Star Trek: Sem fronteiras
A tripulação
da Enterprise é chamada para resgatar um grupo perdido num planeta remoto. Kirk
(Chris Pine), Spock (Zachary Quinto) e os membros da nave seguem para a missão sem
desconfiar que é uma emboscada, planejada meticulosamente por um antigo inimigo,
o monstruoso Krall (Idris Elba), jurado da Federação. Aliados da alienígena
Jaylah (Sofia Boutella), travarão um gigante combate contra Krall e seu
exército do mal.
Os
fãs da mundialmente conhecida franquia “Star Trek” comemoraram esse novo
capítulo da saga para o cinema, uma deliciosa aventura intergaláctica com momentos
de alta adrenalina e um visual anestesiante. É o 13º filme da cinessérie e o 3º
da nova geração (que retrata a juventude de Spock, Kirk, Chekov e dos outros
membros da Enterprise). É também o mais caro, junto do anterior, “Além da
escuridão: Star Trek” (2013), porém o que menos teve bilheteria (será que o
público comum cansou?).
Um
novo diretor assumiu a produção. Trata-se de Justin Lin, natural de Taiwan, de “Velozes
& furiosos” (ele dirigiu os capítulos 4, 5 e 6). O criador J. J. Abrams
abandonou o projeto para gravar “Star Wars: O despertar da força” (2015), um
concorrente de “Star Trek”, assinando aqui apenas como produtor executivo.
Sobre
o filme em si, deram uma revigorada na franquia, com claras homenagens aos
primeiros filmes de “Jornada nas estrelas” e a clássicos do cinema como “Alien,
o oitavo passageiro”. Há tiradas brilhantes, muito humor e ação ininterrupta, que
não fará ninguém se arrepender. A história é complexa, com vilões que não tinham
ainda aparecido, chamando a atenção para o sensacional trabalho de maquiagem para
construir duas figuras memoráveis, o medonho Krall e a carismática Jaylah (por
isto recebeu indicação ao Oscar de maquiagem e cabelo). E direção de arte
então? Façanha de mestre! Repare na construção do planeta perdido, composto de rochas,
onde toda a trama se desenrola... Um ponto discutível, que gerou indagação, é o
aspecto retrô com cores destoantes, meio bizarro, oriental demais (a China coproduziu,
talvez daí a razão do uso frequente do neon). Ficou legal, divertido e com
roupagem diferente dos outros!
Dedicaram
“Sem fronteiras” a Leonard Nimoy (o Spock da série clássica e dos filmes
antigos, que apareceu no “Star Trek”, de 2009, falecido em 2015) e a Anton
Yelchin (que morreu em 2016, aos 27 anos, num estranho acidente de carro). Duas
perdas sentidas pelos fãs...
Engrenei
com tudo nessa empolgante fita de aventura, competente, uma das melhores da
franquia, que concorre com facilidade com os dois anteriores.
Star Trek: Sem fronteiras (Star Trek Beyond). EUA/China/Emirados
Árabes/Canadá, 2016, 122 min. Ação/Ficção científica. Colorido. Dirigido por Justin
Lin. Distribuição: Paramount Pictures
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