Piratas do Caribe – No Fim do Mundo
No filme anterior, “Piratas do Caribe 2 – O Baú da Morte”, capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) foi engolido pelo Kraken e levado ao fim do mundo. Nesta nova aventura da série, a turma de desbravadores, entre eles Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley) e capitão Barbossa (Geoffrey Rush), vão até Cingapura para encontrar pistas que possam levá-los até o paradeiro de Sparrow. A jornada não será fácil, e o grupo terá de enfrentar muitas aventuras envolvendo figuras místicas e monstros.
Assumo que sou fã inveterado da série “Piratas do Caribe”. Como não havia assistido “No Fim do Mundo” nos cinemas, aluguei semana passada em DVD e, de quebra, assisti aos dois anteriores em uma tacada só. Mas irei deixar de lado meus sentimentos e partir direto ao que interessa aos leitores.
O terceiro filme da franquia traz, como ponto de partida da história, a busca pelo pirata Jack Sparrow, desaparecido no longa anterior, “O Baú da Morte”. E apenas isto. Não há especialmente nenhuma novidade a mais. Por ter sido rodado simultaneamente com o anterior, os personagens do segundo filme retornam aqui, como o pirata com cara de polvo Davy Jones e seus capangas cobertos de ostras e corais, além do disputado baú da morte. Capitão Barbossa, que antes apareceu nos minutos finais, volta a ter participação importante. E não esquecendo que o filme é uma verdadeira babel. Em determinado momento, há uma mistura de raças, como ingleses, orientais e árabes, todos intrigados e querendo mostrar força.
É o típico filme de uma história arrastada, sem reviravoltas ou surpresas empolgantes. Passa longe em ter a originalidade do primeiro filme. Mas, mesmo assim, nada disto propicia dissabor e torna-o ruim. Aqui, os fatos ficam mais esclarecidos e o enredo ainda prende a atenção. Para falar a verdade, não me decidi se prefiro este ou o anterior.
Escorregadas na estrutura do filme existem. 1º) É muito longo, o que pode ser cansativo para o público em geral. Aliás, a cada filme da série aumentava-se a duração. O primeiro já era grande, tinha 143 minutos; este então é um exagero total, 167 minutos. 2º) O competente ator chinês Chow Yun-Fat interpreta o intrépido capitão Sao Feng, de Cingapura, uma figura marcante. Infelizmente sua aparição é rápida demais, um personagem pouco aproveitado. Para compor o vilão, o ator utilizou uma maquiagem bem carregada (bigode fino de mandarim, sobrancelha estabanada, marcas pelo corpo todo, inclusive cicatrizes vorazes no rosto). 3º) Gerou-se muita expectativa em ver o guitarrista Keith Richards, um dos fundadores da banda inglesa Rolling Stones, interpretar o pai de Jack Sparrow, capitão Teague. O personagem apenas “aparece”, diz umas palavrinhas e sai de cena. Uma decepção. Não contei, mas a participação dele não ultrapassa três minutos de filme.
Para equilibrar as falhas, os pontos positivos. A direção de arte é o que mais me atraiu. Logo no início, uma exótica Cingapura, numa mistura de extravagância, misticismo e sujeira. Depois uma seqüência com outro visual bonito, no caso as geleiras e os personagens cobertos de neve. Os efeitos especiais completam e provocam o deleite do público, como a deusa Calypso em plena transformação e a virada do navio pela força humana. As batalhas entre navios são bem projetadas.
Temos uma brincadeira (homenagem?) usando o estilo de filmes faroeste, em especial o mestre Sergio Leone. Uma trilha sonora semelhante à de “Era uma Vez no Oeste”, só que remixada, com três pistoleiros chegando para lutar com outros três. E tudo filmado em close-up, inclusive o jeitoso andar dos personagens.
Deu para perceber que, em meio à longa duração, tudo acontece. Aquela “salada” de aventura, comédia, suspense, terror e romance permanece como marca registrada da franquia.
Acredito que “No Fim do Mundo” ainda terá a opinião dividida. Tenho dúvidas se este terceiro irá emplacar. Pelo visto, não. Poucos adoram, enquanto grande parcela odeia o filme.
“Piratas do Caribe – No Fim do Mundo” (que não recebeu o número “3” no título) recebeu duas indicações ao Oscar este ano: maquiagem e efeitos especiais. E uma indicação ao Framboesa de Ouro (os piores do ano), na categoria ator coadjuvante (Orlando Bloom). (Por Felipe Brida)
Título original: Pirates of the Caribbean: At World’s End
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Orlando Bloom, Keira Knightley, Jack Davenport, Chow Yun-Fat, Bill Nighy, Naomie Harris, Jonathan Pryce, Stellan Skarsgard, Lee Arenberg, Keith Richards.
Direção: Gore Verbinski
Gênero: Aventura
Duração: 167 min.
