sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Nota do blogueiro


Muito cinema por aí! Veja só os lançamentos em DVD da A2 Filmes, com os selos Flashstar, Mares e Focus que recebi, todos disponíveis para locação e venda - Ninguém deseja a noite (2015, drama), A criada (2016, drama), Aprisionados (2014, terror), Infiltrado (2016, ação), Paraíso (2016, drama), A sacada (2016, ação), Kite: Anjo da vingança (2014, ação), A fabulosa Gilly Hopkins (2015, comédia) e Marguerite & Julien: Um amor proibido (2015, drama). Adorei os filmes, pessoal da @a2_filmes e @maresfilmes, obrigado pelo envio - @andrecavallini. Logo logo tem resenhas no blog Cinema na Web.











segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Nota do blogueiro


Filmes clássicos e cult em DVD da Classicline, que acabaram de chegar no mercado. Recebi com carinho os nove títulos para divulgação e futura análise, lançamentos de janeiro e fevereiro, que são: Um misterioso assassinato em Manhattan (1993, comédia), Desaparecido - Um grande mistério (1982, drama), Amor à italiana (1965, romance), Sofrendo da bola (1953, comédia), A pistola do mal (1968, faroeste), Decisão amarga (1956, suspense), Cidade dos sonhos (2001, drama), Amores expressos (1994, drama) e a Coleção 'O homem invisível', disco duplo com O homem invisível (1933) e a continuação A volta do homem invisível (1940, terror). Muito bom. Filmes para todos os gostos! Já à venda a preços promocionais!
Agradeço a equipe da Classicline pelo envio!










sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Cine Lançamento



Mãe!

Casal vive harmoniosamente em um casarão no campo. A esposa (Jennifer Lawrence) é uma jovem dona de casa, dedicada na restauração do lugar, que tempos atrás sofreu um terrível incêndio; o marido (Javier Bardem), homem mais velho, busca inspiração para escrever seu novo livro. A tranquilidade dos dois é testada quando pessoas estranhas iniciam uma peregrinação sem fim àquele acolhedor ambiente. O casarão virará palco de invasões, violência, guerras e até assassinatos, num caos ininterrupto.

Ame-o ou deixe-o. Lema número um para o público que assistiu e ao que for assistir à hipnotizante obra-prima do cultuadíssimo diretor Darren Aronofsky, filme complexo, de inúmeras interpretações, causador de incômodos e mil e uma indagações. Fracassou nas bilheterias e foi injustiçado no Oscar e no Globo de Ouro (a rejeição nos Estados Unidos foi tamanha que o filme liderou indicações ao Razzie Awards, o Framboesa de Ouro, entregue aos piores do ano - nas categorias pior filme, direção, atriz para Jennifer Lawrence, roteiro, ator coadjuvante para Javier Bardem e atriz coadjuvante para Michelle Pfeiffer). Perseguição cruel a uma dos trabalhos cinematográficos mais originais e polêmicos dos últimos tempos – diferente dos americanos, os italianos, sempre mais sensatos, o acolheram no Festival de Veneza, onde concorreu ao Leão de Ouro.
Bom, escrever sobre “Mãe!” é um exercício complicado. Nessa altura do campeonato todo mundo já ouviu por aí que ele tem estreitos laços com passagens bíblicas, montado em torno de metáforas, camadas, símbolos e matizes que extrapolam o senso comum. É impossível resenhar este filme sem entrar em detalhes e opiniões aprofundadas. Para não cometer spoiler nem comprometer o conteúdo, se ainda não assistiu não leia o que vem a seguir. Combinado? Vamos lá...

