quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Especial de cinema

 

Distribuidora Obras-primas do Cinema lança filmes de palhaços assassinos

Reconhecida no mercado de DVDs e Blurays brasileiro, a distribuidora Obras-primas do Cinema lançou recentemente uma caixa com quatro filmes de terror com palhaços assassinos. O box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’ está disponível para venda, no site da distribuidora, em www.colecioneclassicos.com.br. Conheça os filmes, abaixo, com comentários meus.
 
Diversão macabra

Três amigas de infância caem nas garras de um perverso assassino, que se veste de palhaço para matar suas vítimas.
Lançado em 2008, a coprodução EUA/Hungria, dirigida por John Simpson, é um filme de terror independente trash, sobre três amigas de infância que caem nas mãos de um perigoso serial killer, que as aprisiona num galpão abandonado e as tortura, vestido de palhaço. Cruel, de espírito sádico, o assassino tem um plano horripilante para cada uma delas. Com poucas mortes, mas muita perseguição e gritaria, o filme tem traços de ‘O médico e o monstro’, com doses extras de violência. O roteiro é de Jake Wade Wall, que já havia escrito filmes de psicopatas, como os remakes ‘Quando um estranho chama’ (2006), e ‘A morte pede carona’ (2007). No elenco tem Jessica Lucas, Katheryn Winnick, Keir O'Donnell e participação especial de Rena Owen. Longe de ser especial ou marcante, apenas assistível e para fãs de terror macabro. Sai em DVD pela Obras-primas do Cinema no box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’, que contêm ainda três filmes recentes do tema, ‘Stitches: O retorno do palhaço assassino’ (2012), ‘Terrifier: O início’ (2013) e ‘Clown’ (2014).

Diversão macabra (Amusement). EUA/Hungria, 2008, 85 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por John Simpson. Distribuição: Obras-primas do Cinema



Stitches: O retorno do palhaço assassino

Richard Grindle (Ross Noble) trabalha esporadicamente como palhaço animando festas de crianças. Apelidado de Stitches, não gosta da profissão. Num dos aniversários infantis, tropeça no cadarço após ser zoado pelas crianças, bate a cabeça e morre. Cinco anos depois, retorna do túmulo para se vingar dos agora adolescentes que aprontaram com ele no passado.

Coprodução Irlanda/Suécia/Reino Unido, de 2012, com direção de Conor McMahon, é um dos melhores filmes do box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’, lançado pela Obras-primas do Cinema e que traz junto ‘Diversão macabra’ (2008), ‘Terrifier: O início’ (2013) e ‘Clown’ (2014). Feito com baixíssimo orçamento, é uma comédia de terror propositalmente tosca, com cenas altamente sanguinárias, com sangue bem vermelho espirrando na tela e cabeças sendo cortadas. E tripas também. O comediante e humorista stand up inglês Ross Noble estreou no cinema aqui, na pele de um palhaço que trabalha em festas de crianças. Numa tarde, os pirralhos de uma festinha o castigam, até chegar a uma fatalidade – ele morre ao tropeçar nos cadarços amarrados por um dos meninos bagunceiros. Cinco anos depois, os meninos viraram jovens, estão no colegial e se preparam para uma festa até altas horas da madrugada. O palhaço Stitches sai do túmulo, como morto-vivo, em busca de vingança, invadindo a festa e tocando o terror. Mortes inusitadas, humor negro de sobra e muitas armadilhas cruéis tornam o filme diversão total. Vá preparado sabendo que é um pastelão com monstruosidades!

Stitches: O retorno do palhaço assassino (Stitches). Irlanda/Suécia/Reino Unido, 2008, 86 minutos. Terror/Comédia. Colorido. Dirigido por Conor McMahon. Distribuição: Obras-primas do Cinema


Clown

Kent (Andy Powers), um pai dedicado, veste-se de palhaço para animar a festa de seis anos do filho. O que ele não sabe é que a roupa está possuída por um demônio. Kent não consegue mais retirá-la e vai se transformando numa criatura infernal e assassina.

