Sem
nada para assistir na quarentena? Conheça esses cinco títulos da California
Filmes em DVD.
O advogado
Frank Valera (Antonio Banderas) faz voto de silêncio enquanto procura os
assassinos da esposa e da filha.
Dos
produtores de “Os mercenários” (2010) e “Invasão a Londres” (2016), um thriller
modesto e movimentado, escrito por um roteirista de filmes menores de terror
(como “Luzes do além”) e dirigido por um cineasta israelense cuja carreira está
embasada em fitas baratinhas e populares de artes marciais, como “O lutador”,
“Ninja”, “O imbatível” – “Assassinos múltiplos” é o melhor longa desse cara, Isaac
Florentine.
Rodado
na Bulgária, tem uma trama semelhante a tantos derivados de “Desejo de matar”
(um clássico policial dos anos 70), com tiros pra lá e pra cá, porradas,
investigação e mortes. A distribuidora apenas se equivocou no título (por que
“Assassinos múltiplos”? Melhor teria sido a tradução direta do inglês, “Atos de
vingança”). Antonio Banderas é o ator central – repare em sua carreira irregular,
que vai de filmes de arte de Almodóvar a passatempozinhos tipo “Temperatura
máxima” como esse aqui. Atuam com ele o ator neozelandês Karl Urban e a
espanhola Paz Vega.
Assassinos
múltiplos (Acts of
vengeance). EUA/Bulgária, 2017, 87 minutos. Ação. Colorido. Dirigido por Isaac
Florentine. Distribuição: California Filmes
Desempregado,
o ex-militar Eddie (Antonio Banderas) aceita trabalhar como segurança em um
shopping de periferia. Logo no primeiro dia terá de proteger uma menina de 11
anos, alvo de um grupo de perigosos bandidos.
Mais
um passatempo de ação dos mesmos produtores de fitas rápidas do gênero, como “Dupla
explosiva” (2017), “Rambo: Até o fim” (2019) e “Invasão ao serviço secreto”
(2019), estrelada novamente por Antonio Banderas. Ele interpreta um veterano
dos serviços especiais da polícia envolvido numa emboscada, e após perder o
emprego vai trabalhar como segurança em um shopping numa área de risco. Mas
tudo já começa num turbilhão de emoções, quando precisa proteger uma garotinha sob
a mira de mafiosos, pois ela testemunhara um crime.
Não
exija muito, já sabemos como a fita irá terminar, e se te interessou, entregue-se
à trama, repleta de tiros, brigas e mortes, que conta no elenco com o grande Ben
Kingsley (na pele do vilão), ganhador do Oscar por “Gandhi” (1982). Em DVD pela
California Filmes.
Segurança em risco (Security). EUA, 2017, 91 minutos. Ação. Colorido. Dirigido por Alain Desrochers. Distribuição: California Filmes
Uma
agente muito louca
A desajeitada
e brincalhona policial Johanna Pasquali (Alice Pol) sonha em integrar o time da
R.A.I.D., a tropa de elite da França. Um dia recebe inesperadamente o convite
para trabalhar com esse seleto grupo, como parceira do agente Froissard (Dany
Boon), no combate a crimes em Paris.
Comédia
policial absurda que cumpre com sua função, ser um passatempo divertido, escrita,
dirigida e protagonizada por Dany Boon, de “A Riviera não é aqui” (2008). Ele
faz par com a doidinha Alice Pol, uma atriz talentosa, que exagera na forma,
nas caras e bocas quando é preciso para tornar possível as gags. Essa dupla
super improvável une forças para coibir crimes na França, mas a destrambelhada novata
dará uma dor de cabeça ao colega policial...
É daqueles
tipos de humor caótico, over, soa até bobinho, dentro de uma trama de
investigação criminal. Prepare-se para piadas malucas meio “A pantera
cor-de-rosa”, pastelão, momentos besteirol típicos de “Loucademia de polícia”,
tudo bem fotografado nas ruas de Paris e Bruxelas (a Bélgica é coprodutora do
filme). Dany boon é uma revelação na França, um dos nomes de destaque da atual produção
de comédia do país. No final há uma menção em texto como homenagem aos
policiais franceses (para não parecer que todos os policiais são abitolados
como a protagonista). Vale uma espiada sem compromisso.
