sábado, 21 de março de 2020

Resenha Especial


Sob custódia

Três mulheres têm suas vidas completamente alteradas nos corredores da Vara de Família de Nova York.

Conheci somente agora esse bom filme dramático com um elenco monumental, um drama íntimo sobre vidas que se cruzam na corte americana em busca de uma nova realidade. Aparenta, de início, um contido exemplar do subgênero “filme de tribunal”, porém vai mais longe, tocando em temas humanos, concernentes a sacrifício, traição, desafeto, redenção e retomadas.
A trama explora a rotina de três mulheres que não se conhecem, até pisarem na Vara de Família. A primeira é uma juíza negra em crise no casamento (é chover no molhado dizer dela, a maravilhosa Viola Davis, premiada com o Oscar de coadjuvante por “Um limite entre nós”); ela preside o caso de uma mãe usuária de drogas cujos filhos estão sob custódia (papel da colombiana Catalina Sandino Moreno, sumida das telas, que foi indicada ao Oscar por “Maria Cheia de Graça”). E quem defende o caso dela é uma jovem advogada (Hayden Panettiere, duas vezes indicada ao Globo de Ouro pela série “Nashville: No ritmo da fama”), que tem uma desafiadora relação com a mãe idosa. As três estarão face a face no tribunal, numa causa decisiva, enquanto, fora de lá, lidam com uma série de tormentos pessoais.
Às vezes amargo, sem resoluções tão fáceis ou palatáveis, o filme abre os olhos do público para questões fundamentais da atualidade, não só vista em Nova York, e sim adaptada para qualquer realidade.
No elenco de apoio destaque para a veterana Ellen Burstyn (de “O exorcista”) e Tony Shalhoub (da série “Monk”). Assista, reflita, emocione-se. Disponível em DVD pela Universal Pictures.

Sob custódia (Custody). EUA, 2016, 103 minutos. Drama. Colorido. Dirigido por James Lapine. Distribuição: Universal Pictures

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