segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Resenhas Especiais


Dois bons filmes da Universal Pictures em DVD no Brasil, lançados no mês passado!


Papa Francisco: Um homem de palavra

Uma viagem de fé e altruísmo com o Papa Francisco pelo mundo afora, onde ele visita uma série de países para levar mensagens de acolhimento aos povos.

Exibido na Sessão Especial da 71ª edição do Festival de Cannes, neste ano, o documentário sobre o Papa Francisco é uma coprodução de quatro países com a Cidade do Vaticano (um fato raro), dirigido pelo cultuado cineasta alemão Wim Wenders. Em vez de uma biografia, o filme se transforma numa jornada espiritual protagonizada por Jorge Bergoglio, o papa atual, um homem carismático e cheio de vida, em suas peregrinações pelo mundo. O documentário religioso intercala as viagens com depoimentos exclusivos dele para este projeto, em que propõe mudanças para a Igreja Católica, enquanto toca em temas de discussões globais como meio ambiente, justiça social, imigração e o papel da família. É mais um retrato bem intencionado do religioso e suas dignas façanhas em prol dos mais necessitados.
Wim Wenders, diretor de cult movies como “O amigo americano” (1977), “Paris, Texas” (1984) e “Asas do desejo” (1987), já realizou documentários, inclusive as três únicas indicações ao Oscar foram justamente nesse gênero – por “Buena Vista Social Club” (1999), “Pina” (2011) e “O sal da Terra” (2014). Ele escreveu o roteiro com David Rosier, produtor também de “O sal da Terra”, e conseguiu liberação para gravar dentro do Vaticano, obtendo relatos únicos do papa, no estilo de uma conversa informal. O resultado é bom e merece ser descoberto, especialmente pelos católicos.


Passou em poucas salas de cinema na Europa, concorreu ao prêmio Golden Eye em Cannes e no Brasil chegou direto em DVD, pela Universal Pictures (lançado na última semana de novembro).

Papa Francisco: Um homem de palavra (Pope Francis: A man of his word). Suíça/Itália/Cidade do Vaticano/Alemanha/França, 2018, 96 min. Documentário. Colorido. Dirigido por Wim Wenders. Distribuição: Universal Pictures



O poderoso chefinho

O casal Templeton está radiante, pois acabou de ganhar mais um integrante na família, o Bebê Chefinho (voz de Alec Baldwin). Os dias seguem felizes para o pai e mãe, exceto para o filho mais velho do casal, Tim (voz de Miles Bakshi), de sete anos, que detesta o irmãozinho e mal fica perto do nenê. Até que Tim passa a suspeitar que o Chefinho é o cabeça de uma organização com uma missão ultrassecreta na mala que carrega.

Indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro de animação este ano, “O poderoso chefinho”, da DreamWorks, é uma divertidíssima fita infantil focada também no público adolescente, que homenageia filmes policial de espionagem e garante boas gargalhadas. Na história, um bebê de terno preto, gravata e maleta (esquisito demais para as animações convencionais), chamado de Chefinho, aterrissa numa nova família. Mandão, esconde um plano maquiavélico, a de destruir os animais de estimação de toda a cidade, devido à concorrência que os bebês enfrentam com os bichos. Junta-se a recém-nascidos inteligentes iguais a ele para terminar a missão, porém o irmão, Tim, suspeita de algo estranho no ar, e a partir daí as reviravoltas na trama começam.
Eu assisti nos cinemas e gostei muito e já apostava numa indicação ao Oscar. O filme é engraçado, destaca-se pela originalidade na concepção de uma história para os adultos (sobre o mundo dos negócios, corporações e CEOs) e há tiradas cômicas  ousadas para um desenho animado. Na trilha sonora tem The Beatles e Burt Bacharach, um visual alegre e um time de atores de alta qualidade emprestando as vozes, como Alec Baldwin, Steve Buscemi, Tobey McGuire, Jimmy Kimmel e Lisa Kudrow.
Fez tanto sucesso nas salas (rendeu U$ 530 milhões de bilheteria, de um orçamento de U$ 124 milhões) que ganhou uma série no Netflix, coproduzida com a DreamWorks, chamada “O Chefinho: De volta aos negócios”, e haverá continuação para os cinemas em 2021!


Baseado no livro escrito e ilustrado por Marla Frazee, de 2010, foi trazido para o cinema pelo diretor da trilogia “Madagascar”, Tom McGrath, que transformou os traços de desenho a mão do original em excelentes efeitos de computação gráfica.
Havia saído em DVD e Bluray no início do ano e em outubro, devido ao Dia das Crianças, foi relançado em DVD pela Universal numa edição dupla com outra animação da Dreamworks indicada ao Oscar, “Trolls” (2016).

O poderoso chefinho (The boss baby). EUA, 2017, 97 min. Animação. Colorido. Dirigido por Tom McGrath. Distribuição: Universal Pictures

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