terça-feira, 22 de maio de 2012

Cine Lançamento



Filhos da escuridão 

Quando jovem, Brian Carter (Sean Clement) herdou da mãe um antigo mosteiro que passou a servir de clínica de reabilitação para viciados. Na infância, Carter foi alvo de uma experiência genética, quando recebeu toxinas de um inseto capaz de transformar os vícios em células vivas que podiam ser extraídas por meio de cirurgia. Por causa disso, vive isolado do mundo. Até que um dia recebe a proposta de vender o antigo mosteiro. Reúne assim um grupo de pessoas para avaliar a propriedade. Só que o local guarda segredos assustadores.

Lançado diretamente em home video no Brasil pela Paramount, “Filhos da escuridão” é uma desprezível fita de terror com ficção científica, feita com baixo orçamento. O visual pobre reúne efeitos digitais vergonhosos (de ‘fundo de quintal’), portanto não atrai nem mesmo os interessados pelo gênero.
Tudo é confuso e mal explicado. Uma série de personagens perdidos em uma trama fraca sobre experiências biológicas absurdas entre homens e moscas. Nunca convencem... E para destoar, da metade para o final surgem fantasmas deformados com sede de vingança.
Rodado no Canadá, nem trash é – porque esse subgênero apresenta características próprias planejadas, como o gore, o humor negro etc.
Único trabalho do diretor Antoine Thomas, que assina como M.R. O dvd saiu no mercado em abril, sem extras. Mas não perca tempo. Por Felipe Brida

Filhos da escuridão (Hidden 3D). Canadá/Itália, 2011, 81 min. Dirigido por M.R. Distribuição: Paramount Pictures

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Viva Nostalgia!


Top Gun – Ases indomáveis

O jovem Maverick (Tom Cruise) ingressa na Academia Americana de Aviação para se tornar piloto de caça. Lá inicia um relacionamento amoroso com Charlie Blackwood (Kelly McGillis), a instrutora de voos, e enfrenta, nos ares, um audacioso competidor, Iceman (Val Kilmer).

Estrondoso sucesso de público, repetido na TV aberta até cansar, “Top Gun – Ases indomáveis” foi febre mundial no ano de seu lançamento (1986). Encheu os cofres da dupla de produtores Jerry Bruckheimer e Don Simpson, que iniciavam a carreira com essa produção de orçamento caro, U$ 15 milhões, mas que rendeu quase U$ 345 milhões nas salas de cinemas. Com o dinheiro arrecadado aqui, puderam firmar uma parceria duradoura, com mais de 15 produções de alto nível, até a morte prematura de Simpson, em 1996. Atualmente, Bruckheimer detém do título do “produtor mais bem pago de Hollywood”.
“Top Gun” lançou Tom Cruise ao estrelato, bem como ajudou na carreira de Kelly McGillis (que pouco depois sumiu do mapa e nunca mais apareceu na mídia). Serviu ainda de trampolim para uma série de atores e atrizes que participam como coadjuvantes, dentre eles Meg Ryan, Anthony Edwards, Tim Robbins e Val Kilmer.
A história, bem romantizada e patrioteira, explora o universo de jovens aviadores em busca do prazer de voar e de vestir belas fardas brancas para defender o país nas guerras – e até de morrer por ele. Tudo acontece em uma escola de pilotos navais, chamada Top Gun, notória por formar os melhores do mundo.
Como complemento de ação, sobram as magníficas cenas de acrobacia, filmadas em planos abertos de tirar o fôlego. Muitas delas foram rodadas nos porta-aviões da USS Enterprise da Marinha americana.
Venceu o Oscar e o Globo de Ouro de melhor canção (a famosíssima “Take my breath away”, de Giorgio Moroder e interpretada por Berlin), e recebeu indicação a três outros prêmios da Academia – melhor som, edição e efeitos sonoros.
Três canções inseridas no filme também fizeram sucesso – “Danger zone”, de Kenny Loggins, “You've lost that lovin' feeling", de The Righteous Brothers, e o tema central, “Top Gun Anthem”, de Harold Faltermeyer e Steve Stevens.
Por causa do sucesso, “Top Gun” foi parodiado, nos anos 90, de forma excepcionalmente cômica pelo diretor Jim Abrahams, nas duas partes de “Top Gang!” (1991 e 1993).
Relançado esse mês em DVD pela Paramount, sai na coleção “The Best of Paramount”, em edição dupla para colecionadores, com novos extras – como dois making of, trailers, bastidores e videoclipes. Estranho que retiraram o subtítulo “Ases indomáveis” da nova capinha, só ficando “Top Gun”.
Curiosidade: Tony Scott anunciou a continuação de ‘Top Gun’ para 2013, quase 30 anos após o primeiro filme! E Tom Cruise confirmou o retorno na pele de Maverick. O que será disso, hein? Por Felipe Brida

