Arranha-céu: Coragem sem limite
O ex-agente do FBI Will Sawyer (Dwayne Johnson) trabalhava como negociador de resgate de reféns. Numa invasão em uma casa, certa vez, uma explosão o deixou gravemente ferido. Ele perdeu a perna esquerda e precisou implantar uma prótese. À procura de emprego, é contratado como segurança do maior edifício do mundo, com 220 andares. Mas um incêndio criminoso deverá destruir o prédio em poucas horas, e Sawyer terá de invadir o arranha-céu em chamas para resgatar sua família, que está presa num dos quartos.
O popular astro Dwayne Johnson, ex-The Rock, co-produziu esse blockbuster incendiário lotado de situações impossíveis e muitos efeitos especiais, que só tem sentido se desligarmos o botão da realidade e o encararmos como um cinemão de entretenimento com um balde de pipoca na mão. Com menos simpatia, Johnson interpreta um veterano de guerra, ex-líder da equipe de resgate do FBI, que num dia de trabalho ficou ferido numa explosão. Amigos morreram, ele perdeu a perna e hoje usa prótese. Desistiu da profissão, está sem emprego, e agora recebe a proposta de um amigo para ser segurança do maior prédio do mundo, um arranha-céu de 220 andares, equipado com o melhor sistema de proteção. É um edifício futurista chamado Pérola (fictício), criado por um magnata da tecnologia de Hong Kong, com destaque para os 990 metros de altura, que concentra parques temáticos, áreas arborizadas e centros comerciais. Com a oportunidade, ele retoma a vida, porém mal é contratado terá de voltar à ativa policial para resgatar a mulher e os filhos do prédio – criminosos incendiaram o lugar, para um plano mirabolante, com a família dele trancada num dos quartos.
O personagem de Johnson, amputado, com perna mecânica, escala o prédio, ataca um grupo inteiro de bandidos, sobe em guindastes, envolve-se numa noite infernal para salvar a família, num filme que mistura “Inferno na Torre” (1974), “Duro de matar” (1988), “Risco total” (1993) e momentos absurdos de James Bond. Por esta razão, não é para ser levado a sério nem chiar... É uma fita assumidamente de ação, bem feita, com efeitos especiais pirotécnicos (de destruição em massa do exuberante prédio, rodado em estúdios), para consumo rápido. Breve filme de entretenimento e não mais que isto.
Para compor o personagem, Dwayne Johnson inspirou-se no primeiro norte-americano amputado a escalar o Monte Everest, atleta campeão das Paraolimpíadas chamado Jeff Glasbrenner (que acompanhou as gravações no set). Independente de Glasbrenner ter superado o Everest, o que o personagem inspirado nele faz no filme, para um amputado ou não, é coisa de cinema... É ver para crer!
Chama a atenção no elenco a atriz Neve Campbell, sumida das telas, como a esposa de Johnson. Continua bonita, com certo charme. Lembram-se dela, da quadrilogia “Pânico” e de “Garotas selvagens”?
“Arranha-céu: Coragem sem limite” foi escrito e dirigido por Rawson Marshall Thurber, da divertida comédia “Família do bagulho” (2013), que já tinha trabalhado com Johnson em “Um espião e meio” (2016), e sua nova produção rendeu bilheteria média nos cinemas, com certeza devido à presença do astro, arrecadando U$ 305 milhões (a produção custou U$ 125 milhões). Se perdeu nos cinemas assista agora em casa; o DVD e o Blu-ray acabaram de sair pela Universal, com extras variados. São seis especiais sobre a produção, cinco cenas excluídas, cinco cenas prolongadas e comentários do diretor.
Arranha-céu: Coragem sem limite (Skyscraper). EUA, 2018, 102 min. Ação. Colorido. Dirigido por Rawson Marshall Thurber. Distribuição: Universal Pictures
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