Missão: Impossível - Efeito Fallout
O agente secreto Ethan Hunt (Tom Cruise) reúne a equipe da IMF para uma nova missão arriscada: apreender uma caixa com cápsulas de plutônio que foi roubada por perigosos membros de uma organização que se intitulam "Apóstolos". A intenção dos bandidos é ativar armas nucleares contra civis. Para zerar a missão, une-se à IMF um perspicaz agente da CIA, August Walker (Henry Cavill).
O astro Tom Cruise, aos 56 anos, protagoniza mais um filmão da franquia de sucesso “Missão: Impossível”, o sexto exemplar e um dos mais complexos e funcionais. Atraente, sem rugas ou cansaço no rosto, ele retorna com voracidade na pele do agente secreto Ethan Hunt, da Impossible Missions Force (IMF), dispensando dublês nas cenas mais perigosas – e por isto machucou-se gravemente, o que atrasou as gravações. A missão da vez, impossível para os fracos, mas nunca para Hunt, é cheia de truques e requer o mínimo de cuidado. O agente precisa recuperar cápsulas de plutônio que caíram nas mãos de bandidos de uma rede criminosa, e para isto contará com a ajuda decisiva de dois velhos companheiros, Luther (Ving Rhames) e Benji (Simon Pegg). E reforça o time um misterioso agente da CIA, interpretado por Henry Cavill (de bigode, bem sério, sem o carisma do Superman). Viajam para seis países, em cada lugar um acontecimento novo, uma peça a mais para entender quem está por trás daquela rede internacional que ameaça destruir a civilização.
Se é “Missão: Impossível” não podem faltar sequências de ação estilizadas, de adrenalina máxima, neste capítulo com perseguições de helicóptero e de moto em lugares chiques como Paris e países exóticos como Kashmir e Nova Zelândia. Prepare-se para uma fita de primeira linha, um dos ótimos momentos da cinessérie! E com um discurso de fundo fundamental para o atual cenário, sobre o crescimento da produção das armas nucleares, um perigo que o mundo enfrenta caso não haja acordos de desarmamento (o governo americano de Donald Trump, por exemplo, saiu do acordo com a Rússia meses atrás).
“Efeito Fallout”, em termos de duração, é o mais longo dos seis filmes, com 147 minutos, também o mais caro (U$ 178 milhões) e o que mais rendeu em bilheteria, cerca de U$ 800 milhões em todo o mundo. Consolida-se, assim, como a franquia de ação mais bem paga da indústria de Hollywood. Ela teve início como seriado, de 1966 a 1973, e depois de duas décadas ganhou vida própria no cinema. Foram seis missões, todas com Tom Cruise liderando – em ordem, “Missão: Impossível” (1996), “Missão: Impossível 2” (2000), “Missão: Impossível 3” (2006), “Missão: Impossível - Protocolo Fantasma” (2011) e “Missão: Impossível - Nação Secreta” (2015).
Neste novo e meticulosamente bem sacado capítulo a trama continua onde terminou “Nação secreta”, com a prisão do vilão, Solomon Lane (Sean Harris). Retornam Ving Rhames, parceiro de Hunt (o ator fez todas as continuações), Simon Pegg, um expert em computação, Michelle Monaghan, como a namorada do agente, em rápida aparição, Alec Baldwin (que no anterior era chefe da CIA e agora foi rebaixado para secretário), Rebecca Ferguson (sempre bonita, como uma agente especial) e Sean Harris, o vilão prisioneiro. O diretor e roteirista é o mesmo de “Nação secreta”, Christopher McQuarrie, um mestre no assunto, parceiro de Tom Cruise desde “Jack Reacher: O último tiro” (2012). Ele criou aqui dois novos personagens secundários com forte presença de cena, a recém-nomeada diretora da CIA (Angela Bassett) e a enigmática Viúva Branca (Vanessa Kirby).
Há a mensagem que se autodestrói (agora com piadinha) e tem os créditos iniciais com breves cenas do que veremos ao longo da história, uma tradição nas aberturas, com a memorável trilha sonora, desta vez assinada por Lorne Balfe a partir da original do argentino Lalo Schifrin.
Produzido por Tom Cruise, J.J. Abrams e o diretor McQuarrie, acertou em cheio os fãs, agradou o público em geral e a crítica especializada e é uma das grandes fitas de ação de 2018. Já em DVD e Bluray.
Missão Impossível: Efeito Fallout (Mission: Impossible - Fallout). EUA/China/França/Noruega, 2018, 147 min. Ação. Colorido. Dirigido por Christopher McQuarrie. Distribuição: Paramount Pictures
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