sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Morre o ator Leonard Nimoy


Adeus, Leonard Nimoy, o eterno Spock, de 'Star Trek'.
Ator e diretor norte-americano faleceu hoje aos 83 anos, devido a problemas pulmonares.


domingo, 22 de fevereiro de 2015

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Noite de Oscar

Hoje encerrei a corrida para assistir a alguns indicados que faltavam ("Além das luzes", "Virunga" e "O conto da princesa Kaguya"). Dos 43 longas-metragens indicados em 21 categorias, consegui ver 34 (80% da lista). Estão aí abaixo minhas apostas para as categorias principais:

Melhor filme
O grande hotel Budapeste, Whiplash ou Boyhood - qualquer um dos três que ganhar fico contente, já que são os melhores filmes do Oscar 2015. Menos Birdman ou O jogo da imitação, os dois superestimados pela crítica.

Melhor diretor
Richard Linklater (Boyhood), pelo esforço criativo sobre-humano de filmar a história da infância à juventude do garoto em 12 anos, ou Wes Anderson (O grande hotel Budapeste), um de meus cineastas contemporâneos preferidos, por ter feito essa joia deliciosa da Sétima Arte!

Melhor ator
Eddie Redmayne (A teoria de tudo) - Tour-de-force assustador do jovem ator britânico que se transformou de corpo e alma no cientista Stephen Hawking. Uma proeza maravilhosa, merecedora do prêmio!

Melhor atriz
Julianne Moore (Para sempre Alice) - 5a. indicação da atriz ao Oscar e realmente chegou a hora. Julianne e sua Alice, uma renomada professora de 50 anos que descobre ter Alzheimer. A disputa reúne mulheres de peso em papéis marcantes (em especial Marion Cottilard e Rosamund Pike), porém Julianne é a mais cotada, por ter levado todos os outros prêmios do cinema (Globo de Ouro, SAG, Bafta)

Melhor ator coadjuvante
J.K. Simmons (Whiplash) - Um estrondo no papel do professor autoritário. O ator foi igual um tufão, levou todos os prêmios que apareceram pela frente (Globo de Ouro, Bafta, SAG)

Melhor atriz coadjuvante
Patricia Arquette (Boyhood) - Ninguém melhor que ela, envelhecendo 12 anos na tela. Um esforço danado num filme difícil de ser feito.

Melhor animação
O conto da princesa Kaguya - Delicada obra japonesa baseada em uma lenda famosa no país, a de uma criança que nasce em um bambuzal e, aos poucos, e de forma mágica, é moldada para ser uma poderosa princesa. produzido pelo estúdio Ghibli e com mão do mestre Miyazaki.

Melhor filme estrangeiro
Leviatã - Filme-denúncia arrebatador, sobre abuso de poder e a corrupção na Rússia. Torço também pelo estoniano 'Tangerines'.

Transmissão começa agora às 22h (pelo canal TNT - a Globo exibirá uma parte apenas, depois das 23h15) - Por Felipe Brida

Nota de Cinema




Razzie Awards 2015

Saiu ontem a lista dos vencedores do Framboesa de Ouro 2015, prêmio entregue aos piores do ano (sempre divulgado um dia antes do Oscar). O filme "Saving Christmas" lidera como campeão em quatro categorias. Veja a lista completa dos premiados, abaixo:

Pior Filme: "Saving Christmas"

Pior Diretor: Michael Bay, por "Transformers: A Era da Extinção"

Pior Ator: Kirk Cameron, em "Saving Christmas"

Pior Ator Coadjuvante: Kelsey Grammer, em "Os Mercenários 3", "A Lenda de Oz", "Elas Querem Pensar como Eles!" e "Transformers: A Era da Extinção"

Pior Atriz: Cameron Diaz, em "Mulheres ao Ataque" e "Sex Tape: Perdido na Nuvem"

Pior Atriz Coadjuvante: Megan Fox, em "As Tartarugas Ninja"

Pior Roteiro: "Saving Christmas"

Pior Remake, Sequência ou Derivado: "Annie"

Pior Combo das Telas: Kirk Cameron e seu ego, em "Saving Christmas"

Prêmio Redenção: Ben Affleck

Por Felipe Brida

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Viva Nostalgia!


