Terra dos faraós
No Antigo Egito, o faraó Khufu, conhecido por Quéops
(Jack Hawkins), planeja a construção de uma pirâmide grandiosa para ser
enterrado quando morrer. Para isso, mobiliza arquitetos e dezenas de escravos
para erguê-la. Egocêntrico, Quéops exige segurança máxima na pirâmide, pois
junto de seu corpo será enterrado todo seu tesouro, à espera da próxima vida.
Conhece então uma princesa, Nellifer (Joan Collins), jovem enigmática que tem
planos traiçoeiros.
Drama histórico com ares aventureiros filmado no
Cairo e em outras cidades do Egito, um clássico de Hollywood feito no auge das
superproduções épicas, com milhares de figurantes – participaram cerca de 10
mil pessoas, além de um elenco de peso e figurinos luxuosos. É um espetáculo
visual que foca no reinado de Quenum Khufu, o monarca Quéops, no Antigo Egito,
que governou o Império egípcio entre os anos de 2589 a 2566 a.C.,
principalmente na ideia megalomaníaca dele de construir a maior pirâmide do
mundo, para ser enterrado quando morresse. O projeto deu certo, demorou 20 anos
a construção, houve inúmeros conflitos e mortes – a Pirâmide de Quéops, chamada
de Grande Pirâmide de Gizé, é a mais antiga das Sete Maravilhas do Mundo Antigo
e a maior das três pirâmides na Necrópole de Gizé, na fronteira de Gizé com
Cairo, com quase 150 metros de altura.
É puro suco de entretenimento, não reconstitui
precisamente a História real do Egito, assim como muitos filmes épicos
norte-americanos da época, e vemos o ponto de vista dos americanos sobre o
Egito. Mas a história é intensa, curiosa e que vale a assistida. Tem o inglês
Jack Hawkins, de ‘Ben Hur’ (1959), Joan Collins, de ‘Esther e o rei’ (1960),
Dewey Martin, de ‘O monstro do Ártico’ (1951) e o filho de Charles Chaplin,
Sidney Chaplin, de ‘Luzes da ribalta’ (1952).
Roteiro do premiado Harry Kurnitz, com contribuição
do escritor prêmio Nobel William Faulkner, e trilha retumbante do russo Dimitri
Tiomkin. Quem dirige é Howard Hawks, de ‘Rio vermelho’ (1948), o mestre do
faroeste psicológico, em sua única incursão em filmes épicos. O filme fracassou
nas bilheterias da época e depois foi muito reprisado na TV aberta. Em DVD pela
Versátil e pela Classicline.
Terra dos faraós (Land of the pharaohs). EUA, 1955, 105
minutos. Aventura/Drama. Colorido. Dirigido por Howard Hawks. Distribuição: Versátil
e Classicline
Krakatoa – O inferno de Java
Em
1883, durante uma missão no mar, o capitão Hanson (Maximilian Schell) leva a
tripulação do navio Batavia para resgatar embarcações naufragadas nas Índias
Orientais Holandesas. A ideia é encontrar tesouros perdidos. Só que no
percurso, o vulcão Krakatoa, na ilha de Java, entra em erupção destruindo tudo
pela frente.
Disaster movie dos anos 60 inspirado no trágico e famoso caso do vulcão de Krakatoa, na ilha de Java, nos arredores da Indonésia, que em 1883 erupcionou matando 35 mil pessoas – é até hoje a maior tragédia natural envolvendo vulcões. Lava e detritos foram arremessados a quilômetros de distância, atingindo o mar e dizimando pequenas ilhas nos arredores. Também causou tsunamis que devastaram cidades e foram percebidos até na Inglaterra. O estrondo, segundo relatam, pôde ser ouvido a cinco mil quilômetros das ilhas de Java e Sumatra, localização do vulcão, e o efeito pós-erupção ocasionou uma mudança drástica na temperatura da região. Pois bem, esse é o contexto em que se baseou o filme de ação/aventura/drama indicado ao Oscar de efeitos especiais, uma fita popular com grande elenco e visual um pouco brega para os padrões de hoje. A história acompanha a jornada do capitão Hanson pelos mares das Índias em busca de navios naufragados, para caçar ouro e tesouros. Isso ocupa mais da metade da trama, com os conflitos entre tripulação e a equipe de resgate do navio, até chegar o momento ápice do Krakatoa, na meia hora final apenas, quando a tragédia toma conta da tela. Boa parte das cenas da destruição pelo vulcão foram feitas em miniatura, com maquetes e explosivos - há alguns erros visíveis de continuidade, mas não atrapalha no espetáculo visual que o filme proporciona.
Disaster movie dos anos 60 inspirado no trágico e famoso caso do vulcão de Krakatoa, na ilha de Java, nos arredores da Indonésia, que em 1883 erupcionou matando 35 mil pessoas – é até hoje a maior tragédia natural envolvendo vulcões. Lava e detritos foram arremessados a quilômetros de distância, atingindo o mar e dizimando pequenas ilhas nos arredores. Também causou tsunamis que devastaram cidades e foram percebidos até na Inglaterra. O estrondo, segundo relatam, pôde ser ouvido a cinco mil quilômetros das ilhas de Java e Sumatra, localização do vulcão, e o efeito pós-erupção ocasionou uma mudança drástica na temperatura da região. Pois bem, esse é o contexto em que se baseou o filme de ação/aventura/drama indicado ao Oscar de efeitos especiais, uma fita popular com grande elenco e visual um pouco brega para os padrões de hoje. A história acompanha a jornada do capitão Hanson pelos mares das Índias em busca de navios naufragados, para caçar ouro e tesouros. Isso ocupa mais da metade da trama, com os conflitos entre tripulação e a equipe de resgate do navio, até chegar o momento ápice do Krakatoa, na meia hora final apenas, quando a tragédia toma conta da tela. Boa parte das cenas da destruição pelo vulcão foram feitas em miniatura, com maquetes e explosivos - há alguns erros visíveis de continuidade, mas não atrapalha no espetáculo visual que o filme proporciona.
Rodado em Cinerama, uma tela enorme e pioneira na época, foi precursor do chamado ‘Disaster movie’, que ficaria popular na década seguinte e traria sempre elenco de famosões – em ‘Krakatoa’ temos premiados e indicados ao Oscar, como Maximilian Schell, Sal Mineo, Diane Baker e Brian Keith. Antigamente saiu em DVD numa cópia sofrível, mas há poucos anos a Classicline o relançou no enquadramento correto de tela – procure essa versão se for ver, que é a de cinema, com 131 minutos – isso porque há uma versão estendida de 147 minutos, só distribuída no Reino Unido.
Krakatoa
– O inferno de Java (Krakatoa
– East of Java). EUA, 1968, 131 minutos. Aventura/Drama. Colorido. Dirigido por
Bernard L. Kowalski. Distribuição: Classicline
Nenhum comentário:
Postar um comentário