema. Ela é composta por biografias de artistas que fizeram e fazem parte do imaginário do público, assim como diretores e dramaturgos. A pedido do próprio público, resolvemos criar essa coleção, hoje tão bem aceita pelos leitores. Nossa idéia é fazer com que jovens e adultos utilizem o material como consulta para trabalhos ou mesmo para servir como referencial para aqueles que seguem carreira artística.

NM – Pelo preço dos livros ser bastante acessível ao público, a coleção tem vistas mercadológicas?
Ewald – Não fazemos os livros para se tornaram best-sellers nem para se entrarem na lista dos mais lidos do ano. Uma boa quantidade de exemplares é distribuída a bibliotecas de escolas estaduais. É uma proposta diferenciada da Secretaria de Educação e de Cultura do Estado. Em 2008 levei títulos da coleção para o departamento de “estudos brasileiros” na Universidade de Harvard. Estamos ampliando cada vez mais a divulgação. O projeto continua a todo vapor, e para esse ano deveremos lançar mais títulos.

NM – Quem escreve e quem prepara o material?
Ewald – A maioria dos autores é jornalista. Dou prioridade a jornalistas escreverem, em especial aqueles que já têm conhecimento na área cultural. Isto porque eles dominam o assunto, sabem como lidar com o biografado, de que forma podem questionar o artista, o melhor jeito de contar a história. Os livros da série “Perfil”, as biografias, são narrados em primeira pessoa, ou seja, os relatos do próprio entrevistado conduzem a narrativa. E cada uma delas possui suas curiosidades. É interessantíssimo, pois a cada livro, com a perspectiva de um autor e com a permissão do biografado, viajamos em momentos maravilhosos, como a infância do artista, as paixões, os momentos de fragilidade e os altos e baixos da carreira.

(*) Entrevista publicada na primeira edição da revista ÉNOTÍCIA, do jornal Notícia da Manhã, periódico de Catanduva, lançada no dia 26/01/2009. Crédito para as duas primeiras fotos: Divulgação. Foto de Rubens: Felipe Brida

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Especiais sobre cinema


Academia anuncia indicados ao Oscar 2009

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou, ontem às 11h40, a lista completa dos concorrentes ao Oscar 2009. A divulgação foi feita pelo ator Forest Whitaker, vencedor do Oscar de melhor ator por "O último rei da Escócia", em 2007, e por Sid Ganis, presidente da Academia.
O curioso caso de Benjamin Button recebeu o maior número de indicações - 13 ao todo, incluindo melhor filme e melhor direção. O ator Heath Ledger, falecido em janeiro do ano passado vítima de overdose acidental de medicamentos, foi indicado postumamente pela aventura "Batman - O cavaleiro das trevas".
A cerimônia de entrega do Oscar será no Kodak Theater, em Los Angeles, no dia 22 de fevereiro, a partir das 23 horas (horário de Brasília), com transmissão pelo canal TNT. Por Felipe Brida


Confira a lista completa dos indicados ao Oscar 2009

Melhor filme
Frost/Nixon
O Curioso Caso de Benjamin Button
O Leitor
Milk - A Voz da Igualdade
Quem Quer Ser um Milionário?

Melhor ator
Brad Pitt, por O Curioso Caso de Benjamin Button
Sean Penn, por Milk - A Voz da Igualdade
Frank Langella, por Frost/Nixon
Mickey Rourke, por O Lutador
Richard Jenkins, por The Visitor

Melhor atriz
Meryl Streep, por Dúvida
Anne Hathaway, por O Casamento de Rachel
Kate Winslet, por O Leitor
Angelina Jolie, por A Troca
Melissa Leo, por Rio Congelado

Melhor ator coadjuvante
Josh Brolin, por Milk - A Voz da Igualdade
Robert Downey Jr., por Trovão Tropical
Philip Seymour Hoffman, por Dúvida
Michael Shannon, por Foi Apenas Um Sonho
Heath Ledger, por Batman - O Cavaleiro das Trevas

Melhor atriz coadjuvante
Penélope Cruz, por Vicky Cristina Barcelona
Viola Davis, por Dúvida
Amy Adams, por Dúvida
Taraji P. Henson, por O Curioso Caso de Benjamin Button
Marisa Tomei, por O Lutador

