domingo, 7 de abril de 2024

Resenha Especial - Reedição


Halloween

Reedição - Resenha publicada em 26/01/2019

Quarenta anos escondida do irmão, o temível Michael Myers, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) prepara-se para encontrá-lo na noite de Halloween em Haddonfield, Illinois, cidade onde houve uma terrível matança cometida pelo psicopata mascarado no passado.

Quatro décadas se passaram do notório filme de terror “Halloween”, que consolidou a carreira de John Carpenter (um dos mestres absolutos do horror), abriu escola e ajudou a fortalecer o “slasher” (fitas de assassinos mascarados matando jovens inocentes). Teve inúmeras continuações e imitações influenciando uma legião de cineastas no mundo inteiro. E agora este novo capítulo da saga é um retorno retumbante às origens, com muita energia e violência.
John Carpenter, o criador da história e diretor do primeiro “Halloween” (1978), passou as funções de direção para David Gordon Green (de “Joe” e “Manglehorn”), que também assina como roteirista e produtor executivo. Green, fã dos filmes de Carpenter desde moleque, dedicou-se em uma adaptação fiel ao original, na verdade uma continuação direta do filme um, eliminando todas as sequências - eram oito, de “Halloween II – O pesadelo continua” (1981) a “Halloween Ressurreição” (2002). Isto porque os produtores não queriam nem um remake nem reboot - até existiu pela mente insana de Rod Zombie a infância de Michael Myers em “Halloween – O início”, e sim reinventar algo para os fãs que homenageasse as origens do icônico filme. Assim, acompanhamos um segundo capítulo, exatamente de onde terminava o de 1978. No meio do caminho há revelações que não terei o desprazer de contar, relacionando Laurie e seus filhos, e dela com o assassino Michael Myers. O que adianto é que a sacada foi certeira, tornando o filme um dos bons espetáculos visuais de horror do cinema americano recente.
As mulheres dominam a cena, com destaque para dois papéis femininos corajosos, Jamie Lee Curtis (também produtora), que arrebenta como Laurie envelhecida (ela está com longos cabelos brancos, isolada numa propriedade altamente segura), e Judy Greer, a filha afastada dela.
Botaram até um novo psiquiatra na sangrenta história (Myers era cuidado por Dr. Loomis, papel Donald Pleasence, que fez seis partes de “Halloween”, mas morreu em 1995), e agora há um médico que foi aprendiz de Loomis, um agora interpretado pelo turco Haluk Bilginer.




A abertura é apreensiva, com o psicopata recebendo visita de dois repórteres investigativos na penitenciária, seguida de créditos retrô com a abóbora que aparecia nos filmes anteriores. E daí a trama segue numa espiral de medo, mortes escabrosas e tensão de tirar o fôlego (as sequências de assassinato espirram sangue, algo que no filme original não aparecia). E sempre acompanhado da distinta trilha escrita por John Carpenter, agora com toques de música eletrônica.
Há clichês típicos do gênero (nada que atrapalhe), e por fim fez um bom sucesso na bilheteria - de um custo de U$ 10 milhões rendeu mais de U$ 255 milhões no mundo todo, mas nada supera a marca do primeiro, que custou U$ 300 mil e rendeu U$ 70 milhões, ou seja, marca única no cinema de horror, com quase 28 milhões de espectadores na época.
Já em DVD com bons extras, distribuído pela Universal Pictures.

Halloween (Idem). EUA, 2018, 106 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por David Gordon Green. Distribuição: Universal Pictures

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