Quem
a viu morrer?
Crianças
são assassinadas em Veneza por um serial killer. Um escultor fica preocupado
com as mortes, pois sua filha pequena mora com ele e pode ser a próxima vítima.
Um
autêntico giallo (suspense sangrento italiano) com o ator que interpretou James
Bond apenas uma vez no cinema, George Lazenby (no caso, o filme “007 - À
serviço secreto de sua majestade”, de 1969). Tem uma ambientação sinistra em
Veneza e seus canais de água, mortes sangrentas (como são de crianças,
amenizaram um pouco para não causar tanto choque no público), investigação no
estilo “Quem matou” e uma grande trilha sonora de Ennio Morricone, falecido
essa semana aos 91 anos. A direção caprichada de Aldo Lado, que um ano antes,
1971, estreou no cinema com outro giallo, “A breve noite das bonecas de vidro”,
mantém o clima de mistério do começo até o desfecho.
O giallo
se popularizou na Itália nos anos 70, com mais de 100 produções de
suspense/terror, que tinham enredo parecido, envolvendo vários assassinatos
macabros e um assassino solto por aí. Só mudavam os atores, diretores, os
cenários e panos de fundos – até os roteiristas costumavam ser os mesmos! O
giallo abriu escola, e nos Estados Unidos, nas décadas seguintes, surgiu dele o
“slasher movie”, com “Halloween: A noite do terror”, “Sexta-feira 13”, “Dia dos
Namorados macabros” e dezenas de fitas sanguinárias.
Além
de Lazenby, no elenco temos Adolfo Celi (que foi casado com Tônia Carrero e
viveu muito tempo no Brasil) e a sueca Anita Strindberg, atriz de vários gialli
nos anos 70.
É o
melhor filme do box “Giallo – volume 8”, lançado recentemente pela Versatil
Home Video, que traz ainda na caixa “A iguana da língua de fogo” (1971), “Morte
suspeita de uma adolescente” (1975) e “Terror em Veneza” (1978).
Quem
a viu morrer? (Chi
l'ha vista morire?). Itália/França, 1972, 94 minutos. Suspense/Terror. Colorido.
Dirigido por Aldo Lado. Distribuição: Versátil Home Video
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