quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Cine Lançamento

Os Mensageiros

O casal Roy (Dylan McDermott) e Denise (Penelope Ann Miller) muda-se com os filhos para uma tranqüila e remota fazenda em Dakota do Norte. A calmaria dá lugar a aparições de fantasmas e figuras malignas invisíveis, vistas apenas pelos filhos do casal, Jess (Kristen Stewart) e Ben (Evan Turner). O medo e a insegurança passa a dominar a vida dos moradores.
O primeiro filme de língua inglesa rodado pelos irmãos gêmeos Oxide e Danny Pang escorrega em todos os tipos possíveis de clichê. Os “Pang”, naturais de Hong Kong, China, traziam grande expectativa quando rodaram, em seu país natal, o terror “The Eye – A Herança” (2002). Só que acabaram perdendo a mão nos projetos seguidos (exemplo disto são as continuações do “The Eye”), que variavam de comédias bizarras a horror fantasmagórico. Ou seja, tornaram-se diretores irregulares. E “Os Mensageiros” não deixa dúvida quanto à meteórica decadência dos irmãos chineses. Um filme previsível e de conteúdo fraco, com efeitos visuais feios. No projeto, nomes importantes, como McDermott, Ann Miller e Corbett (este interpreta um fazendeiro tosco, que usa boné, jaqueta e um bigode nada estiloso, parecido com o do ator “Sam Elliott”).
Não mais atrai o nome de Sam Raimi como um dos produtores. Raimi tem assinado muitas bobagens, como “O Grito 2”, “O Pesadelo”, “Darkman III” e outros mais.
Enfim, um filme dispensável e sem energia. Nem mesmo o elenco dá conta do recado.

Título original: The Messengers
País/Ano: EUA/Canadá, 2007
Elenco: Kristen Stewart, Dylan McDermott, Penelope Ann Miller, John Corbett, Evan Turner, William B. Davis, Brent Briscoe, Theodore Turner.
Direção: Oxide Pang Chun/ Danny Pang
Gênero: Terror
Duração: 90 min.


O Pântano

A escritora de livros infantis Claire Holloway (Gabrielle Anwar) sofre com uma série de pesadelos. Pela televisão, reconhece uma paisagem rural, imagem recorrente em seus tormentos. Claire decide passar umas férias no local campestre, e descobre que a região é assombrada pelo fantasma de uma menina e de um jovem.
Este segundo longa dirigido pelo ator de telefilmes e seriados Jordan Barker é mais um daqueles filmes de terror sobrenatural que invade as prateleiras das locadoras. Enredo nada original, sustos previsíveis, final que não convence. O pior de tudo é ver o premiado ator Forest Whitaker em um papel ingrato demais. Ele interpreta um especialista em fatos paranormais que não tem muito o que fazer na história. No mesmo ano deste filme, Whitaker rodou “O Último Rei da Escócia”, em que levou o Oscar de melhor ator pelo papel do ex-ditador da Uganda Idi Amin Dada.
“O Pântano” - não confundir com o filme homônimo lançado em 2001 (comédia-dramática argentina dirigida Lucrécia Martel) - é mais uma xaropada na irregular carreira de Gabrielle Anwar (de “Perfume de Mulher” e “Invasores de Corpos – A Invasão Continua”). A atriz estava desaparecida das telas há um bom tempo e retorna aqui, envelhecida e cheia de olheiras. A explicação sobre o título só aparece no final. Passe longe!

Título original: The Marsh
País/Ano: Canadá, 2006
Elenco: Gabrielle Anwar, Forest Whitaker, Justin Louis, William Cuddy, Joe Dinicol, Brooke Johnson.
Direção: Jordan Barker
Gênero: Terror
Duração: 92 min.


O Jogo das Sete Mortes

Sete jovens são convocados para participar de um reality show. Em uma casa isolada e cheia de cômodos, o grupo se reúne. Apenas um deles vencerá o prêmio de 100 mil dólares. Só que misteriosos assassinatos começam a acontecer. Quem conseguirá se salvar?
Este filme B, rodado em 2002, só foi lançado em novembro de 2006. Tento entender, mas não chego a uma conclusão, porque a Universal distribuiu uma fita tão desastrosa. Um filme completamente caseiro. Exemplo autêntico de fita mal feita que reúne personagens esquisitos. Tem de tudo: um homossexual escandaloso que usa roupa punk (meio “The Cure”), uma japonesa bissexual e tarada, uma loira histérica com cabelo rastafari, e por aí vai. É muita bizarrice para um projeto só. Todos eles passam a maior parte do tempo se xingando. Humilhações, preconceito e filosofias furadas não faltam. E naquele clima de “quem é o assassino?” e “quem vai morrer agora?”, saturado em terrores anteriores, como “Sexta-Feira 13” e “Pânico”. Com o desenrolar da trama, vemos o psicopata, vestido em trajes e máscara que só podem ser uma homenagem a Darth Vader, matar suas vítimas com choques e injeção letal! O que era para assustar faz rir. O público não merece ver tamanha inutilidade. No site americano IMDB (um dos maiores sobre cinema), os internautas elegeram este filme como um dos piores já realizados até hoje. A nota foi de 2,6. Em 2002 também foi rodado outra fita de terror sobre câmeras escondidas que filmavam jovens aprisionados e sendo mortos em uma casa. Apesar de melhor aceito pelo público, o “O Olho que Tudo Vê” (My Little Eye) também é tolo, só que com produção acima da média (envolvendo Estados Unidos, Canadá, França e Inglaterra). Os diretores norte-americanos em início de carreira sofrem de falta de talento. Não tem outra justificativa.

Título original: Reality Check
País/Ano: EUA, 2002
Elenco: Vanessa Christel, Natlia Cigliuti, Timothy Lee DePriest, Nate Dushku, Julie Ann Emery, Sticky Fingaz, Kim Hoy.
Direção: Rafal Zielinski
Gênero: Suspense/Terror
Duração: 88 min.

(Por Felipe Brida)

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