No filme anterior, “Piratas do Caribe 2 – O Baú da Morte”, capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) foi engolido pelo Kraken e levado ao fim do mundo. Nesta nova aventura da série, a turma de desbravadores, entre eles Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley) e capitão Barbossa (Geoffrey Rush), vão até Cingapura para encontrar pistas que possam levá-los até o paradeiro de Sparrow. A jornada não será fácil, e o grupo terá de enfrentar muitas aventuras envolvendo figuras místicas e monstros.
Assumo que sou fã inveterado da série “Piratas do Caribe”. Como não havia assistido “No Fim do Mundo” nos cinemas, aluguei semana passada em DVD e, de quebra, assisti aos dois anteriores em uma tacada só. Mas irei deixar de lado meus sentimentos e partir direto ao que interessa aos leitores.
O terceiro filme da franquia traz, como ponto de partida da história, a busca pelo pirata Jack Sparrow, desaparecido no longa anterior, “O Baú da Morte”. E apenas isto. Não há especialmente nenhuma novidade a mais. Por ter sido rodado simultaneamente com o anterior, os personagens do segundo filme retornam aqui, como o pirata com cara de polvo Davy Jones e seus capangas cobertos de ostras e corais, além do disputado baú da morte. Capitão Barbossa, que antes apareceu nos minutos finais, volta a ter participação importante. E não esquecendo que o filme é uma verdadeira babel. Em determinado momento, há uma mistura de raças, como ingleses, orientais e árabes, todos intrigados e querendo mostrar força.
É o típico filme de uma história arrastada, sem reviravoltas ou surpresas empolgantes. Passa longe em ter a originalidade do primeiro filme. Mas, mesmo assim, nada disto propicia dissabor e torna-o ruim. Aqui, os fatos ficam mais esclarecidos e o enredo ainda prende a atenção. Para falar a verdade, não me decidi se prefiro este ou o anterior.
Escorregadas na estrutura do filme existem. 1º) É muito longo, o que pode ser cansativo para o público em geral. Aliás, a cada filme da série aumentava-se a duração. O primeiro já era grande, tinha 143 minutos; este então é um exagero total, 167 minutos. 2º) O competente ator chinês Chow Yun-Fat interpreta o intrépido capitão Sao Feng, de Cingapura, uma figura marcante. Infelizmente sua aparição é rápida demais, um personagem pouco aproveitado. Para compor o vilão, o ator utilizou uma maquiagem bem carregada (bigode fino de mandarim, sobrancelha estabanada, marcas pelo corpo todo, inclusive cicatrizes vorazes no rosto). 3º) Gerou-se muita expectativa em ver o guitarrista Keith Richards, um dos fundadores da banda inglesa Rolling Stones, interpretar o pai de Jack Sparrow, capitão Teague. O personagem apenas “aparece”, diz umas palavrinhas e sai de cena. Uma decepção. Não contei, mas a participação dele não ultrapassa três minutos de filme.
Para equilibrar as falhas, os pontos positivos. A direção de arte é o que mais me atraiu. Logo no início, uma exótica Cingapura, numa mistura de extravagância, misticismo e sujeira. Depois uma seqüência com outro visual bonito, no caso as geleiras e os personagens cobertos de neve. Os efeitos especiais completam e provocam o deleite do público, como a deusa Calypso em plena transformação e a virada do navio pela força humana. As batalhas entre navios são bem projetadas.
Temos uma brincadeira (homenagem?) usando o estilo de filmes faroeste, em especial o mestre Sergio Leone. Uma trilha sonora semelhante à de “Era uma Vez no Oeste”, só que remixada, com três pistoleiros chegando para lutar com outros três. E tudo filmado em close-up, inclusive o jeitoso andar dos personagens.
Deu para perceber que, em meio à longa duração, tudo acontece. Aquela “salada” de aventura, comédia, suspense, terror e romance permanece como marca registrada da franquia.
Acredito que “No Fim do Mundo” ainda terá a opinião dividida. Tenho dúvidas se este terceiro irá emplacar. Pelo visto, não. Poucos adoram, enquanto grande parcela odeia o filme.
“Piratas do Caribe – No Fim do Mundo” (que não recebeu o número “3” no título) recebeu duas indicações ao Oscar este ano: maquiagem e efeitos especiais. E uma indicação ao Framboesa de Ouro (os piores do ano), na categoria ator coadjuvante (Orlando Bloom). (Por Felipe Brida)
Título original: Pirates of the Caribbean: At World’s End
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Orlando Bloom, Keira Knightley, Jack Davenport, Chow Yun-Fat, Bill Nighy, Naomie Harris, Jonathan Pryce, Stellan Skarsgard, Lee Arenberg, Keith Richards.
Direção: Gore Verbinski
Gênero: Aventura
Duração: 167 min.
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