Distribuidora
Obras-primas do Cinema lança filmes de palhaços assassinos
Reconhecida no mercado de DVDs e Blurays brasileiro, a distribuidora Obras-primas do Cinema lançou recentemente uma caixa com quatro filmes de terror com palhaços assassinos. O box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’ está disponível para venda, no site da distribuidora, em www.colecioneclassicos.com.br. Conheça os filmes, abaixo, com comentários meus.

Três amigas de infância caem nas garras de um perverso assassino, que se veste de palhaço para matar suas vítimas.
Lançado em 2008, a coprodução EUA/Hungria, dirigida por John Simpson, é um filme de terror independente trash, sobre três amigas de infância que caem nas mãos de um perigoso serial killer, que as aprisiona num galpão abandonado e as tortura, vestido de palhaço. Cruel, de espírito sádico, o assassino tem um plano horripilante para cada uma delas. Com poucas mortes, mas muita perseguição e gritaria, o filme tem traços de ‘O médico e o monstro’, com doses extras de violência. O roteiro é de Jake Wade Wall, que já havia escrito filmes de psicopatas, como os remakes ‘Quando um estranho chama’ (2006), e ‘A morte pede carona’ (2007). No elenco tem Jessica Lucas, Katheryn Winnick, Keir O'Donnell e participação especial de Rena Owen. Longe de ser especial ou marcante, apenas assistível e para fãs de terror macabro. Sai em DVD pela Obras-primas do Cinema no box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’, que contêm ainda três filmes recentes do tema, ‘Stitches: O retorno do palhaço assassino’ (2012), ‘Terrifier: O início’ (2013) e ‘Clown’ (2014).
Diversão macabra (Amusement). EUA/Hungria, 2008, 85 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por John Simpson. Distribuição: Obras-primas do Cinema
Stitches: O retorno do palhaço assassino
Richard
Grindle (Ross Noble) trabalha esporadicamente como palhaço animando festas de
crianças. Apelidado de Stitches, não gosta da profissão. Num dos aniversários
infantis, tropeça no cadarço após ser zoado pelas crianças, bate a cabeça e
morre. Cinco anos depois, retorna do túmulo para se vingar dos agora adolescentes
que aprontaram com ele no passado.
Coprodução
Irlanda/Suécia/Reino Unido, de 2012, com direção de Conor McMahon, é um dos
melhores filmes do box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’, lançado
pela Obras-primas do Cinema e que traz junto ‘Diversão macabra’ (2008), ‘Terrifier:
O início’ (2013) e ‘Clown’ (2014). Feito com baixíssimo orçamento, é uma
comédia de terror propositalmente tosca, com cenas altamente sanguinárias, com
sangue bem vermelho espirrando na tela e cabeças sendo cortadas. E tripas
também. O comediante e humorista stand up inglês Ross Noble estreou no cinema
aqui, na pele de um palhaço que trabalha em festas de crianças. Numa tarde, os
pirralhos de uma festinha o castigam, até chegar a uma fatalidade – ele morre
ao tropeçar nos cadarços amarrados por um dos meninos bagunceiros. Cinco anos
depois, os meninos viraram jovens, estão no colegial e se preparam para uma
festa até altas horas da madrugada. O palhaço Stitches sai do túmulo, como
morto-vivo, em busca de vingança, invadindo a festa e tocando o terror. Mortes
inusitadas, humor negro de sobra e muitas armadilhas cruéis tornam o filme
diversão total. Vá preparado sabendo que é um pastelão com monstruosidades!
Stitches:
O retorno do palhaço assassino (Stitches). Irlanda/Suécia/Reino Unido, 2008,
86 minutos. Terror/Comédia. Colorido. Dirigido por Conor McMahon. Distribuição:
Obras-primas do Cinema
Clown
Kent (Andy
Powers), um pai dedicado, veste-se de palhaço para animar a festa de seis anos
do filho. O que ele não sabe é que a roupa está possuída por um demônio. Kent
não consegue mais retirá-la e vai se transformando numa criatura infernal e
assassina.
Estreia
de Jon Watts no cinema, depois de uma dezena de curtas e clipes musicais.