Melhor diretor
Stephen Daldry, por O Leitor
David Fincher, por O Curioso Caso de Benjamin Button
Danny Boyle, por Quem Quer Ser Um Milionário?
Gus Van Sant, por Milk - A Voz da Igualdade
Ron Howard, por Frost/Nixon

Melhor filme estrangeiro
Valsa com Bashir (Israel)
The Baader-Meinhof Complex (Alemanha)
Entre Les Murs (França)
Departures (Japão)
Revanche (Áustria)

Melhor animação
Kung Fu Panda
Wall-E
Bolt - Supercão

Melhor roteiro adaptado
Dúvida
Quem Quer Ser Um Milionário?
O Curioso Caso de Benjamin Button
Frost/Nixon
O Leitor

Melhor roteiro original
Milk - A Voz da Igualdade
Wall-E
Na Mira do Chefe
Simplesmente Feliz
Rio Congelado

Melhor fotografia
A Troca (Tom Stern)
O Curioso Caso de Benjamin Button (Claudio Miranda)
Batman - O Cavaleiro das Trevas (Wally Pfister)
O Leitor (Chris Menges e Roger Deakins)
Quem Quer Ser um Milionário? (Anthony Dod Mantle)

Melhor direção de arte
O Curioso Caso de Benjamin Button
A Troca
Foi Apenas Um Sonho
Batman - O Cavaleiro das Trevas
A Duquesa

Melhor figurino
Austrália
O Curioso Caso de Benjamin Button
A Duquesa
Milk - A Voz da Igualdade
Foi Apenas Um Sonho

Melhor montagem
O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman - O Cavaleiro das Trevas
Frost/Nixon
Milk - A Voz da Igualdade
Quem Quer Ser Um Milionário?

Melhor maquiagem
O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman - O Cavaleiro das Trevas
Hellboy 2 - O Exército Dourado

Melhor trilha sonora original
O Curioso Caso de Benjamin Button (Alexandre Desplat)
Defiance (James Newton Howard)
Milk - A Voz da Igualdade (Danny Elfman)
Quem Quer Ser Um Milionário? (A.R. Rahman)
Wall-E (Thomas Newman)

Melhor canção
Down to Earth - Wall-E
Jai Ho - Quem Quer Ser Um Milionário?
O Saya - Quem Quer Ser Um Milionário?

Melhor edição de som

Batman - O Cavaleiro das Trevas
Homem de Ferro
Wall-E
Quem Quer Ser um Milionário?
Procurado

Melhor mixagem de som
O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman - O Cavaleiro das Trevas
Quem Quer Ser Um Milionário?
Wall-E
Procurado

Melhores efeitos visuais
O Curioso Caso de Benjamim Button
Batman - O Cavaleiro das Trevas
Homem de Ferro

Melhor documentário em longa-metragem
The Betrayal (Nerakhoon)
Encounters at the End of the World
The Garden
Man on Wire
Trouble the Water

Melhor documentário em curta-metragem
The Conscience of Nhem En
The Final Inch
Smile Pinki
The Witness - From the Balcony of Room 306

Melhor curta-metragem de animação

La Maison de Petits Cubes
Lavatory - Lovestory
Oktapodi
Presto
This Way Up

Melhor curta-metragem
Auf der Strecke (On the Line)
Manon on the Asphalt
New Boy
The Pig
Spielzeugland (Toyland)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Especiais sobre cinema


Drama de origem indiana vence melhor filme no Globo de Ouro; “Coringa” leva prêmio póstumo (*)