Estreia de Jon Watts no cinema, depois de uma dezena de curtas e clipes musicais. Norte-americano, Watts faria bons filmes em seguida, alguns conhecidos do público – ‘A viatura’ (2015), um suspense caprichado com Kevin Bacon, e a dose tripla ‘Homem-Aranha: De volta ao lar’ (2017), ‘Homem-Aranha: Longe de casa’ (2019) e ‘Homem-Aranha: Sem volta para casa’ (2021), todos com Tom Holland, os que renderam maior bilheteria da franquia e pra mim os melhores capítulos do famoso super-herói da Marvel. Watts aqui investiu no ‘body horror’, uma fita menor de terror, com escatologias e perversidades. É a história de um rapaz que encontra uma roupa de palhaço e a veste para a festa do filho pequeno. Só que a roupa gruda nele, e o coitado nunca mais consegue tirá-la. Aos poucos, a roupa, amaldiçoada, mistura-se ao seu corpo, transformando o homem num palhaço demoníaco, sedento por sangue. O sobrenatural e o horror orgânico se encontram nesse filme curioso, com cenas aflitivas, cuja classificação indicativa é de 18 anos. Protagonizado por Andy Powers, da série ‘Taken’, tem participação de Peter Stormare, de ‘Fargo’ (1996), e há momentos que lembra ‘It’, de Stephen King. Produzido por Eli Roth, hoje destacado no cinema de horror, é um filme para público de estômago forte. Um dos melhores longas do box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’, lançado recentemente pela Obras-primas do Cinema, que contêm ainda três filmes recentes do tema, ‘Diversão macabra’ (2008), ‘Stitches: O retorno do palhaço assassino’ (2012) e ‘Terrifier: O início’ (2013).

Clown (Idem). EUA/Canadá, 2014, 100 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por Jon Watts. Distribuição: Obras-primas do Cinema


Terrifier: O início

* Reedição

Uma babá encontra vários VHS guardados na casa em que está trabalhando. Sozinha, enquanto as crianças que cuida dormem, ela dá play nas fitas, que contêm histórias chocantes de terror, todas ligadas por um estranho palhaço assassino. Horas depois, o temível psicopata com maquiagem no rosto invade a residência.


Primeiro longa-metragem com Art, o cruel palhaço assassino, que se popularizaria três depois, com ‘Terrifier’ (2016), ganhando um filme próprio com mortes escabrosas e muito sangue. Esse ‘Terrifier: O início’ é uma prévia do que viria a ser a futura franquia; aqui, o assassino aparece pouco, na verdade ele nem é a figura central. O filme era derivado do curta-metragem ‘Terrifier’ (2011), um pequeno projeto autoral de Damien Leone, com um palhaço assassino atacando nas ruas escuras. O ator que interpreta Art, no curta, retorna aqui no mesmo papel, Mike Giannelli. Na história, uma babá, durante uma noite de trabalho cuidando de crianças numa residência, perambula pelos cômodos e encontra fitas VHS numa sacola. Resolve assistir ao conteúdo e depara-se com cenas reais de uma antiga gravação com crimes chocantes. Nelas, Art, o palhaço, aparece, só que ele será o pesadelo da babá horas depois quando ‘sai’ das fitas para atacá-la de verdade. Tem gore e violência, mas nada comparado aos três próximos filmes que Leone dirigiria, considerado pelos fãs os ‘verdadeiros Terrifier’ – nos outros, ele mudou elenco, permaneceu como filmes de baixo orçamento, mas com assassinatos mais insanos e cruéis, chegando ao limite do sadismo. Os filmes seguintes seriam ‘Terrifier’ (2016), ‘Terrifier 2’ (2022) e ‘Terrifier 3’ (2024), este nos cinemas brasileiros hoje. A cada novo longa-metragem, o orçamento cresceu, os baldes de sangue se avolumaram e os fãs alucinaram, tornando sólida a franquia com boa bilheteria mundial. Não leve a sério, apenas assista e tome alguns sustos... Esse ‘Terrifier: O início’ homenageia fitas de terror com babás perseguidas por assassinos, como nos antológicos slashers ‘Halloween – A noite do terror’ (1978) e ‘Mensageiro da morte’ (1979). Saiu em bluray pela Obras-primas do Cinema, com luva especial, cards e extras, e em DVD, pela mesma distribuidora, no box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’, com mais três filmes na caixa – ‘Diversão macabra’ (2008), ‘Stitches – O retorno do palhaço assassino’ (2012) e ‘Clown’ (2014). Também está no streaming, no Prime Video.

Terrifier: O início (All Hallows' Eve). EUA, 2013, 82 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por Damien Leone. Distribuição: Obras-primas do Cinema

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