sexta-feira, 12 de abril de 2019

Resenha Especial



Star Trek: Sem fronteiras

A tripulação da Enterprise é chamada para resgatar um grupo perdido num planeta remoto. Kirk (Chris Pine), Spock (Zachary Quinto) e os membros da nave seguem para a missão sem desconfiar que é uma emboscada, planejada meticulosamente por um antigo inimigo, o monstruoso Krall (Idris Elba), jurado da Federação. Aliados da alienígena Jaylah (Sofia Boutella), travarão um gigante combate contra Krall e seu exército do mal.

Os fãs da mundialmente conhecida franquia “Star Trek” comemoraram esse novo capítulo da saga para o cinema, uma deliciosa aventura intergaláctica com momentos de alta adrenalina e um visual anestesiante. É o 13º filme da cinessérie e o 3º da nova geração (que retrata a juventude de Spock, Kirk, Chekov e dos outros membros da Enterprise). É também o mais caro, junto do anterior, “Além da escuridão: Star Trek” (2013), porém o que menos teve bilheteria (será que o público comum cansou?).
Um novo diretor assumiu a produção. Trata-se de Justin Lin, natural de Taiwan, de “Velozes & furiosos” (ele dirigiu os capítulos 4, 5 e 6). O criador J. J. Abrams abandonou o projeto para gravar “Star Wars: O despertar da força” (2015), um concorrente de “Star Trek”, assinando aqui apenas como produtor executivo.
Sobre o filme em si, deram uma revigorada na franquia, com claras homenagens aos primeiros filmes de “Jornada nas estrelas” e a clássicos do cinema como “Alien, o oitavo passageiro”. Há tiradas brilhantes, muito humor e ação ininterrupta, que não fará ninguém se arrepender. A história é complexa, com vilões que não tinham ainda aparecido, chamando a atenção para o sensacional trabalho de maquiagem para construir duas figuras memoráveis, o medonho Krall e a carismática Jaylah (por isto recebeu indicação ao Oscar de maquiagem e cabelo). E direção de arte então? Façanha de mestre! Repare na construção do planeta perdido, composto de rochas, onde toda a trama se desenrola... Um ponto discutível, que gerou indagação, é o aspecto retrô com cores destoantes, meio bizarro, oriental demais (a China coproduziu, talvez daí a razão do uso frequente do neon). Ficou legal, divertido e com roupagem diferente dos outros!


Dedicaram “Sem fronteiras” a Leonard Nimoy (o Spock da série clássica e dos filmes antigos, que apareceu no “Star Trek”, de 2009, falecido em 2015) e a Anton Yelchin (que morreu em 2016, aos 27 anos, num estranho acidente de carro). Duas perdas sentidas pelos fãs...
Engrenei com tudo nessa empolgante fita de aventura, competente, uma das melhores da franquia, que concorre com facilidade com os dois anteriores.

Star Trek: Sem fronteiras (Star Trek Beyond). EUA/China/Emirados Árabes/Canadá, 2016, 122 min. Ação/Ficção científica. Colorido. Dirigido por Justin Lin. Distribuição: Paramount Pictures

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