A orgia da morte

Um príncipe maquiavélico, de nome Prospero (Vincent Price), fecha-se em seu castelo maldito enquanto a Peste Vermelha dizima a população da Europa no século XIII. Lá dentro ele não estará protegido, pois Satã prepara uma engenhosa armadilha.

O cineasta Roger Corman, consagrado no cinema de horror dos anos 50 e 60, adaptou para as telas esse sinistro conto de Edgar Allan Poe, outro expoente do gênero (mas da literatura), com ousadia criativa e uma visionária estilização de elementos técnicos, como figurinos de cores alucinantes (o vermelho, recorrente nos personagens, remete ao inferno, à morte, ao torpor) e direção de arte própria de um pesadelo interminável, com paisagens noturnas enevoadas de provocar arrepios. Corman, no auge da carreira, lapidou com maestria para as telas o texto de Poe, intitulado “A máscara da morte rubra”, como já havia feito com brilhantismo outras vezes com o mesmo auto, e a partir do engenhoso roteiro de Charles Beaumont e R. Wright Campbelle, realizou aqui sua obra-prima, inquestionável. E, sabiamente, soube manter as características do livro original, em especial no clima sombrio e na criação dos personagens doentios e de comportamento obsessivo, que sucumbem à ganância exacerbada, além da morte à espreita, espalhada pelos quatro cantos da história – repare nas diferentes formas com que a Morte aparece no filme, como humanos mascarados, névoa, a personificação do satanás etc. Atenção para o desfecho, imprevisível, que envolve uma revelação macabra, numa cena antológica do baile de máscaras.
Com um sublime ar de arrogância, o ator Vincent Price, famoso pelos papéis diabólicos, lidera o elenco como o anti-herói, o príncipe Próspero (até em seu nome há uma analogia ao vanitas, ou seja, à futilidade da vida terrena, sinal de seu incerto futuro). Na lista de coadjuvantes estão também Hazel Court, Patrick Magee, Jane Asher e Nigel Green.
O filme sai em DVD pela Versátil na coleção "Obras-primas do Terror - vol 1" – o volume 2 acaba de ser lançado no mercado brasileiro. Obrigatório aos fãs de terror! Por Felipe Brida

A orgia da morte (The masque of the red death). EUA/Inglaterra, 1964, 89 min. Horror. Colorido. Dirigido por Roger Corman. Distribuição: Versátil. Disponível em DVD.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Comentários do blogueiro


Temporada de premiações do cinema
Sigo na louca corrida (contra o tempo) para assistir aos indicados ao Oscar 2015 - premiação será daqui cinco dias, no domingo à noite.
Dos 45 longas indicados em 21 categorias, já vi 29. Esse é um dos tantos prazeres imensuráveis de se trabalhar com crítica de cinema.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Morre o ator Louis Jordan


O ator francês, mas radicado nos EUA, Louis Jordan, faleceu ontem aos 93 anos em sua residência em Beverly Hills. Indicado ao Globo de Ouro de melhor ator pelo musical "Gigi" (1958), Louis iniciou a carreira no cinema francês com apenas 17 anos. Em 50 anos de carreira, atuou em cerca de 70 produções, dentre elas Agonia de amor (1947), Carta de uma desconhecida (1948), O pintor de almas (1948), A sedutora madame Bovary (1948), A fonte dos desejos (1954), O cisne (1956), Sob o signo do sexo (1959), Can can (1960), A vingança de Monte Cristo (1961), Leviathan (1962), Gente muito importante (1963), Amante à italiana (1966), A ordem é matar (1967), O banco dos trapaceiros (1978), O monstro do pântano (1982), 007 contra Octopussy (1983 - foto), A volta do monstro do pântano (1989) e O ano do cometa (1992 - seu último trabalho).
Irmão mais velho do falecido diretor francês Pierre Jourdan, Louis era viúvo e tinha apenas um filho, morto em 1981. Por Felipe Brida