Dos momentos iniciais até o desfecho, “Mãe!” lida com questões sobre a História da Humanidade, da criação do homem e da mulher, a partir da Bíblia, e como as pessoas enxergam o mundo onde vivem. O centro está em um casal, isolado em uma enorme casa no campo, cercado pelo verde, como o Jardim do Éden. Eles não têm nomes, aliás nenhum personagem da história os possui; no roteiro são chamados de “Ele” e “Ela”. De um lado, a jovem, que anda de lá para cá entre os cômodos e cuida do espaço com máxima atenção, enquanto ele é um escritor reservado, em busca de inspirações. A campainha toca, o marido recebe um senhor doente (Ed Harris, envelhecido), depois a mulher dele (Michelle Pfeiffer, sedutora e bem fotografada), em sequência os filhos deste casal, em pé de guerra, e assim vai chegando gente de todo naipe, etnia e idade, até que o lugar é infestado por pessoas desconhecidas. A casa sente as energias, transforma-se, na medida em que o humor da jovem se altera com os novos visitantes, que lá procuram paz, companhia e, acima de tudo, querem ficar ao lado do escritor, venerado por todos. Ela engravida, e a situação foge do controle – nesse antro mortes brutais ocorrem, surgem rituais e conflitos numa explosão atômica de sentidos e tormentos, com o ambiente minuto a minuto sofrendo depredações. Ela enlouquece, e o marido nunca se abala até que um novo incêndio coloca em risco a vida de todos ali dentro. Este é resumão do filme, de cabo a rabo, agora vamos tentar compreender as referências. Em entrevistas, o roteirista e diretor, Aronofsky, ressaltou a ideia por trás dos personagens; Jennifer é Gaia, a Mãe Terra, a Natureza Suprema, suscetível a dor, amor e fúrias, enquanto a casa representa o mundo, espaço de convivência para todos, lugar vivo, que é destruído sem piedade pelos habitantes. Bardem, Ele, é Deus, misericordioso, mas punitivo, que cria Adão e Eva (Harris e Michelle – repare que Ed Harris chega primeiro, e numa cena rápida está com a costela machucada; minutos depois Eva toca a campainha). Ao criar Adão e Eva, Ele faz nascer o riso, a tristeza, a volúpia, a guerra, os pecados; movidos pela curiosidade, Adão e Eva exploram o casarão, caem na tentação do cristal que Ele guarda a sete-chaves (que é a Maçã, da Bíblia) e logo são expulsos; Caim e Abel, os filhos, lutam, um assassina o outro numa briga violenta, trazendo adoradores para a casa. Outro ponto, Gaia engravida de Deus, dá origem ao Messias, o salvador, que, assim como o planeta e a natureza, é destruído por adoradores. Perceba que o filme divide-se em duas partes: a primeira metade, o Antigo Testamento, e da gravidez em diante, segunda parte, o Novo Testamento. Olha só quanta ideia!
Com estas ligações semióticas, o diretor e roteirista Darren Aronofsky investe em uma alegoria vitoriosa: de como a humanidade trata o planeta Terra, e como a natureza revida, além de tocar em temas adjacentes, como religião, ética etc. Gostou? Entendeu assim também? Pois este é um grande exercício de estilo do cineasta, sombrio, ousado, delirante, com drama e suspense psicológico que atinge níveis do gênero horror!
Não podemos nos esquecer que as obras de Aronofsky nunca foram de fácil aceitação ou entendimento (em particular “Fonte da vida”, “Pi” e “Cisne negro”). São desconcertantes, próprias para um público adulto mais cult. Em “Mãe!” propôs nova identidade ao seu cinema autoral, infelizmente rechaçado pela metade do público e pela maioria da crítica, estrangeira e brasileira. Eu me incluo no grupo dos que embarcaram na ideia, e volto a frisar, o resultado é extraordinário! Assista e tire suas conclusões!
Rodado no Canadá, teve orçamento de U$ 33 milhões, rendendo U$ 40 milhões no mundo inteiro, ou seja, fracasso... Como já passou nos cinemas, a oportunidade agora é assisti-lo em DVD ou em Blu-ray, recém-lançado pela Paramount Pictures. Confira, depois do filme, os dois bons especiais (making of) que vem junto. Boa sessão!

Mãe! (Mother!). EUA, 2017, 121 min. Drama/Horror. Colorido. Dirigido por Darren Aronofsky. Distribuição: Paramount Pictures. Disponível em DVD e Blu-ray


sábado, 10 de fevereiro de 2018

Cine Lançamento


Ninguém entra, ninguém sai

Às pressas, um motel no Rio de Janeiro é interditado por causa de uma misteriosa contaminação. Casais, amigos e amantes que lá estão para se divertir não podem deixar o local, e ninguém poderá entrar até que a situação seja controlada.

Comédia escrachada das mais divertidas do ano passado, com roteiro do premiado Paulo Halm (de “Quem matou Pixote?” e “Pequeno dicionário amoroso”), livremente inspirado na crônica “No motel”, de Luís Fernando Guimarães. Parecia ser um dia calmo, de muito amor e sexo em um motel carioca requisitado; amantes chegam escondidos para uma transa rápida, jovens iniciantes estão lá por curiosidade, namoradinhos querem apimentar o relacionamento. Mas uma infestação desconhecida ataca o ambiente, e o lugar tem de ser fechado; ninguém entra, ninguém sai, mobilizando cientistas, polícia, os familiares das “vítimas” e a mídia nacional. O circo está armado, com confusões que beiram o fim do mundo! É um vai e vem de circunstâncias passíveis de ocorrer, contadas de maneira caótica e burlesca, próprias para provocar risos e descontração. Assim o entretenimento cumpre com o prometido!
O elenco mistura três gerações do bom cinema e da TV: Letícia Lima e Rafael Infante (mais engraçados do que nunca), Emiliano D’Avila, João Cortês, Danielle Winitz, Renata Castro Barbosa, Mariana Santos (que rouba as cenas, virando o destaque do filme) e Sérgio Mallandro (como um padre doido), além de participações especiais de um timaço, como Anselmo Vasconcellos (o cientista), André Mattos (um irritado delegado), Guta Stresser (a faxineira fanática religiosa), Antônio Pedro, Catarina Abdalla, Paulinho Serra e até o jornalista Ricardo Boechat. Na trilha sonora, Sidney Magal corre solto com “O meu sangue ferve por você”, que gruda na cabeça por um tempão! Sentiram o clima legal? Então corra assistir ao primeiro longa-metragem do diretor Hsu Chien, natural de Taiwan e radicado no Brasil há muito tempo, premiado internacionalmente com seus ótimos curtas “Pietro”, “Flerte” e “Angústia”. Disponível em DVD e em plataformas digitais.