Top Gun – Ases indomáveis (Top Gun). EUA, 1986, 110 min. Romance/Aventura. Dirigido por Tony Scott. Distribuição: Paramount Pictures

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Cine Lançamento



Drive

Em Los Angeles, um jovem dublê de filmes policiais (Ryan Gosling) adota outra identidade: à noite é um motorista de assaltantes a banco, em uma profissão arriscada. Apaixona-se por uma garota casada, Irene (Carey Mulligan), cujo marido está prestes a sair da prisão, e sem saber acaba envolvido em negócios escusos com gângsteres, chefiados por Bernie Rose (Albert Brooks).

O astro Ryan Gosling confirma o talento nesse novo filme policial de impacto. Apesar do fracasso de bilheteria, obteve aura de cult, especialmente pela semelhança com fitas europeias de vanguarda e o tom noir.
Já começa com o personagem central em atividade criminosa, em uma sequência de arrepiar, de puro clima de tensão: ele transporta, em seu carro, bandidos para assaltarem bancos. Impõem regras rígidas, não é de falar muito e não tem nome – apenas chamado de “Driver” (“Motorista”). Um rapaz com identidade dupla, que de dia atua como dublês em cenas de perigo.
O protagonista consolida-se como um anti-herói perturbado, que elimina os inimigos violentamente, sem piedade. Isto porque cai sem querer em uma complexa rede de traições e vingança, tendo que proteger a si mesmo.
A produção acertou na construção do visual, notável e estilizado, com cenas de violência animalesca (por exemplo, o “Motorista” mata uma das vítimas com chutes fortes no rosto, e também a sequência do tiro que abre a cabeça de uma vigarista). Ou seja, a mão pesada do diretor pode mexer com os nervos do público menos avisado.
Outro detalhe importante é a proximidade noir, que confina o sujeito principal, em crise existencial, sem rumo, sem saída, em um mundo de indecisões.
Atribui-se as qualidades técnicas do filme ao diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn, que investe na edição frenética (ele é filho de um montador e dirigiu poucos filmes – alguns sobre luta de boxe, como “Bronson”, além de uma trilogia sobre tráfico de drogas, “Pusher”, inédita no Brasil, e um filme de suspense psicológico bem esquisito, “Medo X”, seu primeiro longa). Por isso, não é de se espantar o motivo de ele ter ganhado o prêmio de melhor diretor em Cannes (além da indicação à Palma de Ouro) por “Drive”. Um cineasta promissor, visto com bons olhos pela crítica.
É, para mim, o melhor momento do ator Ryan Gosling, que no ano passado esteve em duas ótimas fitas – a comédia “Amor a toda prova” e o drama político “Tudo pelo poder”, em que foi indicado ao Globo de Ouro.
Diante de inúmeros pontos positivos, perdoamos o romance-clichê entre o “Motorista” e a jovem Irene, a parte banal dessa fita de prestígio.
Baseado no livro de James Sallis, recentemente lançado no Brasil, foi adaptado às telas por um roteirista do Irã, Hossein Amini, indicado ao Oscar por “Asas do amor”.
E por falar em Oscar, “Drive” recebeu uma indicação ao prêmio da Academia, como melhor edição de som, e uma ao Globo de Ouro – melhor ator coadjuvante (Albert Brooks, fenomenal na pele de um gângster com métodos cruéis).
Reparem na trilha sonora jovial, de boas bandas contemporâneas, como College, que interpreta o tema central, “A real hero”.
Um filme digno, para os apreciadores da verdadeira Sétima Arte. Por Felipe Brida

Drive (Idem). EUA, 2011, 100 min. Ação/Drama. Dirigido por Nicolas Winding Refn. Distribuição: Imagem Filmes

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Viva Nostalgia!



