terça-feira, 17 de novembro de 2020

Cine Lançamento


Brightburn – Filho das trevas

Brandon Breyer (Jackson A. Dunn) é um garoto de 12 anos que mora numa cidade do interior do Kansas chamada Brightburn. Quando vira alvo de bullying na escola, recorre aos pais, Tori (Elizabeth Banks) e Kyle (David Denman), para ajudá-lo a enfrentar a dura situação. Certo dia, é atraído por uma estranha força até o celeiro da casa. Brandon adquire superpoderes malignos e incontroláveis. Transforma-se assim numa espécie de super-herói para combater todos aqueles que dificultam seu caminho.

Na linha de filmes de super-heróis diferentes, o produtor James Gunn (diretor e roteirista dos dois primeiros “Guardiões da galáxia”) investiu nesse filme de terror para dar uma força ao irmão Brian Gunn e ao primo Mark Gunn, que escreveram o roteiro. Ele fala sobre a origem de um herói pelo prisma do horror, com traços evidentes de Superman: o garoto foi adotado por um casal, quando bebê caiu dos céus numa espécie de aeronave, ele tem incríveis poderes de força, voa numa velocidade extraordinária com uma longa capa e usa máscara. Outra semelhança ao Super-Homem: a cidade do filme é a fictícia Brightburn, situada no Kansas, mesmo estado onde Kal-El surgiu dos céus, além de ambos terem sido criados numa casa de campo.
O menino não é exatamente o arquétipo do herói tradicional dos quadrinhos, ele tem um perfil de anti-herói/antagonista, pois mata cruelmente os adversários. Ele não dá trégua, ninguém está salvo perto dele, nem mesmo a família! Que fique claro, não é um entretenimento de super-herói como existem por aí, o clima é pesado, não há alívio cômico, o terror predomina com mortes brutais (tanto que a classificação indicativa é 16 anos, pela violência explícita). É a diferença!


O elenco colabora, com destaque para Elizabeth Banks (da franquia “Jogos vorazes”, indicada a três Emmys), David Denman (de “O pacote” e “Logan Lucky: Roubo em família”) e o garoto Jackson A. Dunn, no primeiro trabalho como protagonista. Sente-se uma mão firme do diretor, que fez aqui seu segundo longa, um jovem com talento para fitas criativas, David Yarovesky. Optou por uma metragem curta (tem apenas 90 min) e pegada moderna.
O estúdio é o Screen Gems, subdisiário da Sony voltado a filmes de terror e ação, como “Slender man”, “Buscando”, “Cadáver” e a nova versão de “O grito”. Apesar do baixo orçamento (U$ 6 milhões), rendeu U$ 32 mi nas bilheterias mundiais (ou seja, teve bilheteria razoável). O público americano que curtiu já pede uma sequência! Lançamento do mês em DVD e Bluray pela Sony Pictures – com extras.

Brightburn – Filho das trevas (Brightburn). EUA, 2019, 90 minutos. Terror/Ação. Colorido. Dirigido por David Yarovesky. Distribuição: Sony Pictures

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