O Ultimato Bourne
O amnésico agente secreto Jason Bourne (Matt Damon) continua em busca de sua identidade. Exposto em jornais do mundo inteiro, ele irá enfrentar novos matadores e espiões treinados pelo governo americano.
Para assistir à saga final da trilogia Bourne e não perder nenhum detalhe da trama, conferi, neste final de semana, os três filmes de uma só vez – os anteriores são “A Identidade Bourne” (2002, dirigido por Doug Liman, o mesmo de “Sr. & Sra. Smith”) e “A Supremacia Bourne” (2004, do diretor Paul Greengrass, que retornou para o último capítulo da série).
Achei o “Ultimato” conclusivo e satisfatório. Os fantasmas que assombravam o passado de Bourne são revelados a partir da metade do filme. Tudo é minuciosamente explicado de maneira convincente, lembrando que a fórmula para se contar as peripécias do agente secreto que sofre de amnésia profunda segue a mesma linha dos dois longas anteriores: perseguições em alta voltagem, bastante tiroteio e uma trama complexa. O diretor Paul Greengrass (dos excelentes “Domingo Sangrento” e “Vôo United 93”) realiza o filme com seu estilo característico: as seqüências que envolvem ação imediata são filmadas à mão, o que resulta em cenas trepidantes, embaçadas e desfocadas.
Apesar de todas as qualidades acima, não afirmo que este é o melhor filme da trilogia. “A identidade” trazia uma história diferente, com o personagem em crise tentado descobrir “quem sou eu?”. Já o segundo e o terceiro parecem um bloco só; em ambos o personagem principal retorna mais violento, e cada vez mais aborrecido por desconhecer sua identidade.
“O Ultimato Bourne” concorre a três prêmios Oscar este ano: edição, edição de som e mixagem de som. Não acredito que seja para tanto. Concordo que as cenas de batidas de carro deixam o telespectador sufocado (principalmente na seqüência do viaduto, logo no final), realmente ficamos ensurdecidos com tanto barulho. Mas sinto que as indicações são para “o conjunto da obra”, já que os dois filmes anteriores sequer concorreram ao maior prêmio do cinema.
“O Ultimato” é ação do começo ao fim. Portanto, indicado aos apreciadores do gênero. Em especial, admiro o papel de Joan Allen, que interpreta uma durona agente da CIA que enfrenta Jason Bourne (ela só não aparece no “A Identidade”).
Curiosidade: o personagem, criado pelo escritor nova-iorquino Robert Ludlum (1927-2001), autor que se dedicava a suspenses e espionagens, como “O casal Osterman” e “O Documento Holcroft” (ambos filmados na década de 80), foi levado às telas pela primeira vez em 1988. O telefilme, intitulado “A Identidade Bourne”, trazia Richard Chamberlain na pele do agente secreto. (Por Felipe Brida)
O amnésico agente secreto Jason Bourne (Matt Damon) continua em busca de sua identidade. Exposto em jornais do mundo inteiro, ele irá enfrentar novos matadores e espiões treinados pelo governo americano.
Para assistir à saga final da trilogia Bourne e não perder nenhum detalhe da trama, conferi, neste final de semana, os três filmes de uma só vez – os anteriores são “A Identidade Bourne” (2002, dirigido por Doug Liman, o mesmo de “Sr. & Sra. Smith”) e “A Supremacia Bourne” (2004, do diretor Paul Greengrass, que retornou para o último capítulo da série).
Achei o “Ultimato” conclusivo e satisfatório. Os fantasmas que assombravam o passado de Bourne são revelados a partir da metade do filme. Tudo é minuciosamente explicado de maneira convincente, lembrando que a fórmula para se contar as peripécias do agente secreto que sofre de amnésia profunda segue a mesma linha dos dois longas anteriores: perseguições em alta voltagem, bastante tiroteio e uma trama complexa. O diretor Paul Greengrass (dos excelentes “Domingo Sangrento” e “Vôo United 93”) realiza o filme com seu estilo característico: as seqüências que envolvem ação imediata são filmadas à mão, o que resulta em cenas trepidantes, embaçadas e desfocadas.
Apesar de todas as qualidades acima, não afirmo que este é o melhor filme da trilogia. “A identidade” trazia uma história diferente, com o personagem em crise tentado descobrir “quem sou eu?”. Já o segundo e o terceiro parecem um bloco só; em ambos o personagem principal retorna mais violento, e cada vez mais aborrecido por desconhecer sua identidade.
“O Ultimato Bourne” concorre a três prêmios Oscar este ano: edição, edição de som e mixagem de som. Não acredito que seja para tanto. Concordo que as cenas de batidas de carro deixam o telespectador sufocado (principalmente na seqüência do viaduto, logo no final), realmente ficamos ensurdecidos com tanto barulho. Mas sinto que as indicações são para “o conjunto da obra”, já que os dois filmes anteriores sequer concorreram ao maior prêmio do cinema.
“O Ultimato” é ação do começo ao fim. Portanto, indicado aos apreciadores do gênero. Em especial, admiro o papel de Joan Allen, que interpreta uma durona agente da CIA que enfrenta Jason Bourne (ela só não aparece no “A Identidade”).
Curiosidade: o personagem, criado pelo escritor nova-iorquino Robert Ludlum (1927-2001), autor que se dedicava a suspenses e espionagens, como “O casal Osterman” e “O Documento Holcroft” (ambos filmados na década de 80), foi levado às telas pela primeira vez em 1988. O telefilme, intitulado “A Identidade Bourne”, trazia Richard Chamberlain na pele do agente secreto. (Por Felipe Brida)
Título original: The Bourne Ultimatum
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Matt Damon, Julia Stiles, Joan Allen, David Strathairn, Scott Glen, Albert Finney, Paddy Considine, Edgar Ramirez.
Direção: Paul Greengrass
Gênero: Ação
Duração: 115 min.
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Matt Damon, Julia Stiles, Joan Allen, David Strathairn, Scott Glen, Albert Finney, Paddy Considine, Edgar Ramirez.
Direção: Paul Greengrass
Gênero: Ação
Duração: 115 min.
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