sábado, 6 de julho de 2019

Resenha Especial



Homem-Aranha: De volta ao lar

O adolescente Peter Parker (Tom Holland) está em conflito tentando compreender sua identidade recém-descoberta, a do Homem-Aranha. Na escola não pode comentar com os amigos sobre seus poderes especiais de super-herói, nem mesmo para a família. Certo dia chega a notícia de que um vilão ameaçador atacará Nova York em breve; ele se chama Abutre (Michael Keaton), um homem de meia-idade vingativo, que tem habilidade de voar e caçar as pessoas impiedosamente com suas garras de metal. Parker precisará então lidar com seu alter-ego, para que Homem-Aranha defenda a cidade.

A franquia “Spider-Man” ganhou uma nova trilogia a partir de 2017 com este “De volta ao lar”, a melhor das aventuras de Homem-Aranha já produzidas em Hollywood, um entretenimento empolgante para ninguém botar defeito. O franzina Tom Holland comprovou ser o mais parecido com o personagem das HQs, um rapaz novinho, com cara e corpo de adolescente em formação. Tem energia de sobra e nos momentos oportunos sabe ser engraçado. Vale mencionar, Tom Holland não tem nada a ver com o cineasta homônimo, diretor das primeiras versões de “A hora do espanto” (1985) e “Brinquedo assassino” (1988). Ele é britânico, completou essa semana 23 anos, estreou nos cinemas aos 16 em “O impossível” (2012) e até agora interpretou Homem-Aranha cinco vezes: em “Capitão América: Guerra civil” (2016), este aqui, de 2017, depois “Vingadores: Guerra infinita” (2018), “Vingadores: Ultimato” (2019) e “Homem-Aranha: Longe de casa”, que entrou em cartaz anteontem, com ótima recepção de público e crítica.
Mesmo com duração exagerada, 133 minutos (os filmes da Marvel vêm apostando em narrativas longas, veja o maior de todos, “Vingadores: Ultimato”, com 181 minutos!), o filme é pura emoção para os fãs e para quem curte fitas de ação com superheroes, com a qualidade máxima da Marvel Studios. Os produtores acertaram ao convidarem um diretor que tem na carreira altos e baixos, Jon Watts (do bom suspense/ação “A viatura”, e da fraquinha fita de horror “Clown”), um americano de espírito jovial que escreveu o roteiro junto com seis amigos, baseado nas criações de Stan Lee e Steve Ditko.
É a primeiro Homem-Aranha a reunir outros heróis do universo Vingadores; aparecem aqui Homem de Ferro (Robert Downey Jr), com piadas divertidas (Peter Parker é fã dele e torna-se um pupilo), e Capitão América (Chris Evans), e a dose se repetiria nos anos seguintes com a explosão das continuações de “Vingadores”.
Não poderia faltar um bom vilão moderno. Inseriram neste capítulo Abutre (Michael Keaton), um cara vingativo e sádico. E Keaton está ótimo com sua cara de doido! O ator, que viveu “Batman” no cinema, retornou com tudo depois de ter ganhado o Oscar por “Birdman ou (A inesperada virtude da ignorância” (2014), e coincidentemente lá seu personagem também voava!


“De volta ao lar” tem cenas eletrizantes, como a do navio que se parte ao meio, e Homem-Aranha terá de juntá-lo com teias para salvar as pessoas a bordo, além de escaladas em prédios, perseguições na terra e no céu e explosões homéricas. Acompanha na aventura uma boa trilha sonora com músicas dos anos 80 e 90, como Ramones (com “Blitzkrieg Bop”), e, claro, a famosa música-tema, com novos arranjos.
Um filmão-pipoca para ver entre amigos e torcer pelo famoso personagem da Marvel, que teve uma das maiores bilheterias da franquia desde “Homem-Aranha” (2002, com Tobey Maguire), totalizando U$ 880 milhões no mundo.

Homem-Aranha: De volta ao lar (Spider-Man: Homecoming). EUA, 2017, 133 minutos. Ação. Colorido. Dirigido por Jon Watts. Distribuição: Sony Pictures

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