A rede social
Em 2003, dois estudantes da Universidade de Harvard criam um site de relacionamento voltado a exibir perfis de garotas da faculdade para uma espécie de votação de beleza. A ferramenta virtual ganha corpo, espalha-se entre diversas universidades e rapidamente vira sensação no mundo inteiro. Em um curto espaço de tempo, o analista de sistemas Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) e seu melhor amigo, o economista brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield), tornam-se bilionários com o Facebook, uma das redes sociais mais populares do mundo, hoje com 500 milhões de usuários. No entanto, com o poder nas mãos, Zuckerberg terá complicações na vida social e profissional.
Líder de bilheteria nas salas de cinema do mundo todo, “A rede social” era um dos grandes favoritos ao Oscar 2011, com oito indicações – levou apenas três, nas categorias melhor roteiro adaptado (merecido), trilha sonora e edição (ambos que não contam muito), perdendo, por exemplo, os principais, como diretor, filme e ator para Jesse Eisenberg. Ou seja, para os fãs e boa parte dos críticos a Academia foi injusta com o mais novo trabalho do criativo diretor David Fincher (o mesmo dos notórios “Clube da Luta”, “Seven” e “O curioso caso de Benjamin Button”).
Bom, sobre “A rede social” sou da ala radical que aceita o filme sem impactos fenomenais. Não saí extasiado do cinema, tampouco revi o filme em DVD ou blu-ray. Gostei, mas com restrições.
Primeiramente, o maior atrativo é a inegável saga do rapaz franzino e desenturmado (meio nerd) que, do dia para noite, cria um site que logo se alastra pra todos os cantos do planeta, virando sensação imediata. Antes a ferramenta se chamava ‘FaceMash’, e agora o tão comentado ‘Facebook’, criada dentro de um quarto de república por um jovem universitário, Mark Zuckerberg, com a ajuda de um brasileiro, Eduardo. E, como todos já devem saber, a relação de Zuckerberg com o amigo entra em jogo com o notoriedade do site, o que coloca o próprio fundador do Facebook num isolamento total. Aos poucos se envolvem com pessoas bem-sucedidas, com jovens gananciosos em busca de fama e dinheiro, comete erros de postura profissional, traz novos aliados, e nunca abaixa a cabeça. Ou seja, é um carinha de gênio forte, um tanto quanto insensato e com certo grau de egoísmo.
Isto é “A rede social”, um retrato fiel da vida desse rapaz que reflete toda uma nova geração (antes da internet eram os yuppies!), cujo roteiro escrito por Aaron Sorkin alinhou-se ao livro de Ben Mezrich, o best seller “Bilionários por acaso: A criação do Facebook”. Por acompanhar a fundo a rotina desse universitário, o filme é bem intimista, excessivamente dialogado, sem emoção ou momentos brilhantes. Um longo exercício de idas e vindas, que acredito ser cansativo para o público comum.
É um quase conto-de-fadas moderno sobre disputa de poder, ganância, sucesso e, não poderia faltar, traição no mundo dos negócios. Aliás, quando o Facebook torna-se ‘negócio’, Zuckerberg mostra as garras – por isso mesmo fica difícil definir o personagem, interpretado pelo bom Jesse Eisenberg, como herói ou anti-herói. Sou mais para a segunda opção... Bem se sabe, para alguns ele é um gênio, e para outros, um traidor de primeira. Enfim, ele tem um pouco dos dois temperamentos, como o filme faz evidenciar.
Quem não teve a mesma sorte foi Eduardo Saverin, o co-fundador que não foi reconhecido; paulistano, de família judia, hoje possui 5% das ações do Facebook – ou seja, é um grande bilionário, com ações avaliadas em mais de U$ 2,3 bilhões. Conheceu Zuckerberg durante partidas de jogos de videogame quando fazia pós-graduação em Harvard, ficaram amigos e se engendraram na criação do site. O papel é de Andrew Garfield, ótimo (indicado ao Globo de Ouro como coadjuvante).
Reconheço a importância da história, o roteiro com fino acabamento, a direção madura de Fincher e o sólido trabalho do elenco, no entanto o ritmo sonolento aliado a muito falatório me dá cansaço mental. Por retratar o momento atual das redes sociais, e o que existiu por trás delas, merece uma atenção, principalmente pelos internautas de plantão. Por Felipe Brida
Título original: The social network
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Joseph Mazzello, Rooney Mara, John Getz, Max Minghella
Direção: David Fincher
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Distribuição: Sony Pictures
Líder de bilheteria nas salas de cinema do mundo todo, “A rede social” era um dos grandes favoritos ao Oscar 2011, com oito indicações – levou apenas três, nas categorias melhor roteiro adaptado (merecido), trilha sonora e edição (ambos que não contam muito), perdendo, por exemplo, os principais, como diretor, filme e ator para Jesse Eisenberg. Ou seja, para os fãs e boa parte dos críticos a Academia foi injusta com o mais novo trabalho do criativo diretor David Fincher (o mesmo dos notórios “Clube da Luta”, “Seven” e “O curioso caso de Benjamin Button”).
Bom, sobre “A rede social” sou da ala radical que aceita o filme sem impactos fenomenais. Não saí extasiado do cinema, tampouco revi o filme em DVD ou blu-ray. Gostei, mas com restrições.
Primeiramente, o maior atrativo é a inegável saga do rapaz franzino e desenturmado (meio nerd) que, do dia para noite, cria um site que logo se alastra pra todos os cantos do planeta, virando sensação imediata. Antes a ferramenta se chamava ‘FaceMash’, e agora o tão comentado ‘Facebook’, criada dentro de um quarto de república por um jovem universitário, Mark Zuckerberg, com a ajuda de um brasileiro, Eduardo. E, como todos já devem saber, a relação de Zuckerberg com o amigo entra em jogo com o notoriedade do site, o que coloca o próprio fundador do Facebook num isolamento total. Aos poucos se envolvem com pessoas bem-sucedidas, com jovens gananciosos em busca de fama e dinheiro, comete erros de postura profissional, traz novos aliados, e nunca abaixa a cabeça. Ou seja, é um carinha de gênio forte, um tanto quanto insensato e com certo grau de egoísmo.
Isto é “A rede social”, um retrato fiel da vida desse rapaz que reflete toda uma nova geração (antes da internet eram os yuppies!), cujo roteiro escrito por Aaron Sorkin alinhou-se ao livro de Ben Mezrich, o best seller “Bilionários por acaso: A criação do Facebook”. Por acompanhar a fundo a rotina desse universitário, o filme é bem intimista, excessivamente dialogado, sem emoção ou momentos brilhantes. Um longo exercício de idas e vindas, que acredito ser cansativo para o público comum.
É um quase conto-de-fadas moderno sobre disputa de poder, ganância, sucesso e, não poderia faltar, traição no mundo dos negócios. Aliás, quando o Facebook torna-se ‘negócio’, Zuckerberg mostra as garras – por isso mesmo fica difícil definir o personagem, interpretado pelo bom Jesse Eisenberg, como herói ou anti-herói. Sou mais para a segunda opção... Bem se sabe, para alguns ele é um gênio, e para outros, um traidor de primeira. Enfim, ele tem um pouco dos dois temperamentos, como o filme faz evidenciar.
Quem não teve a mesma sorte foi Eduardo Saverin, o co-fundador que não foi reconhecido; paulistano, de família judia, hoje possui 5% das ações do Facebook – ou seja, é um grande bilionário, com ações avaliadas em mais de U$ 2,3 bilhões. Conheceu Zuckerberg durante partidas de jogos de videogame quando fazia pós-graduação em Harvard, ficaram amigos e se engendraram na criação do site. O papel é de Andrew Garfield, ótimo (indicado ao Globo de Ouro como coadjuvante).
Reconheço a importância da história, o roteiro com fino acabamento, a direção madura de Fincher e o sólido trabalho do elenco, no entanto o ritmo sonolento aliado a muito falatório me dá cansaço mental. Por retratar o momento atual das redes sociais, e o que existiu por trás delas, merece uma atenção, principalmente pelos internautas de plantão. Por Felipe Brida
Título original: The social network
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Joseph Mazzello, Rooney Mara, John Getz, Max Minghella
Direção: David Fincher
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Distribuição: Sony Pictures
Um comentário:
Felipe,o FALCÃO está comemorando cinco meses de vida. Apareça por lá!
Abraço bom,
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
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