Dois bons filmes da Universal Pictures em DVD no Brasil, lançados no mês passado!
Papa Francisco: Um homem de palavra
Uma
viagem de fé e altruísmo com o Papa Francisco pelo mundo afora, onde ele visita
uma série de países para levar mensagens de acolhimento aos povos.
Exibido
na Sessão Especial da 71ª edição do Festival de Cannes, neste ano, o
documentário sobre o Papa Francisco é uma coprodução de quatro países com a Cidade
do Vaticano (um fato raro), dirigido pelo cultuado cineasta alemão Wim Wenders.
Em vez de uma biografia, o filme se transforma numa jornada espiritual
protagonizada por Jorge Bergoglio, o papa atual, um homem carismático e cheio
de vida, em suas peregrinações pelo mundo. O documentário religioso intercala
as viagens com depoimentos exclusivos dele para este projeto, em que propõe mudanças
para a Igreja Católica, enquanto toca em temas de discussões globais como meio
ambiente, justiça social, imigração e o papel da família. É mais um retrato bem
intencionado do religioso e suas dignas façanhas em prol dos mais necessitados.
Wim Wenders,
diretor de cult movies como “O amigo americano” (1977), “Paris, Texas” (1984) e
“Asas do desejo” (1987), já realizou documentários, inclusive as três únicas indicações
ao Oscar foram justamente nesse gênero – por “Buena Vista Social Club” (1999), “Pina”
(2011) e “O sal da Terra” (2014). Ele escreveu o roteiro com David Rosier,
produtor também de “O sal da Terra”, e conseguiu liberação para gravar dentro
do Vaticano, obtendo relatos únicos do papa, no estilo de uma conversa
informal. O resultado é bom e merece ser descoberto, especialmente pelos
católicos.
Passou
em poucas salas de cinema na Europa, concorreu ao prêmio Golden Eye em Cannes e
no Brasil chegou direto em DVD, pela Universal Pictures (lançado na última
semana de novembro).
Papa Francisco: Um homem de palavra (Pope Francis: A man of his word). Suíça/Itália/Cidade
do Vaticano/Alemanha/França, 2018, 96 min. Documentário. Colorido. Dirigido por
Wim Wenders. Distribuição: Universal Pictures
O poderoso chefinho
O
casal Templeton está radiante, pois acabou de ganhar mais um integrante na
família, o Bebê Chefinho (voz de Alec Baldwin). Os dias seguem felizes para o
pai e mãe, exceto para o filho mais velho do casal, Tim (voz de Miles Bakshi),
de sete anos, que detesta o irmãozinho e mal fica perto do nenê. Até que Tim
passa a suspeitar que o Chefinho é o cabeça de uma organização com uma missão
ultrassecreta na mala que carrega.
Indicado
ao Oscar e ao Globo de Ouro de animação este ano, “O poderoso chefinho”, da DreamWorks,
é uma divertidíssima fita infantil focada também no público adolescente, que
homenageia filmes policial de espionagem e garante boas gargalhadas. Na
história, um bebê de terno preto, gravata e maleta (esquisito demais para as
animações convencionais), chamado de Chefinho, aterrissa numa nova família.
Mandão, esconde um plano maquiavélico, a de destruir os animais de estimação de
toda a cidade, devido à concorrência que os bebês enfrentam com os bichos. Junta-se
a recém-nascidos inteligentes iguais a ele para terminar a missão, porém o irmão,
Tim, suspeita de algo estranho no ar, e a partir daí as reviravoltas na trama começam.
Eu
assisti nos cinemas e gostei muito e já apostava numa indicação ao Oscar. O
filme é engraçado, destaca-se pela originalidade na concepção de uma história
para os adultos (sobre o mundo dos negócios, corporações e CEOs) e há tiradas cômicas
ousadas para um desenho animado. Na
trilha sonora tem The Beatles e Burt Bacharach, um visual alegre e um time de
atores de alta qualidade emprestando as vozes, como Alec Baldwin, Steve
Buscemi, Tobey McGuire, Jimmy Kimmel e Lisa Kudrow.
Fez
tanto sucesso nas salas (rendeu U$ 530 milhões de bilheteria, de um orçamento
de U$ 124 milhões) que ganhou uma série no Netflix, coproduzida com a
DreamWorks, chamada “O Chefinho: De volta aos negócios”, e haverá continuação para
os cinemas em 2021!
Baseado
no livro escrito e ilustrado por Marla Frazee, de 2010, foi trazido para o
cinema pelo diretor da trilogia “Madagascar”, Tom McGrath, que transformou os
traços de desenho a mão do original em excelentes efeitos de computação
gráfica.
Havia
saído em DVD e Bluray no início do ano e em outubro, devido ao Dia das
Crianças, foi relançado em DVD pela Universal numa edição dupla com outra
animação da Dreamworks indicada ao Oscar, “Trolls” (2016).
O poderoso chefinho (The boss baby). EUA, 2017, 97 min.
Animação. Colorido. Dirigido por Tom McGrath. Distribuição: Universal Pictures
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