Felipe Brida

O drama de origem indiana “Slumdog Millionaire” (foto à direita), dirigido por Danny Boyle, saiu-se o grande vitorioso da 66ª edição do Globo de Ouro, realizada ontem no hotel Beverly Hilton, em Beverly Hills, Los Angeles. O filme arrebatou quatro estatuetas douradas, inclusive o de melhor filme e melhor diretor. Em segundo lugar na lista dos mais premiados, “The wrestler”, filme sobre luta livre dirigido por Darren Aronofsky, venceu em duas categorias – melhor ator dramático para Mickey Rourke, hoje deformado devido a malsucedidas cirurgias de botox, e melhor canção, concedida a Bruce Springsteen.
O ator Heath Ledger, falecido em janeiro do ano passado em decorrência de uma overdose de medicamentos, levou o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante pelo papel do Coringa em “Batman – O cavaleiro das trevas”; o prêmio foi recebido pelo diretor do filme, Christopher Nolan. Outra grande vencedora foi a atriz inglesa Kate Winslet, que recebeu dois Globos de Ouro na noite: na categoria atriz por “Foi apenas um sonho” e outra de atriz coadjuvante por “The reader”.
“Vicky Cristina Barcelona”, a nova comédia dramática de Woody Allen, ganhou o prêmio de melhor filme na subcategoria comédia ou musical. Já a animação futurista da Disney/Pixar “Wall-E” desbancou os dois concorrentes, “Kung Fu Panda” e “Bolt – Supercão”.
O drama biográfico “Frost/Nixon” e a fantasia “O curioso caso de Benjamin Button” receberam o maior número de indicações – cinco categorias cada – porém não ganharam em nenhuma.
Um dos maiores eventos do cinema mundial, o Globo de Ouro é considerado a prévia do Oscar, este com data marcada para o dia 22 de fevereiro, no teatro Kodak em Los Angeles.

Confira abaixo a relação completa dos vencedores da 66ª edição do Globo de Ouro (exceto as categorias relacionadas a seriados, minisséries e filmes para a TV).


Melhor Filme Drama:

Slumdog Millionaire
O curioso caso de Benjamin Button
Frost/Nixon
The Reader
Foi apenas um sonho


Melhor filme - Comédia ou Musical:

Vicky Christina Barcelona
Queime Depois de Ler
Happy-Go-Lucky
Na mira do chefe
Mamma Mia! – O filme



Melhor diretor:

Danny Boyle, por “Slumdog Millionaire”
Stephen Daldry, por “The reader”
David Fincher, por “O curioso caso de Benjamin Button”
Ron Howard, por “Frost/Nixon”
Sam Mendes, por “Foi apenas um sonho”

Melhor atriz dramática:

Kate Winslet, por “Foi apenas um sonho”
Anne Hathaway, por “Rachel getting married”
Angelina Jolie, por “A troca”
Meryl Streep, por “Doubt”
Kristin Scott Thomas, por “I've Loved You So Long”


Melhor ator dramático:

Mickey Rourke, por “The wrestler”
Leonardo DiCaprio, por “Foi apenas um sonho”
Frank Langella, por “Frost/Nixon”
Sean Penn, por “Milk”
Brad Pitt, por “O curioso caso de Benjamin Button”


Melhor atriz em comédia ou musical:

Sally Hawkins, por “Happy-go-lucky”
Rebecca Hall, por “Vicky Christina Barcelona”
Frances McDormand, por “Queime depois de ler”
Meryl Streep, por “Mamma Mia! – O filme”
Emma Thompson, por “Last Chance Harvey”


Melhor ator em comédia ou musical:

Colin Farrell, por “Na mira do chefe”
Brendan Gleeson, por “Na mira do chefe”
Javier Bardem, por “Vicky Christina Barcelona”
James Franco, por “Segurando as pontas”
Dustin Huffman, por “Last Chance Harvey”


Melhor ator coadjuvante:

Heath Ledger, por "Batman – O cavaleiro das trevas"
Tom Cruise, por "Trovão tropical"
Robert Downey Jr, por "Trovão tropical "
Ralph Fiennes, por "A duquesa"
Philip Seymour Hoffman, por "Doubt"



Melhor atriz coadjuvante:

Kate Winslet, por "The Reader"
Amy Adams, por "Doubt"
Penelope Cruz, por "Vicky Christina Barcelona"
Viola Davis, por "Doubt"
Marisa Tomei, por "The Wrestler"


Melhor roteiro:

Simon Beaufoy, por “Slumdog millionaire”
David Hare, por “The reader”
Peter Morgan, por “Frost/Nixon”
Eric Roth, por “O curioso caso de Benjamin Button”
John Patrick Shanley, por “Doubt”


Melhor filme de animação:

Wall-E, de Andrew Stanton
Bolt – Supercão
Kung Fu Panda


Melhor trilha sonora:

A.R. Rahman, por “Slumdog millionaire”
Alexandre Desplat, por “O curioso caso de Benjamin Button”
Clint Estwood, por “A troca”
James Newton Howard, por “Defiance”
Hans Zimmer, por “Frost/Nixon”


