quarta-feira, 22 de maio de 2019

Cine Lançamento


Lançamento da semana em DVD e Bluray pela Universal Pictures! 

Máquinas mortais

Num futuro incerto, a civilização foi destruída com a Guerra dos 60 Minutos. Poucos sobreviventes espalhados em algumas regiões do planeta organizaram-se em bandos para dar início a um novo mundo, dominado por cidades que se movem sobre enormes rodas. Nesse ambiente de caos e desolação, Hester Shaw (Hera Hilmar) é uma heroína disposta a tudo para impedir os terríveis planos de um perigoso inimigo, Thaddeus (Hugo Weaving), comandante da cidade predadora de Londres.

O aplaudido cineasta neozelandês Peter Jackson é o produtor desta fita de aventura longa, que conta com um visual pesado de um mundo apocalíptico tomado por desertos e grandes máquinas em movimento, e que dividiu bem a opinião do público. Jackson trouxe sua equipe de roteiristas das trilogias “O senhor dos anéis” e “O Hobbit” (Fran Walsh e Philippa Boyens) e juntos adaptaram a estranha história do primeiro capítulo de uma série de livros de mesmo título, de Philip Reeve, lançado em 2001 (disponível no Brasil pela Harper Collins) – no total são quatro volumes, que poderão ganhar versões para o cinema em breve.
Na abertura o narrador informa que o mundo acabou nas mãos da humanidade numa guerra devastadora que durou 60 minutos. Os sobreviventes fizeram assentamentos para uma nova era da evolução humana, numa terra condenada. Inaugurava-se a “Era das Grandes Cidades Predadoras do Oeste”, onde as cidades se movem sobre rodas, e quem as comanda busca comida, combustível e outros recursos. Enquanto os fortes permanecem poderosos, os marginalizados pensam em saídas para ter espaço nesse mundo caótico, e é onde surge a personagem principal, uma heroína com um lenço vermelho no rosto para esconder uma cicatriz. Ela se rebela contra uma conspiração levantada pelo personagem de Hugo Weaving, o comandante de Londres, cidade predadora que engole sem dó as cidades menores. E para derrotar o inimigo ela trava uma batalha ao lado de outros jovens com o mesmo ideal.


O ritmo de ação não dá tréguas, é ataque e explosão por terra e pelos ares, perseguições sem fim, muito barulho e momentos bizarros (por exemplo, as Cidades-Tração, aquelas que se movem, que literalmente devoram as cidades pequenas puxando-as com ganchos para dentro delas).
Meu problema é com a estética exagerada do filme, por ser algo sujo, brega e delirante demais, que chega a enjoar - em partes o visual e algumas sequências lembram “Mad Max: Estrada da fúria” e “O castelo animado” (a animação japonesa do castelo que anda). Por ter Peter Jackson nos créditos esperava-se um equilíbrio e incrementos brilhantes, o que não ocorre... é apenas uma fita de aventura com ficção científica para consumo imediato, nada memorável ou especial. Assiste-se num estalo de dedos e pronto!
Rodado na Nova Zelândia, em locações e estúdios, custou U$ 120 milhões e amargou feio nas bilheterias, tendo um prejuízo estrondoso – até agora é o filme de menor rentabilidade de 2018.
Quem dirige é Christian Rivers, em sua estreia na direção. Especializado em efeitos visuais, é pupilo de Peter Jackson, ganhou um Oscar (de efeitos por um filme do diretor, “King Kong”) e trabalha com seu mestre desde o terror trash “Fome animal” (1992).

Máquinas mortais (Mortal engines). EUA/Nova Zelândia, 2018, 128 min. Ação. Colorido. Dirigido por Christian Rivers. Distribuição: Universal Pictures

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