segunda-feira, 22 de abril de 2019

Resenha Especial



Cemitério maldito

A família Creed muda-se para uma casa nos arredores de Chicago, ao lado de uma perigosa rodovia, por onde transitam pesados caminhões. A poucos metros de lá existem um antigo cemitério indígena de animais, cravado em um bosque, cuja lenda é de que os bichos que são enterrados naquele solo ressuscitam horas mais tarde. Quando o gato da família morre atropelado, enterram-no no cemitério vizinho, com consequências horripilantes.

Clássico do terror moderno, o arrepiante “Cemitério maldito” fez sucesso nos cinemas há exatos trinta anos, ganhando uma continuação inferior e um remake que estreia no Brasil no dia 09 de maio. Custou caro por ser uma fita de horror (U$ 12 milhões), tendo o próprio Stephen King assinado o bom roteiro, que ele adaptou de seu romance “O cemitério”.
Para público com nervos de ferro! O filme dá calafrios, pesa na mente e dá uma embrulhada no estômago, por tratar de questões como morte, mortos-vivos e assombrações medonhas, de maneira direta, bem sombria, com toques de fantasia do mestre Stephen King. Ficou na memória das pessoas a aparição do gato ressuscitado e de um sinistro fantasma com a cabeça aberta, que conversava de madrugada com o pai da família Creed (uma referência ao fantasma de Griffin Dunne em “Um lobisomem americano em Londres”).
A diretora Mary Lambert voltaria a dirigir a continuação, “Cemitério maldito II” (1992), inferior ao original, que contava com outro elenco, porém história semelhante envolvendo o cemitério indígena com poderes de ressuscitar animais e gente.


No elenco um monte de atores medianos, hoje sumidos das telas, como Denise Crosby (neta de Bing Crosby), Dale Midkiff, Miko Hughes (na época com três anos, depois estrelou alguns filmes teen), e a melhor participação de todas, a do falecido veterano Fred Gwynne como o vizinho (ele trabalhou na série dos anos 60 “Os monstros”). Tem também uma pontinha costumeira de Stephen King. Ah, não posso deixar de mencionar a irônica canção-título do grupo Ramones, sucesso na época, “(I don't wanna be buried in a) Pet Sematary", composta especialmente para o filme. Irônico também é o título original, com “Sematary” grafado incorretamente, como se uma criança tivesse escrito.
Quem curte terror deve assistir. Ou rever, ainda mais agora que sairá o remake na próxima semana!

Cemitério maldito (Pet Sematary). EUA, 1989, 103 min. Terror. Colorido. Dirigido por Mary Lambert. Distribuição: Paramount Pictures

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