Melhor canção:

“The wrestler” (de Bruce Springsteen) – The wrestler
“Down to Earth” – Wall-E
“Gran Torino” – Gran Torino
“I thought I lost you” – Bolt
“Once in a lifetime” – Cadillac Records


Melhor filme em língua estrangeira:

Waltz With Bashir, de Ari Folman (Israel)
Gomorra (Itália)
The Baader Meinhof Complex (Alemanha)
Everlasting Moments (Suécia/Dinamarca)
I've Loved You So Long (França)

(*) Reportagem publicada no jornal Notícia da Manhã, periódico de Catanduva, na edição do dia 13/01/2009. Crédito para as três fotos: Divulgação.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Cine Lançamento


Fim dos tempos

Estranhos suicídios coletivos em várias cidades norte-americanas colocam as autoridades em estado de alerta. O pesquisador e professor Elliot Moore (Mark Wahlberg) investiga o fenômeno e ao mesmo tempo tenta proteger sua família da perigosa contaminação que leva as pessoas a se matarem.

Uma fita desastrosa confirma a decadência meteórica do diretor indiano M. Night Shyamalan. O promissor cineasta surpreendeu o público e a crítica apenas uma vez, naquele que seria seu primeiro grande trabalho no cinema, “O sexto sentido”, em 1999. Um ano depois voltaria com o mediano, porém ainda intrigante, “Corpo fechado”. E de 2001 para cá Shyamalan apresentou fitas discutíveis, que variavam do fraco para o péssimo. Parece inimaginável, mas “Fim dos tempos” consegue ser ainda pior que “A vila”.
Nada aqui funciona. O suspense do enredo segura-se apenas no início, e depois se transforma numa sucessão ingrata de fatos furados. Não existe mais o final surpresa como era comum nos projetos do diretor; a absurda proposta por trás da história – a vingança da natureza contra os humanos – é apresentada logo de cara. O elenco está péssimo, em especial Mark Wahlberg e Zooey Deschanel, que interpretam um casal em crise.
Shyamalan não andava nos melhores dias quando escreveu o pavoroso roteiro, que poderia ter ficado a sete chaves na gaveta.
“Fim dos tempos” rendeu quase o triplo do orçamento na estréia pelo mundo afora, fato este que confirma Shyamalan como um verdadeiro enganador, um charlatão da sétima arte. Por Felipe Brida

Título original: The happening
País/Ano: EUA/Índia, 2008
Elenco: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo, Ashlyn Sanchez, Betty Buckley, Spencer Breslin.
Direção: M. Night Shyamalan
Gênero: Suspense
Duração: 91 min.
Lançamento: Primeira quinzena de dezembro
Distribuidora: 20th Century Fox

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Especiais sobre cinema

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Globo de Ouro I

A 66ª edição da entrega do Globo de Ouro será realizada no próximo domingo, dia 11. A premiação acontece no hotel Beverly Hilton, em Los Angeles, Califórnia, e a transmissão ao vivo ficará por conta do canal TNT (aqui no Brasil o público poderá assistir, a partir das 22 horas, horário de Brasília, o pré-show, que antecede a festa).
Um dos maiores eventos do cinema mundial será apresentado pelos irmãos integrantes do grupo musical Jonas Brothers, pela atriz Hayden Panettiere e pelo premiado cineasta Martin Scorsese.
O ator Heath Ledger, falecido em janeiro do ano passado em decorrência de uma overdose de medicamentos, recebeu indicação póstuma de melhor ator coadjuvante pelo filme “Batman – O cavaleiro das trevas”, onde interpreta o vilão Coringa. Lideram o maior número de indicações o drama biográfico “Frost/Nixon”, do diretor Ron Howard, e a fantasia “O curioso caso de Benjamin Button”, adaptação de uma história de F. Scott Fitzgerald dirigida por David Fincher; cada filme concorre em cinco categorias.

Globo de Ouro II

E a estatueta do Globo de Ouro ganhou nova versão. Apresentada na última terça-feira (dia 6) em Hollywood, o troféu manteve a cor dourada e o globo terrestre cercado por um carretel de cinema. Dentre as modificações estão o incremento de detalhes, simetria do globo e o encaixe de uma base de mármore. A estatueta pesa 2,5 quilos, tem 27 centímetros e é recoberta por ouro 24 quilates.


