Ilha do medo
Em 1954, o agente policial Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) chega a uma ilha em Boston para investigar o desaparecimento de um paciente no Ashecliffe Hospital, manicômio onde estão alojados os criminosos mais perigosos do mundo. Com a ajuda do parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo), presencia fatos aterradores no local: o manicômio serve, também, como um laboratório experimental para cobaias humanas. Prestes a encontrar o paciente desaparecido, uma forte tempestade deixa a ilha sem comunicação. Teddy vê-se encurralado no hospital, e cada dia fica mais difícil sua saída.
O notório cineasta Martin Scorsese, um dos grandes nomes do cinema contemporâneo, injeta no público uma dose de paranóia infernal nesse seu novo filme sobre caos interno e crise de identidade, super intrigante e pouco usual, baseado no best seller “Paciente 67”, de Dennis Lehane.
Apesar de certos aspectos previsíveis (os mais espertinhos sacaram quem é o “paciente 67” pelo trailer promocional!), “Ilha do medo” é uma fita de surpresas estranhas, cada vez mais assustadoras, cujo quebra-cabeça só se completa mesmo na conclusão. E se segurem, pois são quase duas horas e meia de uma trama complexa, repleta de reviravoltas, que só pode ser decifrada com olhar atento.
Como gênero fica na tênue linha entre suspense e horror, num equilíbrio de fios que quase se rompem. Por isso é de dar calafrios e medo!
Repare como o personagem do agente policial interpretado por Leonardo DiCaprio (sempre se superando como ator, hoje um dos meus preferidos), quanto mais próximo da verdade, é afastado por uma força centrífuga, que o desloca das investigações, emparedando-o no hospital junto aos psicopatas mais procurados. Essa sacada inteligente é o grande trunfo do filme!
Pela galeria de personagens coadjuvantes desfila uma série de tipos medonhos. Não há pessoas de boa índole, todos guardam um mistério nebuloso, desde os assassinos enjaulados até os médicos com suas práticas ilegais para dopar os pacientes. Além de DiCaprio, o elenco de apoio está moderadamente bem, dentre eles Mark Ruffalo, Ben Kingsley e Emily Mortimer.
Dois outros elementos asseguram o clima de suspense no filme: a fotografia esmaecida (como um nevoeiro constante que invade a ilha) e a trilha sonora atordoante com apitos de navio, que se repete a cada instante. Tudo para cumprir com a proposta de incomodar o público (o que aconteceu comigo).
Uma das boas surpresas do ano. Fita séria, de gente grande. Confira! Por Felipe Brida
Em 1954, o agente policial Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) chega a uma ilha em Boston para investigar o desaparecimento de um paciente no Ashecliffe Hospital, manicômio onde estão alojados os criminosos mais perigosos do mundo. Com a ajuda do parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo), presencia fatos aterradores no local: o manicômio serve, também, como um laboratório experimental para cobaias humanas. Prestes a encontrar o paciente desaparecido, uma forte tempestade deixa a ilha sem comunicação. Teddy vê-se encurralado no hospital, e cada dia fica mais difícil sua saída.
O notório cineasta Martin Scorsese, um dos grandes nomes do cinema contemporâneo, injeta no público uma dose de paranóia infernal nesse seu novo filme sobre caos interno e crise de identidade, super intrigante e pouco usual, baseado no best seller “Paciente 67”, de Dennis Lehane.
Apesar de certos aspectos previsíveis (os mais espertinhos sacaram quem é o “paciente 67” pelo trailer promocional!), “Ilha do medo” é uma fita de surpresas estranhas, cada vez mais assustadoras, cujo quebra-cabeça só se completa mesmo na conclusão. E se segurem, pois são quase duas horas e meia de uma trama complexa, repleta de reviravoltas, que só pode ser decifrada com olhar atento.
Como gênero fica na tênue linha entre suspense e horror, num equilíbrio de fios que quase se rompem. Por isso é de dar calafrios e medo!
Repare como o personagem do agente policial interpretado por Leonardo DiCaprio (sempre se superando como ator, hoje um dos meus preferidos), quanto mais próximo da verdade, é afastado por uma força centrífuga, que o desloca das investigações, emparedando-o no hospital junto aos psicopatas mais procurados. Essa sacada inteligente é o grande trunfo do filme!
Pela galeria de personagens coadjuvantes desfila uma série de tipos medonhos. Não há pessoas de boa índole, todos guardam um mistério nebuloso, desde os assassinos enjaulados até os médicos com suas práticas ilegais para dopar os pacientes. Além de DiCaprio, o elenco de apoio está moderadamente bem, dentre eles Mark Ruffalo, Ben Kingsley e Emily Mortimer.
Dois outros elementos asseguram o clima de suspense no filme: a fotografia esmaecida (como um nevoeiro constante que invade a ilha) e a trilha sonora atordoante com apitos de navio, que se repete a cada instante. Tudo para cumprir com a proposta de incomodar o público (o que aconteceu comigo).
Uma das boas surpresas do ano. Fita séria, de gente grande. Confira! Por Felipe Brida
Título original: Shutter island
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Elias Koteas, Emily Mortimer, Max Von Sydow, Michelle Williams, Patricia Clarkson, Jackie Earle Haley, Ted Levine.
Direção: Martin Scorsese
Gênero: Suspense
Duração: 138 min
Distribuição: Paramount Pictures
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