O diretor e roteirista italiano Dino Risi morreu aos 91 anos em Roma na manhã deste sábado. Ao lado de Mario Monicelli, Luigi Comencini e Ettore Scola, criou, nos anos 50, a comédia italiana, que se tornou mundialmente famosa e imitada.
Entre 1946 e 2002 dirigiu 80 filmes, inclusive vários para a TV. Muitos deles retratavam a vida dos italianos no pós-Segunda Guerra, de maneira engraçada e sutil. Atingiu notoriedade com o filme "Pão, Amor e..." (1955), que encerra a trilogia precedida por "Pão, Amor e Fantasia" (1953) e "Pão, Amor e Ciúme" (1954), ambos dirigidos por Luigi Comencini. Foi responsável em impulsionar a carreira de Sophia Loren e de Vittorio Gassman a partir dos anos 50.
Nascido em Milão, em 23 de dezembro de 1916, Dino rodou importantes filmes inseridos no gênero comédia, como "Os Monstros" (1963) e "O Tigre e a Gatinha" (1967), além das comédias dramáticas, como "Uma Vida Difícil" (1961) e "Aquele que Sabe Viver" (1962). Considerado um de seus maiores filmes, "Perfume de Mulher" (1974), refilmado em 1992 com Al Pacino, recebeu indicação ao Oscar de roteiro adaptado, escrito por Risi e Ruggero Maccari, e de filme estrangeiro.
Em 2002, o cineasta recebeu o prêmio honorário de Leão de Ouro no Festival de Veneza pelo conjunto da obra. Dois anos depois lançou sua autobiografia, "I Miei Mostri".
Dino trabalhou como intérprete e era pai do também diretor de cinema Marco Risi e irmão do cineasta Fernando Risi. Poucas obras de Risi estão disponíveis em DVD. Por Felipe Brida
Nenhum comentário:
Postar um comentário