Norte-americano, Watts faria bons filmes em seguida, alguns conhecidos do
público – ‘A viatura’ (2015), um suspense caprichado com Kevin Bacon, e a dose
tripla ‘Homem-Aranha: De volta ao lar’ (2017), ‘Homem-Aranha: Longe de casa’
(2019) e ‘Homem-Aranha: Sem volta para casa’ (2021), todos com Tom Holland, os
que renderam maior bilheteria da franquia e pra mim os melhores capítulos do
famoso super-herói da Marvel. Watts aqui investiu no ‘body horror’, uma fita
menor de terror, com escatologias e perversidades. É a história de um rapaz que
encontra uma roupa de palhaço e a veste para a festa do filho pequeno. Só que a
roupa gruda nele, e o coitado nunca mais consegue tirá-la. Aos poucos, a roupa,
amaldiçoada, mistura-se ao seu corpo, transformando o homem num palhaço
demoníaco, sedento por sangue. O sobrenatural e o horror orgânico se encontram
nesse filme curioso, com cenas aflitivas, cuja classificação indicativa é de 18
anos. Protagonizado por Andy Powers, da série ‘Taken’, tem participação de
Peter Stormare, de ‘Fargo’ (1996), e há momentos que lembra ‘It’, de Stephen
King. Produzido por Eli Roth, hoje destacado no cinema de horror, é um filme para
público de estômago forte. Um dos melhores longas do box ‘Sessão da meia-noite:
Palhaços assassinos’, lançado recentemente pela Obras-primas do Cinema, que contêm
ainda três filmes recentes do tema, ‘Diversão macabra’ (2008), ‘Stitches: O
retorno do palhaço assassino’ (2012) e ‘Terrifier: O início’ (2013).
Clown (Idem). EUA/Canadá, 2014,
100 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por Jon Watts. Distribuição:
Obras-primas do Cinema
Terrifier: O início
* Reedição
Uma
babá encontra vários VHS guardados na casa em que está trabalhando. Sozinha,
enquanto as crianças que cuida dormem, ela dá play nas fitas, que contêm
histórias chocantes de terror, todas ligadas por um estranho palhaço assassino.
Horas depois, o temível psicopata com maquiagem no rosto invade a residência.
Primeiro
longa-metragem com Art, o cruel palhaço assassino, que se popularizaria três
depois, com ‘Terrifier’ (2016), ganhando um filme próprio com mortes escabrosas
e muito sangue. Esse ‘Terrifier: O início’ é uma prévia do que viria a ser a
futura franquia; aqui, o assassino aparece pouco, na verdade ele nem é a figura
central. O filme era derivado do curta-metragem ‘Terrifier’ (2011), um pequeno
projeto autoral de Damien Leone, com um palhaço assassino atacando nas ruas
escuras. O ator que interpreta Art, no curta, retorna aqui no mesmo papel, Mike
Giannelli. Na história, uma babá, durante uma noite de trabalho cuidando de
crianças numa residência, perambula pelos cômodos e encontra fitas VHS numa
sacola. Resolve assistir ao conteúdo e depara-se com cenas reais de uma antiga
gravação com crimes chocantes. Nelas, Art, o palhaço, aparece, só que ele será
o pesadelo da babá horas depois quando ‘sai’ das fitas para atacá-la de verdade. Tem
gore e violência, mas nada comparado aos três próximos filmes que Leone
dirigiria, considerado pelos fãs os ‘verdadeiros Terrifier’ – nos outros, ele mudou
elenco, permaneceu como filmes de baixo orçamento, mas com assassinatos mais insanos
e cruéis, chegando ao limite do sadismo. Os filmes seguintes seriam ‘Terrifier’
(2016), ‘Terrifier 2’ (2022) e ‘Terrifier 3’ (2024), este nos cinemas
brasileiros hoje. A cada novo longa-metragem, o orçamento cresceu, os baldes de
sangue se avolumaram e os fãs alucinaram, tornando sólida a franquia com boa
bilheteria mundial. Não leve a sério, apenas assista e tome alguns sustos... Esse
‘Terrifier: O início’ homenageia fitas de terror com babás perseguidas por
assassinos, como nos antológicos slashers ‘Halloween – A noite do terror’
(1978) e ‘Mensageiro da morte’ (1979). Saiu em bluray pela Obras-primas do
Cinema, com luva especial, cards e extras, e em DVD, pela mesma distribuidora,
no box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’, com mais três filmes na
caixa – ‘Diversão macabra’ (2008), ‘Stitches – O retorno do palhaço assassino’
(2012) e ‘Clown’ (2014). Também está no streaming, no Prime Video.
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