terça-feira, 23 de abril de 2019

Resenha Especial


Águas rasas

Nancy (Blake Lively) estuda Medicina e nas horas vagas gosta de surfar. Num dia de sol, viaja sozinha a uma praia deserta no México. O mar está calmo, sem ninguém por perto. Até que Nancy é atacada no meio das águas por um grande tubarão branco. Sem socorro, para sobreviver sobe em uma pedra no meio do mar. Ferida, ela terá de se reinventar para escapar do perigosíssimo animal.

Suspense eletrizante do começo ao fim, com boas doses de ação em alta voltagem, este filme de uma história só, com uma única personagem em foco, é um derivado direto do estrondoso sucesso “Tubarão” (1975), de Steven Spielberg (o blockbuster setentista gerou imitações infinitas nos anos seguintes, que não chegam nem perto do espetacular resultado de “Águas rasas”).
É um tour-de-force da atriz Blake Lively, sozinha em verdadeiras águas em alto-mar, num de seus papéis de maior destaque (ela não é uma ótima atriz, mas se esforça – muito bonita, é casada desde 2012 com Ryan Reynolds, com quem tem dois filhos). Interpreta a surfista presa numa rocha após um ataque de um tubarão branco mortal. Sem sua prancha, ela está a menos de 200 metros da costa. Debaixo do sol escaldante, cria uma série de planos para escapar de lá, torna-se até “amiga” de uma gaivota machucada, sua única companhia.
Nessa jornada de sobrevivência, há sequências de tirar do fôlego, como o ataque das águas vivas (num espetáculo de cores), tudo captado por uma fotografia magnífica e uma edição parecida com videoclipes, com lances frenéticos de surfe alternando cenas em câmera lenta. Foi todo gravado em praias paradisíacas da costa leste da Austrália, para se parecer com o México, onde a história se passa.


Do produtor e diretor espanhol Jaume Collet-Serra, responsável por quatro fitas de ação com Liam Neeson (“Desconhecido”, “Sem escalas”, “Noite sem fim” e “O passageiro”), “Águas rasas” é o melhor trabalho desse cineasta de alta percepção técnica, que realizou um filme vibrante, em que o público fica agoniado junto da protagonista. Também teve recepção boa de público, além da crítica estrangeira.

Águas rasas (The shallows). EUA, 2016, 86 min. Suspense/Ação. Colorido. Dirigido por Jaume Collet-Serra. Distribuição: Sony Pictures

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