quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Cine Lançamento


Mamma mia! Lá vamos nós de novo

Sophie (Amanda Seyfried) está grávida e procura inspiração no agitado passado da mãe, Donna (Meryl Streep), falecida recentemente. Enquanto aguarda a chegada do filho, ajuda nos preparativos da inauguração do Hotel Bella Donna, na Grécia, um bonito empreendimento turístico em homenagem à matriarca de sua família.

Dez anos transcorreram desde o lançamento da comédia musical “Mamma mia!”, um fenômeno nas bilheterias mundiais, baseada na peça musical de Catherine Johnson, toda com a trilha sonora do Abba, e que ganhou fama na Broadway. O ator Tom Hanks e a esposa, a atriz Rita Wilson, retornaram na produção desta contagiante segunda parte, com a discreta mão da diretora do anterior, Phyllida Lloyd, e dos dois integrantes homens do grupo Abba, Björn Ulvaeus e Benny Andersson. Ganhou ares de romantismo e pitadas de drama choroso sem abusar da medida, com números musicais bem coreografados e uma melhoria técnica, com mais figurantes, além de contar com 90% do elenco original, que faz a história acontecer.
Estamos de volta à ilha grega Kalokairi (uma ilha fictícia, de pura magia), cinco anos após os eventos do filme anterior. A jovem Sophie está grávida e pensa muito na mãe, Donna, que faleceu - Meryl Streep aparece apenas numa ponta, pois a personagem dela morreu, sem explicações, como informado na abertura. A garota prepara a inauguração do hotel que homenageia Donna, gerenciado por um misterioso empreendedor de pouca conversa (Andy Garcia). Para o grande evento recebem na ilha as duas melhores amigas da falecida (Julie Walters e Christine Baranski, divertidas pra caramba) e os três homens da vida dela (de novo, Colin Firth, Pierce Brosnan e Stellan Skarsgård, sem muito o que fazer). Também chegará lá a avó, mãe de Donna, uma aparição curta, porém esperadíssima de Cher – a premiada atriz e cantora se afastou das telas desde “Burlesque” (2010). Esta é a fase presente do filme, que se divide com o passado, sobre a juventude de Donna, e é aqui que o roteiro se aprofunda. Conhecemos a espevitada adolescente na década de 70 (com interpretação formidável da talentosa Lily James, que dá um frescor à fita), uma universitária atraente, descolada, namoradeira e com comportamento à frente da sua época. Apresentam-se passagens de sua vida como a formação da banda Donna & The Dynamos, quando conheceu as amigas Rosie e Tanya, o término da faculdade e o relacionamento com três homens diferentes, Harry, Sam e Bill, época em que engravidou de um deles (o caso amoroso com os três cidadãos foi a principal discussão do primeiro filme, pois ninguém sabia quem realmente era o pai da Sophie). Donna, a personagem-chave de “Mamma mia!” (2008), encenado por Meryl Streep, permanece com forte presença de cena, no entanto descrita a partir de fatos do passado.
Se o público quer Abba, vai ter! Há canções secundárias do grupo, com “One of us” (minha preferida), “The name of the game”, “Angeleyes”, “Knowing me, knowing you”, “When I kissed the teacher” e “Fernando”, e retornam algumas famosas, como “Mamma mia”, “Dancing queen”, “Waterloo”, “SOS” e “Thank you for the music”. Não tem como não cantar e dançar juntos!
Trocaram o diretor, porém a intensidade manteve-se. Quem dirige agora é o britânico Ol Parker, realizador de duas boas fitas românticas, “Imagine eu & você” (2005) e “Agora e sempre” (2012), que ficou responsável também pelo roteiro. Os fãs adoraram!
Com pouca bilheteria na estreia, infelizmente não obteve o mesmo sucesso do primeiro (custou U$ 70 milhões e juntou U$ 395 mi). Se perdeu nos cinemas a hora é agora de assisti-lo em DVD ou Bluray, apreciando os extras dos discos, que contém cenas excluídas e prolongadas, cante junto, 15 pequenos making ofs, coreografias, bate-papo com o elenco e comentários do diretor e com produtores. Já nas lojas e locadoras!

Mamma mia! Lá vamos nós de novo (Mamma mia! Here we go again). Reino Unido/EUA, 2018, 113 min. Comédia musical. Colorido. Dirigido por Ol Parker. Distribuição: Universal Pictures

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