sexta-feira, 5 de abril de 2019

Cine Lançamento



De repente uma família

Pete (Mark Wahlberg) e Ellie (Rose Byrne) pretendem adotar uma criança para que a vida do casal tenha mais sentido. Eles se acham velhos demais para ter um bebê, então começam a frequentar lares e feiras de adoção, além de participar de cursos de preparação para pais. Um dia encantam-se por uma adolescente de origem mexicana e iniciam a papelada para adoção. Porém ela tem dois menores, que são apegados a ela, e o casal resolve adotar os três de uma vez.

Agradável comédia dramática com uma dupla que dá nó em pingo d’água, com química mais que perfeita, Mark Wahlberg e Rose Byrne, interpretando um casal que trabalha como restauração de casas que tem o sonho de formar uma família. Eles iniciam uma árdua jornada para adotar não um, mas três filhos, de idades e comportamentos diferentes, o que mudará definitivamente a vida de ambos os protagonistas.
O filme é baseado numa história verídica, cujo enredo se passa durante um mês inteiro, entre a Ação de Graças e o Ano Novo. E trata de um tema pertinente, atual e necessário para a sociedade, a “adoção tardia”. Pete e Ellie adotam três filhos, uma adolescente rebelde, com os hormônios à flor da pele, uma garotinha gritona e um menino sensível e também atrapalhado. O trio terá pela frente uma nova vida de aprendizado e afeto.
Além de divertir à beça, emociona e provoca reflexão sobre as dificuldades de se adotar um filho (com a burocracia por trás) e a adaptação dos pais para encarar essa nova realidade. Hoje em dia é cada vez mais complexo ser pai e mãe, e no filme vemos as nuances na postura e no entendimento do casal acerca de questões de família, super bem inseridas no roteiro.


É mais uma fita do diretor Sean Anders que analisa a relação de pais na criação de filhos, sob o manto da cultura americana – ele realizou anteriormente, também com Mark Wahlberg, “Pai em dose dupla” (as duas boas partes, de 2015 e 2017), e o raso “Este é o meu garoto” (2012), além de ter escrito o roteiro de “Família do bagulho” (2013). Não entendi o porquê da baixa bilheteria de “De repente uma família”... além da história bem humorada, com um correto timing de comédia e piadas engraçadas, traz participações legais de Julie Hagerty, Margo Martindale, Joan Cusack e de dois indicados ao Oscar, Michael O'Keefe e Octavia Spencer, além dos mirins que atuam no papel das crianças, de descendência latina, e para fechar, a jovem Isabela Moner, nome que está despontando no cinema atual.
Uma fita que serve de Sessão da Tarde, leve, ponderada e sábia, para toda a família aprender junto.

De repente uma família (Instant family). EUA, 2018, 117 min. Comédia. Colorido. Dirigido por Sean Anders. Distribuição: Paramount Pictures

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