Halloween
Reedição - Resenha publicada em 26/01/2019
Reedição - Resenha publicada em 26/01/2019
Quarenta anos escondida do irmão, o temível Michael Myers, Laurie Strode
(Jamie Lee Curtis) prepara-se para encontrá-lo na noite de Halloween em
Haddonfield, Illinois, cidade onde houve uma terrível matança cometida pelo psicopata
mascarado no passado.
Quatro décadas se passaram do notório filme de terror “Halloween”, que
consolidou a carreira de John Carpenter (um dos mestres absolutos do horror),
abriu escola e ajudou a fortalecer o “slasher” (fitas de assassinos mascarados
matando jovens inocentes). Teve inúmeras continuações e imitações influenciando
uma legião de cineastas no mundo inteiro. E agora este novo capítulo da saga é
um retorno retumbante às origens, com muita energia e violência.
John Carpenter, o criador da história e diretor do primeiro “Halloween”
(1978), passou as funções de direção para David Gordon Green (de “Joe” e
“Manglehorn”), que também assina como roteirista e produtor executivo. Green,
fã dos filmes de Carpenter desde moleque, dedicou-se em uma adaptação fiel ao
original, na verdade uma continuação direta do filme um, eliminando todas as
sequências - eram oito, de “Halloween II – O pesadelo continua” (1981) a
“Halloween Ressurreição” (2002). Isto porque os produtores não queriam nem um
remake nem reboot - até existiu pela mente insana de Rod Zombie a infância de
Michael Myers em “Halloween – O início”, e sim reinventar algo para os fãs que
homenageasse as origens do icônico filme. Assim, acompanhamos um segundo
capítulo, exatamente de onde terminava o de 1978. No meio do caminho há
revelações que não terei o desprazer de contar, relacionando Laurie e seus
filhos, e dela com o assassino Michael Myers. O que adianto é que a sacada foi
certeira, tornando o filme um dos bons espetáculos visuais de horror do cinema
americano recente.
As mulheres dominam a cena, com destaque para dois papéis femininos
corajosos, Jamie Lee Curtis (também produtora), que arrebenta como Laurie
envelhecida (ela está com longos cabelos brancos, isolada numa propriedade
altamente segura), e Judy Greer, a filha afastada dela.
Botaram até um novo psiquiatra na sangrenta história (Myers era cuidado
por Dr. Loomis, papel Donald Pleasence, que fez seis partes de “Halloween”, mas
morreu em 1995), e agora há um médico que foi aprendiz de Loomis, um agora
interpretado pelo turco Haluk Bilginer.
A abertura é apreensiva, com o psicopata recebendo visita de dois
repórteres investigativos na penitenciária, seguida de créditos retrô com a
abóbora que aparecia nos filmes anteriores. E daí a trama segue numa espiral de
medo, mortes escabrosas e tensão de tirar o fôlego (as sequências de
assassinato espirram sangue, algo que no filme original não aparecia). E sempre
acompanhado da distinta trilha escrita por John Carpenter, agora com toques de
música eletrônica.
Há clichês típicos do gênero (nada que atrapalhe), e por fim fez um bom
sucesso na bilheteria - de um custo de U$ 10 milhões rendeu mais de U$ 255
milhões no mundo todo, mas nada supera a marca do primeiro, que custou U$ 300
mil e rendeu U$ 70 milhões, ou seja, marca única no cinema de horror, com quase
28 milhões de espectadores na época.
Já em DVD com bons extras, distribuído pela Universal Pictures.
Halloween (Idem). EUA, 2018, 106 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por David Gordon
Green. Distribuição: Universal Pictures
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