quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Resenha

.

O tango de Rashevski

A partir do funeral de uma senhora judia que odiava a própria religião, a família, Rashevski, entra em conflitos pessoais. Parte não se conhece, outros não se gostam devido a discussões muito antigas. Nesse momento de perda e dor questionam a própria identidade, restando a eles a tentativa de reconciliação.

A intolerância religiosa em forma de comédia dramática tem um enfoque interessante nessa simpática fita produzida na França e na Bélgica. No Brasil ganhou espaço nas salas de cinema, ótimo sinal de que o público comum sinalize com bons olhos o cinema europeu, tachado de chato, cansativo, reflexivo.
Em “O tango de Rashevski” membros de uma família judia que pouco se relacionam precisam, urgentemente, providenciar o enterro de Rosa, uma espécie de matriarca. Esta rejeitava o Judaísmo e os rabinos, até colocava uns parentes contra outros por causa da religião, porém seguia os ensinamentos do Torá em respeito à tradição dos pais. E toda indiferença que ela sentia cai nas costas do restante da família. Nos preparativos do enterro, primos, cunhados, genros terão de deixar os desentendimentos para uma causa nobre.
Em um universo de brigas familiares, o filme se resume a uma reflexão sutil sobre intolerância religiosa, a bem da verdade o ódio sofrido pelos judeus ao longo dos anos na Europa. Nada é decisivo e direto, a história é realizada com leveza, até com piadinhas sobre comportamento humano face às crenças.
Vale apreciar esse trabalho de um diretor alemão chamado Sam Garbarski, que realizaria, quatro anos depois, em 2007, o cultuado drama “Irina Palm”, cujo papel-título ficou para a cantora inglesa Marianne Faithfull, ex-namorada de Mike Jagger e de outros integrantes dos Stones! Conheça. Por Felipe Brida

O tango de Rashevski
(Le tango des Rashevski). França/ Bélgica, 2003, 96 min. Drama. Dirigido por Sam Garbarski. Distribuição: Europa Filmes

Nenhum comentário: