sexta-feira, 19 de abril de 2019

Resenha Especial



A viatura

Dois garotos encontram, por acaso, uma viatura policial estacionada numa área rural. Curiosos, eles entram no carro para brincar, acabam dando partida e dirigem pelos arredores. O que não imaginavam era que no porta-malas havia um corpo, além de armas de grande porte no banco traseiro, pertencentes a um xerife, Kretzer (Kevin Bacon). Momentos depois, o homem, ao descobrir que a viatura foi roubada, segue atrás dela numa busca alucinada.

Uma dupla de ótimos atores mirins (James Freedson-Jackson e Hays Wellford), trama envolvente, roteiro bem sacado com jeitão de filme dos anos 80 e um desfecho tenso, bem violento, são elementos marcantes desse suspense policial rodado com um orçamento muito baixo - custou em torno de U$ 800 mil, que garante um resultado impressionante ao espectador. Quando conheci em DVD, em 2015, achei uma surpresa, e agora ao rever em casa, continuo com a mesma impressão. Culpa do diretor Jon Watts, que logo se revelaria bom cineasta de blockbuster. O roteiro foi assinado por ele juntamente com Christopher Ford, e ambos escreveram juntos o fraquinho terror “Clown” (2014) e depois de “A viatura” veio o badalado “Homem-Aranha: De volta ao lar” (2017) – Watts retorna como roteirista e diretor no novo “Homem-Aranha: Longe de casa”, que estreia em julho.


O filme prende a atenção, não permitindo o público piscar sequer um segundo. Trata de temas como a amizade (no caso a de dois garotos de 10 anos), abuso de autoridade, corrupção e repressão policial, sempre no clima de suspense. Preste atenção nos pormenores da história para não se perder! E até Kevin Bacon, com seus altos e baixos na carreira, está verdadeiro na pele de um xerife alucinado, imprevisível, violento.
Gosto do filme e recomendo de primeira!

A viatura (Cop car). EUA, 2015, 88 min. Policial/Suspense. Colorido. Dirigido por Jon Watts. Distribuição: Universal Pictures

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