127 horas
Em 2003, o alpinista americano Aron Ralston (James Franco) parte sozinho para as montanhas de Utah, onde fará uma escalada. Certo dia, tropeça, cai dentro de uma fenda e fica com o braço preso em uma rocha. Com o passar dos dias, aprisionado naquele buraco, com o membro superior estilhaçado, o jovem enfrentará uma verdadeira batalha pela vida.
Exemplar fita dramática sobre sobrevivência, “127 horas” recebeu seis indicações ao Oscar desse ano: melhor filme, ator (James Franco – nomeado ainda ao principais prêmios do cinema, como Globo de Ouro, SAG e Bafta), roteiro adaptado, edição, trilha sonora e canção original (“If I Rise”). Um grande feito do exímio diretor Danny Boyle, um dos meus preferidos, que também assina a produção e o roteiro, baseado no livro autobiográfico do alpinista Aron Ralston, cuja história de vida chocou o mundo.
De espírito aventureiro, Ralston, na escalada das montanhas de Utah, passou por cinco dias de tensão depois de escorregar numa fresta, ficando preso pelo braço, esmagado por uma imensa rocha. Nessas 127 horas, o alpinista gravava vídeos com uma câmera portátil, dia e noite, as peripécias pra sair com vida do local, vale lembrar isolado do mundo. Enfrentou sol, chuva, passou fome, teve anemia, infecções, desnutrição, até culminar com um ato impensável: amputar o próprio braço para poder fugir. Tal membro, o vilão da história, “aprisionava” Ralston, imobilizado, embaixo do mundo, no meio da fenda escura da montanha.
Ao longo do filme, sonha com a vida normal, festas regadas a bebedeiras, tem alucinações com a morte etc – tudo o que, realmente, aconteceu com o alpinista real conforme relatado no seu livro “Between a rock and a hard place”.
É uma lição de sobrevivência amarga, triste, muito bem interpretada pelo ator James Franco em um tour-de-force excepcional. Percebam a transformação do personagem desde o primeiro dia até o último, com uma maquiagem surpreendente (o rosto queimado pelo sol, os lábios secos, o braço apodrecendo).
A cena estarrecedora da amputação do braço, com cerca de cinco minutos, chocou platéias e ainda causa aflição – é a sequência mais comentada do filme.
Hoje, Ralston está casado, tem 35 anos, usa uma prótese e ministra palestras em universidades. Os vídeos reais dele estão disponíveis na internet, no Youtube por exemplo.
Um dos destaques do cinema nesse ano. Procure já. Por Felipe Brida
127 horas (127 hours). EUA, 2010, 94 min. Drama. Dirigido por Danny Boyle. Distribuição: Fox Home
Em 2003, o alpinista americano Aron Ralston (James Franco) parte sozinho para as montanhas de Utah, onde fará uma escalada. Certo dia, tropeça, cai dentro de uma fenda e fica com o braço preso em uma rocha. Com o passar dos dias, aprisionado naquele buraco, com o membro superior estilhaçado, o jovem enfrentará uma verdadeira batalha pela vida.
Exemplar fita dramática sobre sobrevivência, “127 horas” recebeu seis indicações ao Oscar desse ano: melhor filme, ator (James Franco – nomeado ainda ao principais prêmios do cinema, como Globo de Ouro, SAG e Bafta), roteiro adaptado, edição, trilha sonora e canção original (“If I Rise”). Um grande feito do exímio diretor Danny Boyle, um dos meus preferidos, que também assina a produção e o roteiro, baseado no livro autobiográfico do alpinista Aron Ralston, cuja história de vida chocou o mundo.
De espírito aventureiro, Ralston, na escalada das montanhas de Utah, passou por cinco dias de tensão depois de escorregar numa fresta, ficando preso pelo braço, esmagado por uma imensa rocha. Nessas 127 horas, o alpinista gravava vídeos com uma câmera portátil, dia e noite, as peripécias pra sair com vida do local, vale lembrar isolado do mundo. Enfrentou sol, chuva, passou fome, teve anemia, infecções, desnutrição, até culminar com um ato impensável: amputar o próprio braço para poder fugir. Tal membro, o vilão da história, “aprisionava” Ralston, imobilizado, embaixo do mundo, no meio da fenda escura da montanha.
Ao longo do filme, sonha com a vida normal, festas regadas a bebedeiras, tem alucinações com a morte etc – tudo o que, realmente, aconteceu com o alpinista real conforme relatado no seu livro “Between a rock and a hard place”.
É uma lição de sobrevivência amarga, triste, muito bem interpretada pelo ator James Franco em um tour-de-force excepcional. Percebam a transformação do personagem desde o primeiro dia até o último, com uma maquiagem surpreendente (o rosto queimado pelo sol, os lábios secos, o braço apodrecendo).
A cena estarrecedora da amputação do braço, com cerca de cinco minutos, chocou platéias e ainda causa aflição – é a sequência mais comentada do filme.
Hoje, Ralston está casado, tem 35 anos, usa uma prótese e ministra palestras em universidades. Os vídeos reais dele estão disponíveis na internet, no Youtube por exemplo.
Um dos destaques do cinema nesse ano. Procure já. Por Felipe Brida
127 horas (127 hours). EUA, 2010, 94 min. Drama. Dirigido por Danny Boyle. Distribuição: Fox Home
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