Uma
agente muito louca (Raid
dingue). França/Bélgica, 2016, 105 minutos. Ação/Comédia. Colorido. Dirigido
por Dany Boon. Distribuição: California Filmes
Um
homem de família
Dane
(Gerard Butler) é um headhunter que atua numa concorrida empresa de RH de
Chicago. Apontado como o futuro diretor da empresa, enfrenta uma crise
profissional com uma colega de escritório, que também almeja o cargo. Se não
bastassem essas questões de trabalho, sua rotina entra em colapso com a notícia
de que o filho pequeno está diagnosticado com um câncer agressivo.
Um
drama triste, sensível, com Gerard Butler amadurecido, deixando de lado os
personagens clichês de policiais durões que sempre fez, para dar vida e sensibilidade
ao papel de um homem dividido entre o trabalho exaustivo e o desespero em
cuidar do filho doente (que acabou de ser diagnosticado com câncer). Ele é um
headhunter (um caçador de talentos), focado no trabalho, que agora terá a
rotina revirada de cabeça para baixo, tendo de assumir responsabilidades como “homem
de família”. O drama familiar discute questões sobre o mundo dos negócios em
uma das cidades mais agitadas dos Estados Unidos, Chicago, fala de ética nas relações
empresariais e critica a mentalidade de líderes inescrupulosos (que é o papel
de Willem Dafoe, que chega a dar raiva). Tem uma conclusão emocionante, que cativante
e nos dá esperança por dias melhores.
Rodado
no Canadá, tem no elenco Gretchen Mol, Alison Brie e Alfred Molina, roteiro de Bill
Dubuque, de “O juiz” (2014) e “O contador” (2016), e foi o primeiro longa do
diretor Mark Williams, parceiro de trabalho de Dubuque - juntos escreveram a série
do Netflix “Ozark” (2017-).
Não
confunda com o filme de mesmo título com Nicolas Cage, de 2000, uma agradável fita
natalina, de gênero fantasia.
Um
homem de família (A
Family man). EUA/Canadá, 2016, 110 minutos. Drama. Colorido. Dirigido por Mark
Williams. Distribuição: California Filmes
O
canal
O
arquivista de filmes David (Rupert Evans) sofre de depressão e acaba de
terminar o casamento. Chega até suas mãos um rolo de filme 16mm com imagens de
um terrível assassinato ocorrido há 110 anos, na mesma casa onde mora. Angustiado,
procura entender aquilo até que encontra um canal de água onde pode haver
respostas sobre o antigo crime.
Tenha
estômago forte e a mente sã para encarar esse filme de terror independente, rodado
em Dublin (Irlanda), que é pesado e tem um final ambíguo. Já começa com impacto
exibindo imagens sinistras de um vídeo caseiro, e daí a trama cresce, vai
ficando macabra, com alucinações, mexendo com temas sobrenaturais, corpos em
decomposição, assassinatos brutais e um maldito canal de água que corta a
cidade onde o personagem principal mora. Com uma fotografia escura, que
alternam os jogos visuais, a história é apreensiva e confunde – por isso,
preste atenção em cada detalhe das cenas.
Destaque
para o trabalho do britânico Rupert Evans, dos filmes “Hellboy” (2004), “Boneco
do mal” (2016) e “Pastoral americana” (2016), e que fez a série “O homem do
castelo alto” (2015-2019).
Escrito
e dirigido por um irlandês pouco conhecido, de longas independentes, Ivan
Kavanagh, “O canal” é seu trabalho mais pessoal, ganhador de vários prêmios em
festivais de cinema de horror.
O
canal (The canal).
Irlanda/Reino Unido, 2014, 93 minutos. Terror/Suspense. Colorido. Dirigido por Ivan
Kavanagh. Distribuição: California Filmes
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