IMAX em São Paulo

Com inauguração prevista para o próximo dia 16, a primeira sala brasileira de cinema com tecnologia IMAX chega a São Paulo com a promessa de trazer um novo e moderno conceito de imagem e som na telona. Localizada no Espaço Unibanco de Pompéia, no interior do Shopping Bourbon, em São Paulo, a sala Unibanco Imax tem a capacidade de exibir, com perfeição, filmes em 2D e 3D, com “surround sound”. A projeção de uma imagem nítida, sem riscos e trepidações, acompanha o sistema digital de movimento em “Rooling loop”, em que duas faixas de filme correm simultaneamente pelo projetor a 24 quadros por segundo, e cada frame fica imóvel quando projetado. A disposição das 330 poltronas permite visão total em qualquer assento.
Outro grande diferencial da sala IMAX são as telas, as maiores do mundo: têm 16 metros de altura por 22 de largura.
Hoje existem cerca de 300 salas nesse formato em todo o mundo – 60% só no Canadá, onde o projeto foi desenvolvido, e nos EUA.
O filme de estréia em São Paulo será "Fundo do Mar 3D", documentário sobre os mistérios que habitam o oceano. Os ingressos custam entre R$ 10 (em sessões promocionais) e R$ 30.


Os maiores sucessos de 2008

Os sites norte-americanos especializados em cinema divulgaram essa semana a lista com os 12 filmes que mais lucraram nas bilheterias nos EUA em 2008. Até o final de novembro, “Batman – O cavaleiro das trevas” foi o mais visto nas telonas, rendendo mais de 518 milhões de dólares. Acompanhe abaixo o ranking:


1 Batman - O Cavaleiro das Trevas $518,376,320
2 Homem de Ferro $318,146,675
3 Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal $316,515,680
4 Hancock $227,946,274
5 WALL-E $220,090,317
6 Kung Fu Panda $214,669,830
7 Horton e o Mundo dos Quem! $154,529,439
8 Sex and the City - O Filme $152,641,732
9 As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian $141,621,490
10 Mamma Mia! $139,757,815
11 O Incrível Hulk $134,533,885
12 Procurado $134,310,335


No Brasil, os filmes que mais geraram lucros em sessões de cinema, até o dia 20 de dezembro, foram:

1. Batman - O Cavaleiro das Trevas
2. Kung Fu Panda
3. Homem de Ferro
4. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
5. Hancock
6. Madagascar 2
7. Eu Sou a Lenda
8. Meu Nome Não é Johnny
9. A Múmia - Tumba do Imperador Dragão
10. 007 Quantum of Solace

Cinema 2009

Para 2009, a indústria de cinema norte-americana prepara uma série de filmes para todos os gostos. Este será o ano das sequências e das franquias. A aventura “Homem de ferro 2” já começou a ser gravada, e a animação “A era do gelo 3” está em fase inicial de montagem. Um projeto bastante inusitado será “Chapolin Colorado – O filme”, adaptação do seriado mexicano dos anos 70 que tanto sucesso fez no Brasil.
Em fase de pós-produção estão os seguintes filmes com estréia prevista para o primeiro semestre desse ano: “X-Men – Origins: Wolverine”, o remake do terror “Sexta-feira 13”, a nova animação em 3D da Disney, “Força G”, a aventura/comédia com Ben Stiller “Uma noite no museu 2” e a nova versão de “O menino da porteira”. O livro de Paulo Coelho “Veronika decide morrer” também virou filme; traz Sarah Michelle Gellar no papel principal da fita, que deverá estrear em breve. Por Felipe Brida

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Cine Lançamento


Diário dos mortos

Grupo de estudantes planeja rodar um filme de terror com poucos recursos. No entanto, o bairro onde pretendem rodar o projeto é atacado por famintos zumbis. Os jovens passam a gravar os acontecimentos reais com uma câmera portátil e, ao mesmo tempo, fogem para salvar suas vidas.

