Três
mulheres têm suas vidas completamente alteradas nos corredores da Vara de
Família de Nova York.
Conheci
somente agora esse bom filme dramático com um elenco monumental, um drama
íntimo sobre vidas que se cruzam na corte americana em busca de uma nova
realidade. Aparenta, de início, um contido exemplar do subgênero “filme de
tribunal”, porém vai mais longe, tocando em temas humanos, concernentes a
sacrifício, traição, desafeto, redenção e retomadas.
A
trama explora a rotina de três mulheres que não se conhecem, até pisarem na
Vara de Família. A primeira é uma juíza negra em crise no casamento (é chover no
molhado dizer dela, a maravilhosa Viola Davis, premiada com o Oscar de
coadjuvante por “Um limite entre nós”); ela preside o caso de uma mãe usuária
de drogas cujos filhos estão sob custódia (papel da colombiana Catalina Sandino
Moreno, sumida das telas, que foi indicada ao Oscar por “Maria Cheia de
Graça”). E quem defende o caso dela é uma jovem advogada (Hayden Panettiere,
duas vezes indicada ao Globo de Ouro pela série “Nashville: No ritmo da fama”),
que tem uma desafiadora relação com a mãe idosa. As três estarão face a face no
tribunal, numa causa decisiva, enquanto, fora de lá, lidam com uma série de
tormentos pessoais.
Às
vezes amargo, sem resoluções tão fáceis ou palatáveis, o filme abre os olhos do
público para questões fundamentais da atualidade, não só vista em Nova York, e
sim adaptada para qualquer realidade.
No
elenco de apoio destaque para a veterana Ellen Burstyn (de “O exorcista”) e Tony
Shalhoub (da série “Monk”). Assista, reflita, emocione-se. Disponível em DVD
pela Universal Pictures.
Sob
custódia (Custody).
EUA, 2016, 103 minutos. Drama. Colorido. Dirigido por James Lapine.
Distribuição: Universal Pictures
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