segunda-feira, 24 de junho de 2019



Operação Overlord

Na Segunda Guerra Mundial, às vésperas do Dia D, paraquedistas norte-americanos são alvo de um ataque aéreo, e o avião deles cai em um vilarejo. Os sobreviventes descobrem que na região sádicos nazistas comandam estranhos experimentos com humanos.

O teaser que começou a circular na rede na metade do ano passado já supunha um filme de zumbis na Segunda Guerra, chamando a atenção a assinatura de J. J. Abrams como produtor (parceiro de Steven Spielberg, ele realizou fitas de ficção científica fantásticas, como “Star Trek”, “Super 8” e “Star Wars: O despertar da força”). Ou seja, com Abrams à frente do projeto poderíamos esperar um filmão, com um enfoque diferenciado. E não é que deu super certo? O filme é ação sem parar com terror, violência, sangue e criaturas monstruosas, uma coprodução Estados Unidos e Canadá que infelizmente não rendeu bilheteria suficiente (teve o mesmo custo do filme, U$ 40 milhões). Eu assisti numa sessão empolgante e lotada na 42ª Mostra Internacional de Cinema de SP, em outubro de 2018, e revi ontem em DVD, recém-lançado pela Paramount Pictures.
A abertura, com créditos retrô, num design envelhecido, é um legítimo filme de guerra, que prende de imediato a atenção do público: vemos soldados paraquedistas do lado dos Aliados afoitos em um avião, às vésperas do notório Dia D, em 1944. A missão do grupo é destruir uma base dos nazistas na Normandia (França), que é a tal Operação Overlord (que realmente existiu). São atacados no ar, o avião cai e alguns sobrevivem numa floresta. Uma moradora dos arredores os leva para um vilarejo onde detectam terríveis experimentos dos nazistas em um laboratório envolvendo criaturas superpoderosas meio zumbis, criadas para matar em nome do Terceiro Reich. Do filme de guerra parte para uma fita de monstros bizarros, sangue pra todo lado, perseguições etc


Não tem atores conhecidos, há bons efeitos visuais de explosões, maquiagem medonha dos zumbis, é uma boa surpresa que dá uma injeção de adrenalina na mente do telespectador. Lembra, pelo tema, uma fita de mortos-vivos na guerra que vi há muito tempo, a norueguesa “Zumbis na neve” (2009), que teve continuação inclusive melhor que a original.
Quem dirige é Julius Avery, da impactante fita de ação “Sangue jovem” (2014), com roteiro do indicado ao Oscar Bill Ray (por “Capitão Phillips”, e é dele também “Jogos vorazes”) e de Mark L. Smith (de “O regresso”). Vá por mim e experimente!

Operação Overlord (Overlord). EUA/Canadá, 2018, 109 minutos. Ação/Terror. Colorido. Dirigido por Julius Avery. Distribuição: Paramount Pictures

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