Desde 2004, quando escreveu o roteiro de “Madrugada dos mortos”, remake de seu “Despertar dos mortos”, George A. Romero voltou às origens e investiu pesado em novos filmes sobre mortos-vivos. Considerado um dos pioneiros de fitas de terror com zumbis, dirigiu em 2005 “Terra dos mortos”, onde os zumbis canibais adquirem força e inteligência, e agora este “Diário”. O que era para ser uma continuação de “Terra” – o título original do projeto seria “Land of the dead 2 – virou um filme gore sem história, fraquinho, desvirtuado do anterior. Acompanhamos uma sucessão de fatos gravados pelas lentes de cinegrafistas que fogem dos mortos, ou seja, a narrativa é em primeira pessoa. Obviamente a idéia não é nova; nos anos 90 “A bruxa de Blair” trouxe à tona esse estilo de “ponto de vista”. E de um ano para cá, resolveram ressuscitar a técnica adormecida aonde o público agonia-se junto ao sofrimento dos personagens – vide “Cloverfield – Monstro”, “REC” e “Quarantine”.
Romero esbalda-se com os mesmos elementos das fitas anteriores: muito sangue, cabeças explodindo, canibalismo (mortos comem os vivos) e vísceras espalhadas. “Diário dos mortos” não chega a ser ruim, apenas medíocre, comunzão.
E parece que o velho não pretende aposentar a câmera tão cedo. Para esse ano promete agradar os fãs com “... of the dead”, título provisório do projeto que está rodando. Haja fôlego de sangue... Por Felipe Brida

Título original: Diary of the dead
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Michelle Morgan, Joshua Close, Shawn Roberts, Amy Ciupak Lalonde, Joe Dinicol.
Direção: George A. Romero
Gênero: Terror
Duração: 95 min.
Lançamento: Primeira quinzena de dezembro
Distribuidora: Imagem Filmes

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Morre o ator Pat Hingle aos 84

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O ator veterano Pat Hingle morreu aos 84 anos na tarde do último sábado, dia 3. Vítima de leucemia, Hingle morreu ao lado da família em Carolina do Norte, onde vivia em uma casa de praia há 15 anos.
Nascido em Denver, Colorado, no dia 19 de julho de 1924, o ator ficou notório por interpretar o comissário Gordon nos quatro primeiros filmes da franquia Batman.
Ao longo de uma carreira de 55 anos, fez 192 participações em filmes, minisséries, seriados e telefilmes. A primeira aparição de Hingle no cinema foi uma ponta no premiado drama "Sindicato de ladrões", em 1954.
Outros trabalhos de Hingle no cinema incluem "Clamor do sexo" (1961), "Convite a um pistoleiro" (1964), "Nevada Smith" (1966), "A marca da forca" (1968), "Os cinco de Chicago" (1970), "Rota suicida" (1977), "Norma Rae" (1979), "Impacto fulminante" (1983), "Comboio do terror" (1986), "Rápida e mortal" (1995) e "Ricky Bobby - A toda velocidade" (2006), um de seus últimos filmes.
Poucas semanas atrás, o ator, bastante debilitado, gravou um vídeo, já postado em sites norte-americanos, aonde fala sobre sua doença e deixa uma mensagem aos amigos e fãs. Hingle era casado e deixa três filhos. Por Felipe Brida

Cine Lançamento


Mamma Mia! – O filme

Prestes a se casar na ilha grega de Kalokairi, a jovem Sophie (Amanda Seyfried) resolve desvendar um antigo mistério: quem é o seu verdadeiro pai. Ela descobre em um diário que a mãe, Donna (Meryl Streep), relacionou-se com três homens diferentes em um curto espaço de tempo. Para saber a verdade, Sophie, sem contar para a mãe, convida para o casamento os três supostos genitores – Sam (Pierce Brosnan), Bill (Stellan Skarsgard) e Harry (Colin Firth). A confusão está armada quando Donna reencontra com os amores passados e, diante da filha, terá de revelar o segredo.

