sexta-feira, 20 de junho de 2008

ARTIGO

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DOA a quem doer... (*)

DOA – Vivo ou Morto, lançado em 2006, é mais uma obra da sétima arte baseada em um clássico dos games. O título do jogo de luta aclamado pela crítica e conhecido no ocidente como Dead or Alive está na sua quarta edição e inserido na leva de games para a nova geração de consoles (X-box 360 da Microsoft). As empresas responsáveis pelo desenvolvimento do game são: Tecmo, TEAM Ninja e Microsoft, um trio extremamente respeitado no mundo milionário dos games.
Já o filme, de estrutura frágil, consegue convencer os fãs de que estão realmente apreciando seus personagens preferidos na telona; figurino levemente trabalhado, atores escolhidos para criarem um link visual com os lutadores do game e mecânica muito parecida conseguem agradar aqueles que jogaram, jogam ou que conhecem a trama de Dead or Alive, porém os problemas são inúmeros.
O roteiro, meio “jogado” e sem maiores explicações, pode desagradar pessoas que não conhecem a trama; como por exemplo em uma das cenas iniciais, quando cada membro do torneio de luta fica sabendo que está convidado para o “DOA”, uma espécie de bumerangue digital aparece do nada, cai sobre um local próximo ao lutador e começa a piscar com a palavra “DOA”, despertando em muitos a seguinte idéia : “O que é isso, de onde veio, quem mandou, o que é DOA?”. Com o desenrolar da trama, algumas explicações são dadas, mas nada concreto e fundamentado, apenas para dar andamento ao filme.
O figurino agrada, mas deixa a impressão de que algo mais deveria ser feito, por não trabalhar de forma fiel com o figurino dos personagens do game (ponto para o filme Mortal Kombat, que conseguiu um figurino idêntico aos games).
Mesmo com nomes não tão conhecidos, a interpretação do elenco convence; as garotas bonitas de DOA desfilam pelos cenários sempre com pouca roupa e esbanjado sensualidade, exatamente como no game.
As cenas de lutas bem coreografadas são interessantes de se assistir, mesmo contando com um humor nada engraçado. Alguns dos efeitos especiais são interessantes e bem elaborados, como, por exemplo, os socos e chutes que explodem em uma onda de vento, criando a impressão de que o impacto foi extremamente forte, mas em outros momentos específicos os cenários em 3D confundem um pouco e em algumas partes se equivalem a uma maquete estática.
“DOA – Vivo ou Morto” é um filme interessante para passar alguns momentos de descontração e principalmente ação. Agradará os fãs das séries por ser uma produção, se não fiel, pelo menos parecida com o game, mas com certeza deixará em dúvida todos que não tiveram contato com o mundo de Dead ou Alive nos consoles.


(*) Mário Sérgio Morabito de Paula, 23 anos, reside em Catanduva/SP. Empresário, responsável pela gestão e administração do sistema Superação Centro de Ensino, é formado em Comunicação Social com ênfase em design gráfico pelo Instituto Municipal de Ensino Superior (Imes), de Catanduva. Trabalhou dois anos como assistente de criação na agência Public, atuou em atendimento publicitário por mais dois anos na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Catanduva, foi diretor de arte e fundador da Agência Experimental Éden de Comunicação e hoje trabalha como criador na agência publicitária ODYN Comunicação, em Catanduva. Foi um dos criadores do CINEinCAT (2001-2002), site com informações sobre o mundo cinematográfico, em parceira com Felipe Brida, criador e mantenedor deste blog.

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