Annie

Annie (Aileen Quinn) é uma garotinha de cabelos ruivos encaracolados, que mora em um orfanato, onde também vivem várias meninas. Quem comanda o local é a temível Miss Hannigan (Carol Burnett), uma mulher alcoólatra inteiramente descontrolada, que reprime todas as órfãs do seu estabelecimento. Mas Annie não esmorece: sonha em ser adotada por uma família rica. Até que um dia, foge de lá e logo se encontra com o bilionário Sr. Warbucks (Albert Finney), apelidado de “Papai”, que a adota por uma semana. Enquanto Annie usufrui de uma vida saudável e bem diferente da que estava acostumada, Miss Hannigan arma uma série de planos para capturá-la.

Um ingênuo musical adaptado da famosa peça da Broadway, que encantou plateias no mundo todo, mesmo com seu fracasso de bilheteria, em 1982. Em um estalo virou cult, tornou-se uma fita querida pelos norte-americanos, exibida aos montes na TV aberta, e ao longo dos anos teve inúmeras imitações. Na época, dividiu a crítica estrangeira, que não perdoou o famigerado cineasta John Huston, o diretor da fita, apontando “Annie” como o pior trabalho de sua carreira genial – realmente a filmografia de Huston atrás das câmeras (ele também foi ator e produtor) era de impressionar; são deles “O falcão maltês”, “O tesouro de Sierra Madre”, “O segredo das jóias”, “Uma aventura na África”, “Moby Dick”, “O pecado de todos nós”, “O homem que queria ser rei” e muitos outros clássicos.
Deixo à parte impressões de outros críticos. Mesmo não sendo espetacular, acho Annie um trabalho alto astral, visualmente belo, com canções adoráveis, muitas delas marcantes, como a famosa “Tomorrow” (a letra fala sobre boas vibrações para o nosso amanhã).
É um pouco irregular sim, com idas e vindas malucas, exageros de cor dos cenários, sequências bem barrocas (em lugares sujos e sombrios). Porém o resultado agrada crianças e adultos, pois a história cativa e transforma a imaginação do público.
Lembra bastante a trajetória de outro personagem conhecido, Oliver Twist, o menino que escapou da tirania de um orfanato mequetrefe e procurou, nas ruas fétidas da Inglaterra, uma nova vida.
Sobre “Annie”, a história surgiu em tirinhas, criadas por Harol Gray nos anos 20, e somente décadas depois veio o musical da Broadway e em conseqüência este filme. Em todas elas há as peripécias dessa garotinha sonhadora, fiel companheira de sua cachorrinha Sandy, perseguida pela cruel Miss Hannigan e adotada por um excêntrico homem solitário, Oliver Warbucks. Vale conhecer as aventuras de Annie e, quem sabe, um dia, tente assistir a um espetáculo, que já teve encenação no Brasil.
Recebeu duas indicações ao Oscar, como melhor direção de arte e trilha sonora. No mesmo ano, o filme foi indicado também a dois Globos de Ouro – atriz (Aileen) e atriz coadjuvante (Carol Burnett, cujo personagem é bem caricato). Em contrapartida, e de forma estranha, ganhou o de pior atriz (Aileen Quinn) no Framboesa de Ouro, além de ter três outras menções nessa premiação, como pior filme, diretor e roteiro.
Relançado agora em nova edição pela Columbia, com outra capa inclusive e menu com audiodescrição (recurso para deficientes visuais). Por Felipe Brida

Annie (Idem). EUA, 1982, 126 min. Musical. Dirigido por John Huston. Distribuição: Columbia Pictures

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Cine Lançamento


Missão Impossível: Protocolo Fantasma

O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) está de volta em mais uma missão perigosa – e ultrassecreta. Desta vez, ele sai da prisão para liderar um grupo de policiais especiais, formado por Jane (Paula Patton), Benji (Simon Pegg) e Brandt (Jeremy Renner). A ideia inicial é barrar um infalível plano de chefões russos que pretendem lançar uma guerra nuclear. Isto depois que a agência onde Hunt atua, a IMF, é incriminada de ter explodido o Kremlin, sede do governo da Rússia.