Baseado na peça teatral homônima originalmente montada em Londres em 1999, a comédia musical “Mamma mia” liderou bilheteria no mundo todo, tornando-se a sensação do momento. Há razões para o estrondoso sucesso de público: o filme é alto astral e as músicas, todas elas do Abba, contagiam. Traz ainda fascinantes locações de uma ilha paradisíaca numa Grécia banhada por um exuberante mar azul. É irresistível acompanhar as traquinagens e os desastres cometidos pelo trio feminino de cinquentonas – Meryl Streep, Julie Walters e Christine Baranski, que estão à vontade em papéis de molecas. Há doses de humor equilibradas com momentos dramáticos bem bonitos – como a reprodução do clássico “The winner takes it all” e de “Slipping through my fingers”.
Apesar do charme e do colorido todo, o musical tem um enredo bobinho, fraco mesmo. É basicamente uma história de reencontro e descobertas, cujo mote se centraliza no desejo de uma garota em busca do sonho – não materialista – de conhecer o pai. Para conquistá-lo, acaba armando uma confusão daquelas ao reunir os três supostos pais para festejar o casamento.
Como o elenco todo solta a voz, temos de perdoar o tom desajeitado dos atores – em certos momentos é uma piada federal escutar Julie Walters e Meryl Streep. As coreografias são mal encenadas e nem um pouco marcantes. E os homens da fita não têm o mesmo destaque do trio composto pelo sexo oposto.
Por ser tudo tão alegre, tão divertido, a fita cativa, e deixamos de olhar as falhas.
Assim como eu, fãs do Abba deverão curtir a fita. Quem dançou ao som da banda sueca nos anos 70 e início dos 80 vai lembrar com saudosismo de ritmos que marcaram época, como “Dancing Queen”, “Super trouper”, “SOS”, “Take a chance on me”, “Honey, honey” e, obviamente, a canção-título, um dos melhores momentos do filme, em que Meryl Streep, de macacão azul, anda pelos telhados da casa.
Além do casal Tom Hanks e Rita Wilson, estão ligados na produção executiva do filme os ex-integrantes do Abba, Björn Ulvaeus e Benny Andersson, que ainda aparecem como figurantes em duas seqüências. E este é o primeiro trabalho da diretora inglesa Phyllida Lloyd, que também dirigiu a remontagem da peça na Broadway anos atrás. Difícil prever, mas o sucesso de “Mamma mia!” indica o retorno do gênero musical? Por Felipe Brida

Título original: Mamma mia!
País/Ano: EUA/Inglaterra/Alemanha, 2008
Elenco: Meryl Streep, Amanda Seyfried, Pierce Brosnan, Julie Walters, Stellan Skarsgard, Colin Firth, Christine Baranski, Dominic Cooper
Direção: Phyllida Lloyd
Gênero: Musical/Comédia
Duração: 108 min.
Lançamento: Primeira quinzena de dezembro
Distribuidora: Universal

sábado, 3 de janeiro de 2009

Entrevista Especial


Ex-símbolo sexual, atriz Darlene Glória retorna ao cinema como mãe alcoólatra e protetora (*)

Felipe Brida

A atriz capixaba Darlene Glória, 65 anos, musa da Pornochanchada nos anos 70 e ex-símbolo sexual reconhecida internacionalmente, retorna às origens artísticas no filme de estréia de Selton Mello como diretor, “Feliz Natal”. No drama ela interpreta Mércia, a mãe alcoólatra de Caio, homem que volta para casa para se reencontrar com a família nas vésperas do Natal. Pela excepcional atuação Darlene venceu o prêmio de melhor atriz nos festivais do Paraná, Paulínia e Goiânia.
Em entrevista especial ao NM, a atriz, hoje artista plástica e pregadora da religião evangélica Assembléia de Deus, comenta sobre a criação da personagem Mércia e relembra o passado de drogas pesadas e da imagem de prostituta que tanto fragilizou sua vida pessoal.


NM – Darlene, sua carreira foi marcada por grandes trabalhos no cinema, como “Toda nudez será castigada” (1973) e “O marginal” (1974). Por outro lado, passou por escândalos e exageros, como uso freqüente de drogas e internações em hospitais psiquiátricos. Essa era – ou ainda é – a vida idealizada pelos artistas?

Darlene – Meu passado negro eu quero enterrar. No auge da carreira eu vivia sob uso de drogas pesadas, como LSD e cocaína. Sempre fui explosiva e autêntica, expunha o que pensava, e isto causava certo temor quanto à minha imagem. Por causa do papel da prostitua Geni em “Toda nudez será castigada” (1974), era mau vista pelas pessoas. Briguei com diretores e produtores que me faziam proposta de trabalho em troca de sexo. Nos anos 70, tive uma depressão profunda, tentei suicídio e fiquei internada. Mas aí, com meu afastamento da TV, na década seguinte, converti-me à igreja evangélica e fui morar em Nova York. Muitos artistas, devido ao estrelato, deixam-se levar pelas drogas e maluquices. Eu fui assim, mas hoje vivo para Jesus, sigo seus ensinamentos e procuro trilhar o melhor caminho para mim, para minha família e para meus amigos. Dificilmente faço filme. Só quando o personagem me interessa muito.

