A troca
O
músico John Russell (George C. Scott) perdeu a esposa e a filha num acidente de
carro. Por causa da tragédia, mudou-se de Nova York para um casarão isolado em
Seattle. Aos poucos volta a compor e tocar piano até que estranhos barulhos o deixam
perturbado. Ao vasculhar os aposentos da casa, encontra uma passagem secreta interligada
ao sótão, onde um espírito começa a se comunicar com ele.
Também
conhecido no Brasil como “O intermediário do diabo”, esta intrigante fita de terror
canadense foi baseada num caso real ocorrido nos anos 60 num casarão em Denver,
no estado do Colorado, e aqui jogaram a história para Seattle. Para mim o
melhor exemplar sobre casas mal-assombradas, um filme chocante, de causar medo,
com um roteiro inteligente que não fica apenas no terror. Tem uma trama de mistério
e investigação, que faz o público roer as unhas, com o coração palpitando. Duas
cenas ficaram famosas: as da cadeira de rodas de uma criança e a da mesa de
invocação de espíritos (foi um dos primeiros a mostrar isto, com realismo).
Na
época o ator George C. Scott e a atriz Trish Van Devere eram casados (eles ficaram
juntos de 1972 a 1999, quando o ator faleceu), bem orientados em cena por um cineasta
húngaro cuja carreira oscilava muito, Peter Medak. É o melhor filme dele, que realizou,
por exemplo, grandes obras como “A classe governante” (1972), mas caiu na
bobeira de rodar “A experiência II: A mutação” (1998) e outras fitas irregulares.
Tem aparição menor e ao mesmo tempo notória do vencedor de dois Oscars Melvyn
Douglas, que morreria no ano seguinte, aos 80 anos.
“A
troca” venceu prêmios em pequenos festivais de cinema de horror e está na lista
dos 100 melhores do gênero pelo IMDB. Assustador, incomoda e fecha com um final
sombrio. Depois deste muitos vieram como imitação, mas nada que superasse essa
joia!
A troca (The changeling). Canadá, 1980, 102
minutos. Terror. Colorido. Dirigido por Peter Medak. Distribuição: Universal
Pictures
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