Ninguém entra, ninguém sai (Idem). Brasil, 2017, 89 min. Comédia. Colorido. Dirigido por Hsu Chien. Distribuição: Imagem Filmes

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Morre o ator John Gavin



Faleceu hoje aos 86 anos John Gavin, ator da Era de Ouro de Hollywood, de filmaços como "Psicose", "Spartacus", "O escândalo da princesa", "Imitação da vida", "Positivamente Millie" e "Amar e morrer" (pelo qual ganhou o Globo de Ouro). Estava afastado do cinema e da TV desde os anos 80, praticamente esquecido. Uma pena...



quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Nota do blogueiro


Lançamentos fresquinhos em casa! Em DVD, três filmes que chacoalharam o público nos cinemas: Mãe! (da Paramount), Blade Runner 2049 (Sony) e Feito na América (Universal). Já disponíveis para locação e também para venda.
Obrigado, @sonypicturesbr @universalpicsbr @m2.comunicacao @paramountpics @paramountbrasil, pelo envio dos filmes.




sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Resenha Especial


Invasores de Marte

Garoto testemunha o pouso de uma estranha nave em um desfiladeiro próximo à sua casa. Isto é apenas o início de uma invasão de criaturas alienígenas de Marte, que irão escravizar os humanos.


Monstrengos gosmentos com dentes saltados, um cérebro gigante com olhos e boca, naves espaciais com forma de esqueleto e destruição da Terra. Se você achou isto tudo um exagero danado espere por muito mais desta ficção científica com terrir (terror misturado ao humor), do mestre Tobe Hooper em um momento de pura descontração, que o fez especialmente aos fãs.
“Invasão de Marte” é um remake de uma fita sci-fi de 1953, de mesmo nome, com roteiro do falecido Dan O'Bannon, criador da franquia “Alien”, adaptado da história original de Richard Blake. Na época, em 1986, custou caro (U$ 12 milhões), fracassou nas bilheterias e recebeu instantaneamente aura de cult.
A história anda pelo mesmo caminho da original: um garotinho esperto descobre uma invasão alienígena em sua cidade, onde seres espaciais controlam os humanos por meio de lavagem cerebral. Ele não pode contar com os pais, pois acabaram absorvidos por este mal, então mobiliza o Exército e outras pessoas para eliminar os monstros. O antigo, por ser preto-e-branco e com custo baixo, utilizava maquiagem clássica e amenizava os efeitos visuais, a indumentária dos extraterrestres, a nave, as luzes espaciais etc – enquanto Tobe Hooper, nesta boa refilmagem, usou e abusou das cores vibrantes, dos efeitos especiais (destaque para o interior da nave com aspecto de entranhas e os monstros de borracha, no estilão anos 70 e 80, hoje debochados como cafonas, causadores até de riso), além de explosões e tiroteios descontrolados. Seria desse modo uma invasão de seres marcianos no planeta Terra? A resposta é dada com humor, aventura, terror e ficção científica em alta potência – por isto não deve ser levado a sério, o intuito é divertir, no melhor do cinema retrô e artesanal.
Não obteve o destaque devido na crítica estrangeira, sendo indicado a dois Razzie Awards, o Framboesa de Ouro, entregue aos piores do ano, nas categorias pior atriz (para Louise Fletcher, uma professora implicante, que vira a vilã, que até come um sapo vivo numa cena pitoresca) e pior efeitos especiais (produzidos pelos futuros ganhadores do Oscar Stan Winston, de “Aliens, o resgate”, e John Dykstra, de “Guerra nas estrelas”).
Saiu no mês passado em DVD pela distribuidora Obras-Primas do Cinema, numa caixa especial em homenagem ao diretor Tobe Hooper (1943-2017), com quatro filmes do diretor – “Eaten alive” (1976), “O massacre da serra elétrica” (1974), “O massacre da serra elétrica – parte 2” (1986) e este aqui. São três discos, e um deles com extras (documentários, erros de gravações, entrevistas) e também acompanha cards colecionáveis com as capas originais dos filmes.


Invasores de Marte (Invaders from Mars). EUA, 1986, 99 min. Terror/ Ficção científica. Colorido. Dirigido por Tobe Hooper. Distribuição: Obras-primas do Cinema. Disponível em DVD