quinta-feira, 9 de maio de 2019

Resenhas Especiais



Guerra Fria

Bandidos mercenários infiltrados na política sequestram um grupo de oficiais da polícia de Hong Kong. Para libertar os reféns, listam uma série de exigências, dentre elas a soltura de um perigoso mentor do crime, que está em uma penitenciária. Para iniciar as negociações entram em jogo dois policiais que não se bicam, Sean Lau (Aaron Kwok) e Waise Lee (Tony Ka Fai Leung).

A China encabeça o ranking das maiores produtoras de filmes do mundo, mas apenas uma pequenina parte chega ao Brasil.  Destaca-se pelos filmes de ação, realizando anualmente uma centena de obras desse gênero, movimentados e com tramas intrigantes. “Guerra fria” (2012) é um bom exemplo, o primeiro de uma trilogia (este capítulo um só está disponível em streaming no Brasil e pode ser assistido no Netflix; a parte II, de 2016, saiu em DVD pela Flashstar, enquanto o capítulo final encontra-se em pré-produção, com previsão de lançamento ainda em 2019 – e todos contam com o mesmo elenco).
Como gênero se encaixa num thriller político, de roteiro complexo, baseado em fatos verídicos e até então confidenciais, de um caso de resgate conhecido por “Cold War”, que ameaçou a Segurança Pública em Hong Kong. Preste muito atenção devido aos muitos diálogos e uma gama de complôs bem esquematizados, envolvendo política interna, polícia e terrorismo. Os astros Aaron Kwok e Tony Ka Fai Leung mandam bem como dois líderes policiais em conflito e na mão deles tudo pode acontecer!
Dois diretores honcongueses escreveram e dirigiram, Lok Man Leung e Kim-Ching Luk, e quatro anos mais tarde voltariam a dirigir “Guerra Fria II”, que é tão bom quanto.

Guerra fria (Hon zin). Hong Kong, 2012, 101 min. Ação. Colorido. Dirigido por: Lok Man Leung e Kim-Ching Luk. Sem distribuição no Brasil


Guerra Fria II

Uma operação de resgate conduzida pelo policial Sean Lau (Aaron Kwok), com apoio do Comissário Waise Lee (Tony Ka Fai Leung), encerrou-se com sucesso. Lau é então nomeado comissário de Polícia de Hong Kong, enquanto Lee se aposenta. Porém um antigo criminoso sai da cadeia e sequestra a esposa e a filha de Lau, exigindo resgate em troca das mulheres. Esta será mais uma dura missão do comissário, que correrá contra o tempo para salvar sua família.

O primeiro “Guerra Fria” foi sucesso nos cinemas da China em 2012 e iniciava uma trilogia de ação, com o mesmo elenco. Esta segunda parte, tão eletrizante quanto a anterior, começa de onde parou o filme 1, com a soltura de um bandido, situação que ameaçava a vida do comissário Lau. Além do sequestro da filha e da esposa do policial recém-nomeado para outra patente, fatos não esclarecidos retornam para uma nova investigação, como uma van desaparecida na União Europeia. Tudo faz com que a polícia de Hong Kong seja amplamente mobilizada, para a segunda fase da Operação Guerra Fria (ou “Cold War”). Agora Lau precisará da ajuda do rival Lee, o vice-comissário, para esclarecer casos policiais que se entrelaçam e que relacionam traições políticas, vingança e terrorismo. Assim como o anterior, há extensos diálogos sobre o mundo policial, revelações surpreendentes, mistérios e momentos de ação bem planejados, na melhor forma do cinema chinês. Para quem curte aberturas de filmes, este traz uma ideia bem legal, com pessoas, objetos, armas e veículos em formato de gelo sendo destruídos.


A dupla central retorna com fúria e vigor, Aaron Kwok e Tony Ka Fai Leung, e uma participação especial abrilhanta o elenco nesta parte dois, Chow Yun-Fat (de “O tigre e o dragão”), um dos maiores astros do cinema de Hong Kong.
Lembrando que o primeiro filme está somente disponível no Brasil em streaming (como o Netflix), enquanto esta parte dois saiu em DVD pela Flashstar (mas com o título “Guerra Fria”, sem a menção ao segundo capítulo) – e o três será lançado até final do ano.

Guerra fria II (Han zhan II). Hong Kong/China, 2016, 109 min. Ação. Colorido. Dirigido por: Lok Man Leung e Kim-Ching Luk. Distribuição: Flashstar

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