De repente uma família
Pete
(Mark Wahlberg) e Ellie (Rose Byrne) pretendem adotar uma criança para que a
vida do casal tenha mais sentido. Eles se acham velhos demais para ter um bebê,
então começam a frequentar lares e feiras de adoção, além de participar de
cursos de preparação para pais. Um dia encantam-se por uma adolescente de
origem mexicana e iniciam a papelada para adoção. Porém ela tem dois menores, que
são apegados a ela, e o casal resolve adotar os três de uma vez.
Agradável
comédia dramática com uma dupla que dá nó em pingo d’água, com química mais que
perfeita, Mark Wahlberg e Rose Byrne, interpretando um casal que trabalha como restauração
de casas que tem o sonho de formar uma família. Eles iniciam uma árdua jornada
para adotar não um, mas três filhos, de idades e comportamentos diferentes, o
que mudará definitivamente a vida de ambos os protagonistas.
O
filme é baseado numa história verídica, cujo enredo se passa durante um mês
inteiro, entre a Ação de Graças e o Ano Novo. E trata de um tema pertinente,
atual e necessário para a sociedade, a “adoção tardia”. Pete e Ellie adotam
três filhos, uma adolescente rebelde, com os hormônios à flor da pele, uma garotinha
gritona e um menino sensível e também atrapalhado. O trio terá pela frente uma
nova vida de aprendizado e afeto.
Além
de divertir à beça, emociona e provoca reflexão sobre as dificuldades de se
adotar um filho (com a burocracia por trás) e a adaptação dos pais para encarar
essa nova realidade. Hoje em dia é cada vez mais complexo ser pai e mãe, e no
filme vemos as nuances na postura e no entendimento do casal acerca de questões
de família, super bem inseridas no roteiro.
É
mais uma fita do diretor Sean Anders que analisa a relação de pais na criação
de filhos, sob o manto da cultura americana – ele realizou anteriormente,
também com Mark Wahlberg, “Pai em dose dupla” (as duas boas partes, de 2015 e
2017), e o raso “Este é o meu garoto” (2012), além de ter escrito o roteiro de “Família
do bagulho” (2013). Não entendi o porquê da baixa bilheteria de “De repente uma
família”... além da história bem humorada, com um correto timing de comédia e
piadas engraçadas, traz participações legais de Julie Hagerty, Margo Martindale,
Joan Cusack e de dois indicados ao Oscar, Michael O'Keefe e Octavia Spencer,
além dos mirins que atuam no papel das crianças, de descendência latina, e para
fechar, a jovem Isabela Moner, nome que está despontando no cinema atual.
Uma
fita que serve de Sessão da Tarde, leve, ponderada e sábia, para toda a família aprender junto.
De repente uma família (Instant family). EUA, 2018, 117 min.
Comédia. Colorido. Dirigido por Sean Anders. Distribuição: Paramount Pictures
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