O pecado de todos nós
Fim da Segunda Guerra Mundial. O major Penderton (Marlon Brando) enfrenta problemas na carreira e também passa por crise conjugal. A esposa, Leonora (Elizabeth Taylor), mantém um relacionamento amoroso com o coronel Langdon (Brian Keith), amigo de Penderton. Isolados em um posto do Exército, um crime está prestes a acontecer quando no conflito aparece um recruta que, obcecado por Leonora, passa dia e noite observando-a escondido.
O notório diretor John Huston mergulhou fundo na essência cruel do romance homônimo da escritora Carson McCullers, transportando para a tela esse conto bizarro de perversão e voyerismo, com desfecho trágico. O público tem uma ideia vaga da conclusão logo na abertura, quando há uma citação do livro, “Há um posto no sul onde há alguns anos um crime foi cometido...”.
Marlon Brando interpreta o major traído pela mulher; supostamente homossexual, ele se torna obcecado pelo recruta calado (estréia no cinema do ator Robert Forster), seguindo-o incessantemente. Ao mesmo tempo, o jovem novato alimenta desejos loucos pela esposa do major. Esta, por sua vez, tem um caso com um coronel mais velho, casado com uma mulher perturbada. São muitos os personagens da história, todos de uma psicologia complexa e perturbada, cercados por tormentos. Portanto não é um filme que se digere com facilidade.
A fotografia com filtro dourado, técnica pioneira no cinema, remete ao título original do livro e do filme, “Reflections in a golden eye”.
Retrato cruel e real da sociedade, com um elenco caprichado em atuações memoráveis, “O pecado de todos nós” é um marco importante no cinema. Conheçam. Por Felipe Brida
Título original: Reflections in a golden eye
País/Ano: EUA, 1967
Elenco: Marlon Brando, Elizabeth Taylor, Robert Forster, Brian Keith, Julie Harris, Zorro David, Gordon Mitchell.
Direção: John Huston
Direção: John Huston
Gênero: Drama
Duração: 108 min
Distribuidora: Warner Bros
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