Império dos sonhos
A atriz veterana Nikki Grace (Laura Dern) recebe a proposta para atuar no remake de um filme polonês onde parte da equipe morreu misteriosamente. Aos poucos, ela assume o lado doentio da personagem, atormentada por estranhos sonhos.
O mais ousado filme experimental do cultuado diretor David Lynch, famoso por fitas esquisitas e super tétricas, como “Cidade dos sonhos”, “Duna” e “Veludo Azul” (mas também de um dos meus preferidos, o excelente “O homem elefante”). Aqui, exagera em um longo delírio surrealista com visual alucinado, sem referentes, desconexo, difícil de explicar e de entender. Interminável, tem três horas de duração.
A apresentação básica é bem explicada: uma atriz em má fase da carreira (a ótima Laura Dern) começa a trabalhar em um filme, a convite de um diretor (rápida aparição de Jeremy Irons). Aos poucos ela descobre histórias de bastidores (a morte da equipe do projeto original, na Polônia) e rapidamente absorve a identidade da personagem que interpreta, tornando-se uma mulher perturbada à beira da loucura. Porém o roteiro explode numa série de esquisitices, com pesadelos coloridos, gente com forma de animal e outras bizarrices, que nada mais é do que um difícil exercício de estilo de Lynch, repleto de imagens retorcidas e closes absurdos. Como a maioria de suas obras, o cineasta não faz questão de explicar nada; ele mesmo diz de boca cheia que os filmes que lança mescla tendências abstracionistas com Dadaísmo e Surrealismo.
Complexo para o público comum, muitos encontrarão dificuldade em chegar ao final.
Ganhou prêmio menor numa mostra paralela dentro do Festival de Veneza. Quem vai arriscar? Por Felipe Brida
Império dos sonhos (Inland empire). EUA/França, 2006, 180 min. Drama. Dirigido por David Lynch. Distribuição: Europa Filmes
A atriz veterana Nikki Grace (Laura Dern) recebe a proposta para atuar no remake de um filme polonês onde parte da equipe morreu misteriosamente. Aos poucos, ela assume o lado doentio da personagem, atormentada por estranhos sonhos.
O mais ousado filme experimental do cultuado diretor David Lynch, famoso por fitas esquisitas e super tétricas, como “Cidade dos sonhos”, “Duna” e “Veludo Azul” (mas também de um dos meus preferidos, o excelente “O homem elefante”). Aqui, exagera em um longo delírio surrealista com visual alucinado, sem referentes, desconexo, difícil de explicar e de entender. Interminável, tem três horas de duração.
A apresentação básica é bem explicada: uma atriz em má fase da carreira (a ótima Laura Dern) começa a trabalhar em um filme, a convite de um diretor (rápida aparição de Jeremy Irons). Aos poucos ela descobre histórias de bastidores (a morte da equipe do projeto original, na Polônia) e rapidamente absorve a identidade da personagem que interpreta, tornando-se uma mulher perturbada à beira da loucura. Porém o roteiro explode numa série de esquisitices, com pesadelos coloridos, gente com forma de animal e outras bizarrices, que nada mais é do que um difícil exercício de estilo de Lynch, repleto de imagens retorcidas e closes absurdos. Como a maioria de suas obras, o cineasta não faz questão de explicar nada; ele mesmo diz de boca cheia que os filmes que lança mescla tendências abstracionistas com Dadaísmo e Surrealismo.
Complexo para o público comum, muitos encontrarão dificuldade em chegar ao final.
Ganhou prêmio menor numa mostra paralela dentro do Festival de Veneza. Quem vai arriscar? Por Felipe Brida
Império dos sonhos (Inland empire). EUA/França, 2006, 180 min. Drama. Dirigido por David Lynch. Distribuição: Europa Filmes
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