quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Viva nostalgia!

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O bebê de Rosemary

Recém-casada e grávida, Rosemary Woodhouse (Mia Farrow) mora com o marido Guy (John Cassavetes) em um antigo prédio em Nova York. Ambos fazem amizade com um casal de idosos que reside no apartamento vizinho. O que Rosemary não desconfia é que os velhos são bruxos mentores de uma seita diabólica, e que seu esposo, em busca de sucesso e prestígio, fizera um pacto com o diabo em troca da alma do filho que irá nascer.

Sem dúvida o melhor filme de horror de todos os tempos. Baseado no romance de Ira Levin com roteiro escrito pelo próprio diretor, Roman Polanski, esse clássico do gênero é um pleno exercício psicológico sobre tormento, paranóia, alucinação e isolamento, temas recorrentes do cineasta francês que também pode ser conferido com a mesma qualidade em “Repulsa ao sexo” e “O inquilino”.
Junto com “O exorcista”, “O bebê de Rosemary” provocou medo nas platéias do mundo inteiro no ano de seu lançamento, em 1968. O filme, diferente do primeiro, apenas sugere a presença do diabo, ou seja, deixa a dúvida no ar, o que é mais incômodo.
Polanski rodou no ano seguinte de “A dança dos vampiros”, quando estava casado com a linda modelo Sharon Tate. Meses após o lançamento de “O bebê”, a jovem, grávida de oito meses, foi brutalmente assassinada junto com um grupo de amigos na casa onde residia, crime cometido pela seita satânica de Charles Manson. Por isso na época muita gente considerou o filme maldito, que ainda causa curiosidade por fazer relação com esse fato descabido.
A atriz Mia Farrow, em fase inicial de carreira, segura o papel da mãe do “bebê demônio”. Ela, com 22 anos, (era casada com Frank Sinatra, 30 anos mais velho) contracena com o grande ator e diretor John Cassavetes, em papel marcante, e também com os veteranos Ruth Gordon (venceu o Oscar de coadjuvante aqui, como a sinistra senhora que resguarda a seita), Ralph Bellamy, Sidney Blackmer, Maurice Evans e Elisha Cook Jr., além do estreante Charles Grodin.
Terror de primeira, perturbador, de dar frio na espinha, um marco que consegue, mesmo quatro décadas depois, arrepiar o telespectador. Relançado pela Paramount na coleção “Clássicos Paramount”, recebeu ainda indicação ao Oscar de roteiro adaptado. Por Felipe Brida

O bebê de Rosemary
(Rosemary’s baby). EUA, 1968, 136 min. Horror/Drama. Dirigido por Roman Polanski. Distribuição: Paramount Pictures

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