O melhor filme de ação de 2011 (foi lançado em dezembro passado, nos cinemas), e o mais original da série até agora. De surpreender!
Tom Cruise retorna com pique na pele de Ethan Hunt, o ágil agente secreto, agora na captura de bandidos do alto escalão da Rússia (opa, lembra James Bond em suas aventuras em meio à Guerra Fria). Com as habituais máscaras de disfarce, Hunt tem três aliados, cada um expert em uma área. Jeremy Renner interpreta um atirador nato, que muitas vezes rouba a cena; o humorista inglês Simon Pegg faz o alívio cômico da trama, mestre em informática, e a bela atriz negra Paula Patton, uma policial empenhada em prender homens maus.
A história começa com Hunt fugindo de uma prisão e logo vendo a IMT ser incriminada de explodir o Kremlin. Daí por diante, a trama se complica em um jogo perverso entre russos poderosos, que querem destruir a Terra por meio de uma guerra nuclear.
Esse quarto capítulo da série traz sequências eletrizantes, de tirar o fôlego, como a intensa perseguição em uma fábrica montadora de carros, no desfecho. O ponto alto do filme está na metade, quando o grupo vai para Dubai; de lá saem duas cenas graficamente impressionantes: a escalada de Hunt no Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, e a devastadora tempestade de areia (aliás, as locações nessa cidade dos Emirados Árabes impressionam).
Tudo graças à nítida qualidade de imagem gravada por câmeras Imax, o diferencial em relação aos anteriores, e a mão ágil do diretor Brad Bird, mestre da Pixar, responsável pelas animações “Os Incríveis” e “Ratatouille”.
Como sempre, como já existia inclusive no seriado dos anos 60-70, há a tradicional mensagem que se autodestrói, bem como as máscaras, a música mundialmente lembrada etc.
Rendeu bons bocados na bilheteria – o filme custou U$ 145 milhões e obteve cinco vezes mais na estreia!
O elenco central se enquadra na tela, tem química entre si (estranhamente Tom Cruise não tem um par romântico aqui), e minutos antes de terminar a fita há aparição rápida de dois personagens das continuações passadas, Ving Rhames e Michelle Monaghan.
Entretenimento de primeira! Assista e vibre junto! Por Felipe Brida
 
Missão Impossível: Protocolo Fantasma (Mission: Impossible - Ghost Protocol). EUA/Emirados Árabes, 2011, 132 min. Ação. Dirigido por Brad Bird. Distribuição: Paramount Pictures

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Resenha especial


Rambo - Programado para matar

John Rambo (Sylvester Stallone), um ex-veterano da Guerra do Vietnã, retorna aos EUA depois de um longo período aprisionado pelos vietcongues. No primeiro dia “de liberdade”, procura por um colega, que mora num vilarejo em cima de uma colina. Descobre que o amigo morrera, e então resolve voltar para casa. Vagando por aquela pequena vila desconhecida, vira alvo de um xerife durão, Teasle (Brian Dennehy), é detido e preso. Na cadeia, agride policiais e consegue fugir para uma floresta vizinha. Com as táticas de guerra aprendidas no Vietnã, embrenha-se na selva. Em contrapartida, a polícia, comandada por Teasle, organiza um plano de ação para caçar o foragido.

Rambo completa 30 anos. Em 1982 surgia essa figura controversa, símbolo do poderio militar norte-americano durante a Guerra Fria, aquela do imperialismo selvagem – por isso gerou tantas discussões sobre a ideologia do personagem. Um homem de ferro, indestrutível, uma máquina de matar.
“Rambo – Programado para matar” foi o melhor exemplar da cinessérie, que teve três continuações inferiores. A cada filme o teor ficava mais absurdo e violento, ofuscando o drama pessoal desse ex-Boina Verde atormentado pelas atrocidades vividas no Vietnã.
Este primeiro “Rambo” trata, acima de tudo, o tormento do soldado que foi lutar numa das guerras mais tristes do século passado. Mais do que seqüelas físicas, os sobreviventes retornavam com perturbações mentais. Muitos filmes excelentes, alguns clássicos, trataram a questão, como “O franco atirador”, “Amargo regresso”, “Platoon”, “Nascido em 4 de Julho”, “Alucinações do passado”, e “Rambo” não fica de fora da lista.
A premissa da fita não tem surpresas: torturado pelos vietcongues, o protagonista desenvolve uma força destruidora. Quando se embrenha na mata para fugir, agora dos próprios norte-americanos que o tratam com desprezo, olhando-o como um vagabundo, recorre à experiência trágica do passado para matar os algozes e assim salvar a pele.
De narrativa ágil, mistura drama e perseguições de helicópteros eficientes. Foi, e ainda é, um dos bons filmes de ação da década de 80, estrondoso sucesso de público – custou U$ 12 milhões e rendeu, no mundo inteiro, cerca de U$ 125 milhões na estreia!

