O retrato de Dorian Gray
Recém-chegado em Londres, o jovem Dorian Gray (Ben Barnes) conhece em poucos dias os dois lados da capital inglesa: de um lado, os prostíbulos localizados nos escuros becos, e do outro, as elegantes festas da alta sociedade. Quem apresenta o rapaz a esses mundos é o influente lorde Henry Wotton (Colin Firth). Certo dia é retratado pelo pintor Basil Hallward (Ben Chaplin), que canaliza toda a beleza do jovem em uma pintura impressionista perfeita. Fissurado pelo quadro, Gray faz um pacto com o diabo em busca da eterna juventude, o que o leva a um caminho sobrenatural sem volta.
Da famosa obra do escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900) surge mais uma adaptação no gênero terror, agora rodada na Inglaterra, com visíveis mudanças no original. Só para lembrar, “Dorian Gray” virou filme 15 vezes (o mais famoso é o drama homônimo de 1945, com George Sanders e Hurd Hatfield, no papel-título).
Dirigido por Oliver Parker, que novamente transforma romances notórios em fitas medíocres, essa nova roupagem não chega a ser o tremendo desastre como o péssimo trailer demonstrou. É uma fita B que beira o fantástico, com abertura para o horror, centralizando as ações em um rapaz bonito que vende a alma ao diabo em troca da eterna juventude – o que não acontece no livro, pelo menos fica subentendido lá. Dorian Gray quer ser o que o quadro com sua imagem perfeita sempre será: imortal. Para tanto, faz o pacto com o demônio, para garantir a beleza. O pedido dá certo, ele se torna vigoroso, nunca envelhece, mas apresenta um desvio na personalidade, virando uma pessoa ruim – a tela se modifica ao passo que Gray comete crimes, ficando com a aparência de um monstro (os efeitos visuais ajudam bastante).
Há reviravoltas, tramas paralelas, outros romances do personagem e um desfecho trágico (sem surpresas).
O ator Ben Barnes (o príncipe Caspian de ‘As crônicas de Narnia’) não tem brilho, ofuscado mais ainda pela presença do premiado Colin Firth, no papel de um nobre sem moral, conselheiro de Dorian.
Descartável, não chega a comprometer nem aborrece, e vale uma conferida. Por Felipe Brida
O retrato de Dorian Gray (Dorian Gray). Inglaterra, 2009, 112 min. Suspense/ Terror. Dirigido por Oliver Parker. Distribuição: Paramount Pictures
Recém-chegado em Londres, o jovem Dorian Gray (Ben Barnes) conhece em poucos dias os dois lados da capital inglesa: de um lado, os prostíbulos localizados nos escuros becos, e do outro, as elegantes festas da alta sociedade. Quem apresenta o rapaz a esses mundos é o influente lorde Henry Wotton (Colin Firth). Certo dia é retratado pelo pintor Basil Hallward (Ben Chaplin), que canaliza toda a beleza do jovem em uma pintura impressionista perfeita. Fissurado pelo quadro, Gray faz um pacto com o diabo em busca da eterna juventude, o que o leva a um caminho sobrenatural sem volta.
Da famosa obra do escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900) surge mais uma adaptação no gênero terror, agora rodada na Inglaterra, com visíveis mudanças no original. Só para lembrar, “Dorian Gray” virou filme 15 vezes (o mais famoso é o drama homônimo de 1945, com George Sanders e Hurd Hatfield, no papel-título).
Dirigido por Oliver Parker, que novamente transforma romances notórios em fitas medíocres, essa nova roupagem não chega a ser o tremendo desastre como o péssimo trailer demonstrou. É uma fita B que beira o fantástico, com abertura para o horror, centralizando as ações em um rapaz bonito que vende a alma ao diabo em troca da eterna juventude – o que não acontece no livro, pelo menos fica subentendido lá. Dorian Gray quer ser o que o quadro com sua imagem perfeita sempre será: imortal. Para tanto, faz o pacto com o demônio, para garantir a beleza. O pedido dá certo, ele se torna vigoroso, nunca envelhece, mas apresenta um desvio na personalidade, virando uma pessoa ruim – a tela se modifica ao passo que Gray comete crimes, ficando com a aparência de um monstro (os efeitos visuais ajudam bastante).
Há reviravoltas, tramas paralelas, outros romances do personagem e um desfecho trágico (sem surpresas).
O ator Ben Barnes (o príncipe Caspian de ‘As crônicas de Narnia’) não tem brilho, ofuscado mais ainda pela presença do premiado Colin Firth, no papel de um nobre sem moral, conselheiro de Dorian.
Descartável, não chega a comprometer nem aborrece, e vale uma conferida. Por Felipe Brida
O retrato de Dorian Gray (Dorian Gray). Inglaterra, 2009, 112 min. Suspense/ Terror. Dirigido por Oliver Parker. Distribuição: Paramount Pictures