NM – Para criar a personagem Mércia, uma mulher de meia-idade e que vive à base de remédios e bebidas alcoólicas, você fez um olhar para o próprio passado ou espelhou-se em alguém?

Darlene – A Mércia tem um pouco daquela Darlene antiga. É um personagem complexo, uma mãe alcoólatra, inconseqüente e separada do marido. Tanto o filme como o papel da Mércia não são novos – Hollywwod já retratou várias vezes esse perfil de pessoa em filmes dramáticos. Maspor trás de “Feliz Natal” está o olhar densa de Selton. O diferencial está nas mãos desse promissor cineasta.

NM – De que forma resumiria a essência de “Feliz Natal”?

Darlene – Resumo o trabalho em poucas palavras. É uma fita realista sobre almas de pessoas do mesmo sangue que não se reencontram há anos. E quando há o encontro cada membro da família se revela como realmente é, sem disfarces. Por isso nem sempre as situações são felizes. Predominam os sentimentos de tristeza e angústia de pessoas em crise.

NM – Como foi trabalhar com Selton Mello?

Darlene – Estou afastada da televisão e dos cinemas desde os anos 80. Tenho uma vida tranqüila em Teresópolis e não pretendia voltar aos cinemas em um papel central – fiz, de uns anos para cá, participações pequenas em filmes e TV. Um dia conheci o Selton quando fui entrevistada no programa “Tarja preta”. Adorei conhecê-lo pessoalmente, e ele demonstrou a maior admiração pelo meu trabalho. Meses depois Selton me ligou para me convidar para o novo filme dele. Nunca na minha vida dei uma resposta imediata antes de ler o roteiro, mas como sabia que com Selton sairia algo diferente, disse “sim” na hora. Aí ele me afirmou: “Não tenho papel pra você ainda. Mas irei criar um”. Eu levei um baque, mas continuei aceitando o convite. Ele montou o papel e o script. Eu participei dos laboratórios e ensaios, e no final deu tudo certo. Foi um encontro de amor mesmo, eu e ele, eu e a Mércia. O papel da mãe cresceu com o filme. Mergulhei fundo no personagem, como sempre faço. Esse papel caiu do céu, e sou muito grata a Selton. Vivo repetindo ao Selton: “Você, tão jovem, como conseguiu condensar sentimentos tão profundos numa fita como essa?”. Por isso é promissor. Torço muito por ele.


Conheça a atriz Darlene Glória

Atriz capixaba, Darlene Glória nasceu no dia 20 de março de 1943. Iniciou a carreira como cantora em rádio nos anos 50. Apresentava-se em programas de calouro e logo se tornou vedete de teatro de revista. Estreou no cinema em 1965 em “São Paulo – Sociedade Anônima”, e passou por todas as fases do cinema brasileiro moderno – Cinema Novo, Cinema Marginal, Pornochanchada e Retomada. Fez 29 filmes, dentre eles “Paraíba – Vida e morte de um bandido” (1966), “Terra em transe” (1967), “Os raptores” (1969), “Os paqueras” (1969) e “O marginal” (1974). Em 1973 recebeu, no Festival de Gramado, o Kikito de Ouro de melhor atriz pelo filme “Toda nudez será castigada”, aonde interpretou a prostituta Geni. Atuou nas novelas “O bofe” (1972), “Araponga” (1990) e “Pecado capital” (1998). Após a conversão evangélica, abandonou a carreira artística e mudou-se para Nova York nos anos 80, passando a produzir vídeos religiosos.
Mãe de quatro filhos, Darlene Glória foi casada duas vezes – uma delas com o policial da repressão Mariel Mariscot, acusado de pertencer ao Esquadrão da Morte – a vida de Mariscot pode ser vista no filme “Eu matei Lúcio Flávio” (1979), cujo personagem-título foi interpretado por Jece Valadão.

(*) Entrevista publicada no jornal Notícia da Manhã, periódico de Catanduva, na edição do dia 03/01/2009. Crédito para as três fotos: Divulgação.