Ex-agente
das Forças Especiais, Robert McCall (Denzel Washington) vive em Boston sozinho e
agora está trabalhando como motorista. Numa de suas corridas, recebe uma mulher
que foi espancada por um poderoso empresário. O senso de justiça de McCall fala
alto, então resolve investigar por conta o caso e assim se vingar dos
agressores.
Segundo
capítulo de “O protetor”, uma fita policial de boa recepção do público como
também dos fãs do ator Denzel Washington, que retorna na pele do justiceiro
social Robert McCall, desta vez para proteger uma mulher espancada, mesmo que
para isto tenha de matar um grupo de criminosos ligados a um importante empresário
de Boston. Violento e movimentado, passou nos cinemas em agosto e acabou de
sair esta semana em DVD, pela Sony Pictures.
Abre
com uma cena nervosa, uma briga com mortes em um trem para Istambul, e caminha
com ótimos momentos de ação de impacto, perseguições de carros e surpresas
desagradáveis para o personagem principal, até culminar no excitante desfecho,
um acerto de contas no alto de uma torre no meio de um furacão. Sempre contado com
doses altas de adrenalina, graças ao roteiro eficiente, que permaneceu nas mãos
de Richard Wenk, do capítulo anterior, realizador de cinema de ação. Além do
ator Denzel e do diretor Antoine Fuqua, voltou ainda na equipe de produtores Michael
Sloan, criador da série britânica “The equalizer”, dos anos 80, que inspirou o
filme.
Fuqua
retomou o clima e a violência do anterior, mesclando momentos mais dramáticos, que
servem para discutir a alta criminalidade na cidade de Boston, uma das mais
perigosas dos Estados Unidos. Outro ponto alto é a caracterização de Denzel
quatro anos depois, um ator versátil, que envelheceu bem. Seu personagem implacável
e duro na queda, que avalia as situações rapidamente e ataca o algoz em frações
de segundos quando percebe injustiças, revigorou sua sólida carreira - ele já ganhou
dois Oscars, por “Tempo de glória” e “Dia de treinamento” (dirigido por Fuqua),
hoje participa de uma média de dois filmes por ano, fez 50 longas em quatro décadas
ininterruptas de atividsde e completa no final deste mês 64 anos.
O filme
reutiliza traços marcantes da primeira parte, como o efeito de aproximação da
câmera para dentro do olho de McCall (para demonstrar o instinto de vingança) e
o uso de armas improvisadas (o ex-policial pega aquilo que estiver ao redor,
como um arpão, por exemplo, para trucidar um bandido).
Ah,
a atriz Melissa Leo está no elenco, de novo com a personagem da agente da
Polícia Secreta, amiga do protagonista, e ainda tem a revelação do jovem ator Ashton
Sanders, que na vida real saiu das ruas para virar ator (ele interpreta um
vizinho grafiteiro de McCall), a vinda no elenco de Pedro Pascal, como um velho
amigo de Denzel, e rápida aparição de Bill Pullman, como marido de Melissa. Tão
bom quanto o original! Assista!
O protetor 2 (The equalizer 2). EUA, 2018, 120
min. Ação. Colorido. Dirigido por Antoine Fuqua. Distribuição: Sony Pictures
E se você ainda não viu "O protetor 2", assista à eletrizante primeira parte! Leia abaixo a crítica escrita hoje sobre o capítulo um, também com Denzel Washington.
O protetor
O ex-oficial da polícia Robert McCall (Denzel Washington) hoje trabalha numa loja de ferragens em Boston, onde vive sozinho com uma vida tranquila. Numa noite conhece uma jovem prostituta, Teri (Chloë Grace Moretz), explorada pela máfia russa. Ela sofre agressões constantes daquele grupo, então McCall entra em ação com toda fúria do mundo para resgatar a garota do submundo.
Uma pequena grande fita de ação de 2014 estrelada por Denzel Washington, que interpreta um ex-membro das Forças Especiais da Polícia, que simulou sua morte para viver calmamente em Boston. Adepto de trabalhos voluntários, ele acredita na justiça social, mesmo que para conquistá-la tenha de matar bandidos. Aos poucos retorna por conta própria ao mundo policial, desta vez cometendo atos de vingança contra os oprimidos. Esse cidadão calado e misterioso da noite para o dia transforma-se em “o protetor”, um justiceiro à mercê da população sofredora. Washington sempre se deu bem em papéis policiais, com aquela expressão facial quieta, de olhar atencioso, investigativo. Neste primeiro capítulo (a parte 2 acabou de sair em DVD, também pela Sony, e é muito boa), o personagem fica inconformado com as agressões sofridas por uma jovem prostituta, explorada por mafiosos russos (papel pequeno de Chloë). Invade o espaço deles, cria desavença com o perigoso grupo e inicia uma matança sem fim, para limpar a cidade e devolver a dignidade para a moça.
O filme prende a atenção, é violento, com cenas de assassinato brutais com muito escorrer de sangue (à moda das fitas de ação coreanas), com destaque para as inúmeras armas improvisadas (e inusitadas) que McCall encontra ao seu redor para abater os bandidos (uma cena famosa é quando ele mata um mafioso com um saca-rolhas). A violência está na alma do diretor, Antoine Fuqua, especializado em fitas policiais do gueto, de ação eficiente. Ele já dirigiu Denzel em quatro filmes – a primeira parceria entre os dois rendeu ao ator seu segundo Oscar, pelo excelente “Dia de treinamento” (2001). E também trouxe para o elenco a atriz Melissa Leo, com quem trabalhou outras ocasiões - aqui interpreta uma chefe de polícia, conselheira de McCall.
Vale destacar que o filme é baseado na série britânica “The equalizer”, com Edward Woodward (ganhador do Globo de Ouro pelo trabalho), realizada entre 1985 e 1989.
Assista a este primeiro capítulo antes de engrenar na segunda parte, “O protetor 2”, que saiu esta semana em DVD pela Sony Pictures.
O protetor (The equalizer). EUA, 2014, 132 min. Ação. Colorido. Dirigido por Antoine Fuqua. Distribuição: Sony Pictures
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