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Anticristo
Abalados com a morte trágica do filho pequeno, um casal entra em crise. A depressão toma conta da mãe, uma escritora (Charlotte Gainsbourg); já o marido, psicanalista (Willem Dafoe), tenta melhorar a estima da esposa. Para encarar seus medos, os dois se isolam em uma remota cabana na floresta, chamada “Éden”. Os dias serão de desespero, angústia, caos, medo e revelações aterrorizantes.
Dividido em quatro capítulos – “Dor”, “Luto”, “Desespero” e “Os três mendigos”, com prólogo e epílogo, o mais novo filme do dinamarquês criador do movimento Dogma 95, Lars Von Trier, é um complexo drama psicológico, estranhamento bizarro e angustiante. É uma das obras mais controversas do cinema, de dar frio na espinha, e para alguns causará repulsa.
Tudo começa com uma poética cena em slow motion e PB, com fundo musical de Handel (Lascia ch'io pianga), onde uma criança aparece caindo de um prédio, enquanto seus pais estão em pleno ato sexual. Com a morte, o casal, que não tem nome - são apenas “homem” e “mulher”, chora a morte dolorida. A partir da chegada à cabana, a mulher se apodera de uma força aterradora, que a torna cada vez mais perturbada. É quando muda o tom severamente: sai o drama pesado, ficando um filme forte, tenso, indigesto, um suspense com tom de horror. Esse talvez seja o grande lance da fita. É difícil definir em qual gênero se enquadra; é um drama absolutamente amargo, mas que foi vendido como um terror psicológico (que só se revela na parte final).
Traz somente dois atores em cena, Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg, esta filha do falecido cantor francês Serge Gainsbourg com Jane Birkin. Ela venceu o prêmio de atriz em Cannes no ano passado, e o filme ainda foi indicado à Palma de Ouro, vaiado por muitos no festival. Não é por acaso que são apenas dois e a floresta ser chamada de Éden, um paraíso infernal revelador, de contraditórios Adão e Eva.
Tem ainda as cenas mais aflitivas do cinema – como o corte das genitálias. Atenho-me a falar mais, pois há lances imprevisíveis.
Um filme difícil. Para poucos. Por Felipe Brida
Abalados com a morte trágica do filho pequeno, um casal entra em crise. A depressão toma conta da mãe, uma escritora (Charlotte Gainsbourg); já o marido, psicanalista (Willem Dafoe), tenta melhorar a estima da esposa. Para encarar seus medos, os dois se isolam em uma remota cabana na floresta, chamada “Éden”. Os dias serão de desespero, angústia, caos, medo e revelações aterrorizantes.
Dividido em quatro capítulos – “Dor”, “Luto”, “Desespero” e “Os três mendigos”, com prólogo e epílogo, o mais novo filme do dinamarquês criador do movimento Dogma 95, Lars Von Trier, é um complexo drama psicológico, estranhamento bizarro e angustiante. É uma das obras mais controversas do cinema, de dar frio na espinha, e para alguns causará repulsa.
Tudo começa com uma poética cena em slow motion e PB, com fundo musical de Handel (Lascia ch'io pianga), onde uma criança aparece caindo de um prédio, enquanto seus pais estão em pleno ato sexual. Com a morte, o casal, que não tem nome - são apenas “homem” e “mulher”, chora a morte dolorida. A partir da chegada à cabana, a mulher se apodera de uma força aterradora, que a torna cada vez mais perturbada. É quando muda o tom severamente: sai o drama pesado, ficando um filme forte, tenso, indigesto, um suspense com tom de horror. Esse talvez seja o grande lance da fita. É difícil definir em qual gênero se enquadra; é um drama absolutamente amargo, mas que foi vendido como um terror psicológico (que só se revela na parte final).
Traz somente dois atores em cena, Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg, esta filha do falecido cantor francês Serge Gainsbourg com Jane Birkin. Ela venceu o prêmio de atriz em Cannes no ano passado, e o filme ainda foi indicado à Palma de Ouro, vaiado por muitos no festival. Não é por acaso que são apenas dois e a floresta ser chamada de Éden, um paraíso infernal revelador, de contraditórios Adão e Eva.
Tem ainda as cenas mais aflitivas do cinema – como o corte das genitálias. Atenho-me a falar mais, pois há lances imprevisíveis.
Um filme difícil. Para poucos. Por Felipe Brida
Título original: Antichrist
País/Ano: Dinamarca/Alemanha/França/Polônia, 2009
Elenco: Charlotte Gainsbourg, Willem Dafoe
Direção: Lars Von Trier
Gênero: Drama/Terror
Duração: 104 min
Distribuidora: Califoórnia Filmes
Site oficial: http://www.antichristthemovie.com/
Site oficial: http://www.antichristthemovie.com/
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