Klute
– O passado condena
O
detetive particular John Klute (Donald Sutherland) investiga o desaparecimento
de um empresário em Nova York. Suas pistas o levam a uma misteriosa prostituta
de luxo, Bree (Jane Fonda). Mesmo contra a vontade, ela ajudará no caso. Para isso
Bree terá que ensinar a Klute como funciona o submundo da prostituição.
Thriller
engenhoso, “Klute”, que teve no Brasil um subtítulo sem sentido, é um suspense
classe A que deu a Jane Fonda seu primeiro Oscar em 1972, além do Globo de
Ouro. Ela está linda, então com 34 anos, no auge da carreira, contracenando com
outra fera do cinema, Donald Sutherland.
Intrigante
do começo ao fim, é uma obra inteligente que mistura política, crime, chantagem,
e foi um dos primeiros a mostrar a rotina das prostitutas de luxo em Nova York
(hoje vendo ficou um pouco datado, Jane Fonda com roupas coladas cheias de
lantejoulas, de cabelos curtinhos, mas a moda era essa - estamos falando de 1971).
Quem
conhece os trabalhos de Alan J. Pakula (1928-1998) vai notar a trama política crescendo
na história, com muitos nomes, personagens secundários, um quê de voyeurismo no
meio e espionagem. O diretor era um mestre no assunto, com fitas importantes como
“A trama” (1974), “Todos os homens do presidente” (1976) e “O dossiê pelicano”
(1993). Preste atenção nos detalhes para não se perder!
A
trilha sonora do minimalista Michael Small dá o tom para o clima de suspense, e
a fotografia perturbadora do genial Gordon Willis também – ele foi o diretor de
fotografia de vários filmes de Woody Allen (“Noivo neurótico, nova nervosa”, “Interiores”,
“Manhattan”, “Memórias”, “Zelig”), de clássicos do cinema como a trilogia “O
poderoso chefão” e depois trabalharia com Pakula em outros filmes, como o já
mencionado “Todos os homens do presidente”, “Raízes da ambição” e “Inimigo
íntimo”.
Recebeu
ainda indicação ao Oscar de melhor roteiro.
Klute
– O passado condena (Klute).
EUA, 1971, 114 minutos. Suspense. Colorido. Dirigido por Alan J. Pakula.
Distribuição: Warner Bros.
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