O Caçador de Pipas
Cabul, anos 70. Na capital do Afeganistão, dois garotos, Amir (Zekeria Ebrahimi) e Hassan (Ahmad Khan Mahmoodzada), vivem uma amizade intrínseca como dois irmãos unidos. O divertimento deles é soltar pipas e ler livros. Mas um infeliz e inesperado evento separa completamente os amigos, algo que mudará para sempre a vida dos garotos. Depois de 20 anos, Amir, que hoje reside nos Estados Unidos, retorna ao país natal para tentar consertar os erros do passado. Em devoção a Hassan, irá enfrentar o governo talebã em busca da reconciliação com o amigo.
Um dos filmes mais aguardados do ano, “O Caçador de Pipas”, baseado no best seller homônimo do escritor e médico afegão Khaled Hosseini, narra uma história peculiar sobre amizade, traição e redenção, sob o ponto de vista de um homem que volta às origens para rever os valores e atos cometidos no passado. Este é o mesmo homem que, ao pisar em solo natal, sente o impacto do tempo ao ter contato com um ambiente em pé de guerra, e terríveis verdades à espreita.
Ajudada por uma comovente trilha sonora, a fita, um pouco mais romanceada, segue a dimensão do livro e capta a essência da perturbação de Amir, que nada mais é a figura real do escritor Hosseini, naturalizado norte-americano cujos fatos relatados na obra literária baseiam-se na verdadeira amizade que cultivou com um homem persa, quando este trabalhava na casa de seus pais, antes do golpe comunista que levou os soviéticos a tomar o Afeganistão em 1979 (situação apenas pincelada no filme).
O filme de Marc Foster, diretor de “A Última Ceia” e “Em Busca da Terra do Nunca” e que está rodando a nova aventura de James Bond, “007 – Quantum of Solace”, é bem narrado, com fotografia primorosa e um elenco essencialmente composto por afegãos. Destaque especial a Khalid Abdalla, inglês de descendência egípcia, no papel de Amir em idade adulta; as duas línguas mais faladas na fita são o dialeto persa dari e o pashtu, oficiais do Afeganistão.
Ainda que as competições de pipas sejam mal aproveitadas, com poucas cenas situadas no início e outras na conclusão, e haja um desnivelamento na seqüência da confusão entre Amir e os afegãos, na segunda parte da fita – que parece deslocada e sem amarração com os fatos seguintes – o resultado não sai prejudicado.
Tornou-se polêmica a utilização da cena de estupro de Hassan, já que a família do ator mirim (Ahmad Khan Mahmoodzada) entrou na justiça para retirar tal parte do filme.
Recebeu indicação ao Oscar de melhor trilha sonora, duas ao Globo de Ouro (filme estrangeiro e trilha sonora) e três ao Bafta (filme estrangeiro, roteiro e trilha sonora). Lançado em DVD na segunda quinzena de abril. Por Felipe Brida
Título original: The Kite Runner
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Khalid Abdalla, Zekeria Ebrahimi, Ahmad Khan Mahmoodzada, Atossa Leoni, Shaun Toub, Homayoun Ershadi, Sayed J. M. Gharibzada.
Direção: Marc Forster
Gênero: Drama
Duração: 128 min.
Cabul, anos 70. Na capital do Afeganistão, dois garotos, Amir (Zekeria Ebrahimi) e Hassan (Ahmad Khan Mahmoodzada), vivem uma amizade intrínseca como dois irmãos unidos. O divertimento deles é soltar pipas e ler livros. Mas um infeliz e inesperado evento separa completamente os amigos, algo que mudará para sempre a vida dos garotos. Depois de 20 anos, Amir, que hoje reside nos Estados Unidos, retorna ao país natal para tentar consertar os erros do passado. Em devoção a Hassan, irá enfrentar o governo talebã em busca da reconciliação com o amigo.
Um dos filmes mais aguardados do ano, “O Caçador de Pipas”, baseado no best seller homônimo do escritor e médico afegão Khaled Hosseini, narra uma história peculiar sobre amizade, traição e redenção, sob o ponto de vista de um homem que volta às origens para rever os valores e atos cometidos no passado. Este é o mesmo homem que, ao pisar em solo natal, sente o impacto do tempo ao ter contato com um ambiente em pé de guerra, e terríveis verdades à espreita.
Ajudada por uma comovente trilha sonora, a fita, um pouco mais romanceada, segue a dimensão do livro e capta a essência da perturbação de Amir, que nada mais é a figura real do escritor Hosseini, naturalizado norte-americano cujos fatos relatados na obra literária baseiam-se na verdadeira amizade que cultivou com um homem persa, quando este trabalhava na casa de seus pais, antes do golpe comunista que levou os soviéticos a tomar o Afeganistão em 1979 (situação apenas pincelada no filme).
O filme de Marc Foster, diretor de “A Última Ceia” e “Em Busca da Terra do Nunca” e que está rodando a nova aventura de James Bond, “007 – Quantum of Solace”, é bem narrado, com fotografia primorosa e um elenco essencialmente composto por afegãos. Destaque especial a Khalid Abdalla, inglês de descendência egípcia, no papel de Amir em idade adulta; as duas línguas mais faladas na fita são o dialeto persa dari e o pashtu, oficiais do Afeganistão.
Ainda que as competições de pipas sejam mal aproveitadas, com poucas cenas situadas no início e outras na conclusão, e haja um desnivelamento na seqüência da confusão entre Amir e os afegãos, na segunda parte da fita – que parece deslocada e sem amarração com os fatos seguintes – o resultado não sai prejudicado.
Tornou-se polêmica a utilização da cena de estupro de Hassan, já que a família do ator mirim (Ahmad Khan Mahmoodzada) entrou na justiça para retirar tal parte do filme.
Recebeu indicação ao Oscar de melhor trilha sonora, duas ao Globo de Ouro (filme estrangeiro e trilha sonora) e três ao Bafta (filme estrangeiro, roteiro e trilha sonora). Lançado em DVD na segunda quinzena de abril. Por Felipe Brida
Título original: The Kite Runner
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Khalid Abdalla, Zekeria Ebrahimi, Ahmad Khan Mahmoodzada, Atossa Leoni, Shaun Toub, Homayoun Ershadi, Sayed J. M. Gharibzada.
Direção: Marc Forster
Gênero: Drama
Duração: 128 min.
Um comentário:
O filme, bem como o livro são lindos.O filme foi fiel ao livro e por isso merece o mérito de uma história que sai do circuito "amaricanizado" e viciado em alguns temas já desgastados.É sempre rico um filme de outra cultura, ainda mais essas orientais.Vale a pena conferir o filme bem como o livro, mas fique atento aos detalhes que nem sempre estão explícitos...
Um abraço
Morgana Deccache
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