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Resenha especial



Só nos resta chorar

Dois amigos falastrões, Mário (Massimo Troisi) e Savério (Roberto Benigni) voltam inesperadamente ao tempo, no ano de 1492, e partem em incríveis aventuras ao lado de Cristóvão Colombo, Leonardo da Vinci e outras figuras históricas do século XV.

Divertidíssima comédia italiana de inspiração surrealista escrita, protagonizada e dirigida por Roberto Benigni e pelo falecido Massimo Troisi (1953-1994), ambos em início de carreira.
Ingênua, essa fábula engraçada deu muito certo devido ao brilhante timing de humor entre os dois atores centrais, que interpretam uma dupla de amigos que vivem nos anos 80, mas regressam de repente ao final do século XV, mais precisamente poucos dias antes de Colombo viajar às Índias (e o consequentemente “descobrimento” da América). Todo o foco da câmera vira-se para Massimo Troisi, mais lembrado pelo papel que lhe rendeu indicação ao Oscar de ator, o do carteiro Mario (mesmo nome do personagem que vive aqui) em “O carteiro e o poeta” (1994), e para Benigni, grande comediante que cometeu sucessivos erros de uns anos para cá e hoje está em decadência e sumido das telas. Ou seja, é um passatempo agradável montada a partir de situações de dois únicos personagens em sucessivas trapalhadas e romances proibidos, tudo em tom de fantasia - na verdade uma gostosa brincadeira entre amigos, no caso Troisi e Benigni.
Até então estava inédita no Brasil, e o público nem tinha conhecimento da existência dessa joia italiana da década de 80, resgatada em DVD pela Versátil.
Uma curiosidade para os cinéfilos: o roteiro também teve colaboração de Giuseppe Bertolucci, irmão mais novo de Bernardo Bertolucci, roteirista esporádico e falecido em 2012. Vale conhecer esse pequeno tesouro. Por Felipe Brida


Só nos resta chorar (Non ci resta che piangere). Itália, 1984, 107 min. Comédia. Colorido. Dirigido por Roberto Benigni e Massimo Troisi. Distribuição: Versátil. Disponível em DVD.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Morre a atriz Odete Lara, aos 85 anos


RIP: Odete Lara (1929-2015)


Atriz e cantora paulistana faleceu hoje no Rio, aos 85 anos. As causas da morte não foram reveladas.
Grande expoente do Cinema Novo e musa do cinema brasileiro, Odete era filha única de imigrantes italianos e iniciou a carreira aos 17 anos como modelo e garota-propaganda na TV Tupi. Trabalhou em 40 filmes, como O gato da madame (1956), Absolutamente certo (1957), Uma certa Lucrécia (1958), Dona Xepa (1959), Moram em Concordata (1959), Dona Violante Miranda (1960), Boca de Ouro (1962), Bonitinha, mas ordinária (1963), Sonhando com milhões (1963), Noite vazia (1964), Copacabana me engana (1969), O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969), Em família (1970), Os herdeiros (1970), Vida e glória de um canalha (1970), As aventuras de Tio Maneco (1971), Quando o carnaval chegar (1972), Vai trabalhar, vagabundo (1973), A estrela sobe (1973), A rainha diaba (1974), Assim era a Atlântida (1975) e Vai trabalhar, vagabundo II - A volta (1991), além das novelas As bruxas (1970), A volta de Beto Rockfeller (1973), O dono do mundo (1991) e Pátria minha (1994).
Foi casada com o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho e com o diretor Antonio Carlos Fontoura. Por Felipe Brida