domingo, 13 de dezembro de 2020

Dica de Leitura


"A ideia de que os jovens são os únicos produzindo boa música e que os músicos mais antigos fazem algum tipo de música de velho é bizarra para mim. Muitos dos artistas mais jovens de hoje cantam literalmente uma palavra, e depois os produtores juntam as outras palavras usando o Pro Tools. Quando fiz 'Bring ya to the brink', trabalhei com compositores suecos que agiam como se eu fosse Svengali por adicionar minha própria contribuição [...]".

Trecho do livro autobiográfico "Cyndi: Minha história", um retrato íntimo, divertido e tresloucado da carreira e da vida pessoal de uma das cantoras pop de maior sucesso nos anos 80 e 90, Cyndi Lauper. Escrito em conjunto com Jancee Dunn e repleto de fotos de arquivo da cantora, o livro saiu nos Estados Unidos em 2012, e somente agora chega traduzido ao Brasil, pela Editora Belas Letras (2020, 320 páginas, tradução de Aline Naomi Sassaki). Aos fãs dela, uma boa opção de leitura, que poderá acompanhar, além da trajetória de Cyndi, questões acerca do barulhento mundo da música na década de 80, o empoderamento feminino, o comportamento dos jovens do período, o sentido do termo 'popstar', o que a fama provoca, as drogas e o abuso sexual nesse contexto. Outro ponto alto da obra é o envolvimento de Cyndi na luta contra a Aids e sua marcante presença na batalha pelos direitos da comunidade 
LGBTQ+ americana (aliás, muitas de suas canções se tornaram 'hinos gays', como 'True colors' e 'Girls just wanna have fun').
Já nas lojas! Obrigado, Belas Letras, pelo envio do exemplar.




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