sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Resenha

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Exótica

Christina (Mia Kirshner) é uma sexy stripper do clube Exótica, em Toronto, Canadá. A jovem tem um estranho convívio com o namorado, o DJ Eric (Elias Koteas), que trabalha na mesma boate. Ao mesmo tempo precisa lidar com um cliente misterioso, Francis (Bruce Greenwood), voyeur de meia-idade fissurado, que esconde um segredo perturbador.

Virou Cult esse drama psicológico aclamado pela crítica estrangeira, que constrói um painel moderno sobre voyerismo e obsessão sexual levada às últimas conseqüências. De dentro de um clube de striptease chamado Exótica surgem os estranhos personagens dessa história confusa, cheia de reentrâncias e revelações. Nesse ambiente com clima pesado (as luzes neon ajudam a criar o espetáculo visual de tormento) exibe-se para o público masculino a dançarina Christina, cobiçada ao extremo. Ela se relaciona de maneira bizarra com o namorado, um DJ violento, e passa a ser observada todas as noites por um homem maduro disposto a conhecê-la a fundo. Completa o quadro um rapaz homossexual em busca de curtição amorosa, que vez ou outra freqüenta aquele local.
Não é uma fita fácil, para qualquer público. Diante de uma ótica fria, o diretor canadense Atom Egoyan (o mesmo de “O doce amanhã”) cria um filme denso sobre voyerismo e perturbação psicológica, cujo pano de fundo envolve o submundo da populosa cidade de Toronto.
Rodado em 1994, recebeu prêmio especial em Cannes (e foi nomeado à Palma de Ouro no mesmo ano). Pela primeira vez em DVD no Brasil, lançado pela Lume. Por Felipe Brida

Exótica
(Idem). Canadá, 1994, 103 min. Drama. Dirigido por Atom Egoyan. Distribuição: Lume Filmes

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