O desdobramento de “Programado para matar”

O personagem Rambo surgiu pela primeira vez no livro "First blood", de 1972, escrito por David Morell. Dez anos depois os direitos foram comprados, e o produtor executivo Mario Kassar, especialista em fitas de ação, deu as cartas para viabilizar a obra para o cinema.
Com o sucesso de milhões de Rambo nas salas de cinema, eram inevitáveis as continuações!
Foram três sequências, a primeira em 1985 e as duas outras em 1988 e 2008. Mas não eram dotadas da qualidade técnica e temática do original. O herói, de descendência indígena, caiu no clichê de matador incontrolável, utilizando todas as armas possíveis já inventadas (granadas, metralhadoras, facões, arco e flecha, bazucas, tanque de guerra). A violência, a pancadaria, a matança fizeram parte das continuações, parte do dia a dia dos “outros” Rambos. Além de serem repetidas, as histórias seguiam um padrão, sempre com resgates inacreditáveis: em “Rambo II – A missão”, ele volta ao Vietnã nos anos 80, para capturar prisioneiros americanos; em “Rambo III”, infiltra-se em uma jornada infernal ao Afeganistão para salvar o Coronel Trautman, seu comparsa (papel do falecido Richard Crenna, que aparece em todos os filmes). E no último da série, o mais sangrento, Stallone assina a direção, e seu personagem junta-se a um grupo de mercenários para resgatar missionários cristãos sequestrados por soldados na Birmânia.
Um recado para as novas gerações: o original, “Rambo - Programado para matar”, é válido conhecer, já que abriu escola para fitas sobre heróis ultravingativos.
O diretor canadense Ted Kotcheff ganhou muito dinheiro com o filme, porém teve carreira irregular. Rodou outra fita sobre a Guerra do Vietnã, a apenas mediana "De volta ao inferno" (1983 – com Gene Hackman), além de comédias fracas, como "Troca de maridos" e "Um morto muito louco". De 2000 para cá, o cineasta retornou às origens, rodando fitas para TV e produzindo seriados.
“Rambo – Programado para matar” saiu em DVD simples e recentemente em edição especial para colecionador, em um box com a quadrilogia. Por Felipe Brida

Rambo - Programado para matar (First blood). EUA, 1982, 91 min. Ação. Dirigido por Ted Kotcheff. Distribuição: Universal

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Cine Lançamento



Não sei como ela consegue


A executiva Kate Reddy (Sarah Jessica Parker) trabalha em uma próspera empresa, tem dois filhos bonitos e saudáveis e uma boa convivência com o marido Richard (Greg Kinnear). Com a chegada do novo chefe, Jack (Pierce Brosnan), Kate colocará em jogo a sua vida pessoal para se dedicar ainda mais ao trabalho.

Atriz querida em Hollywood, devido ao popular seriado “Sex and the city”, Sarah Jessica Parker continua com carreira duvidosa no cinema. Ano a ano aceita papéis em filmes abaixo da crítica, como esta comédia romântica que não tem história convincente e não sabe para que veio ao mundo... Apenas uma fitinha feminina banal, sem clima, que fala sobre a posição da mulher na contemporaneidade. Sarah interpreta mais uma variação de Carrie Bradshaw de “Sex”: uma quarentona enxuta, executiva de sucesso, com bom emprego. Divide-se entre a família e a profissão, com pouco tempo para se dedicar ao marido e aos filhos, tampouco cuidar da casa. O foco do filme é mostrar como essa mulher atarefada encara os obstáculos da vida (daí o título sugestivo, pergunta que paira na cabeça do público: Como ela consegue?).
Em si o roteiro é paupérrimo de ações, com personagens desperdiçados (os atores Pierce Brosnan e Greg Kinnear que o digam! Nunca estiveram tão sem chance).
A crítica estrangeira desprezou, e o público seguiu a onda – na estreia nas salas americanas o filme não rendeu nem um quinto do orçamento.
Descartável, a comédia recebeu, esse ano, indicação ao Framboesa de Ouro de pior atriz (Sarah também concorreu com ela mesma por “Noite de Ano Novo”). Por Felipe Brida

Não sei como ela consegue (I don’t know how she does it). EUA, 2011, 89 min. Comédia. Dirigido por Douglas McGrath. Distribuição: Swen Filmes